A pegada, símbolo do Sistema Brasileiro de Trilhas de Longo Curso. No caso, esta é a específica do Parnaso. Fonte: Parnaso |
Há algum tempo o ICMBIO iniciou um trabalho visando a implantação de um Sistema Brasileiro de Trilhas de Longo Curso. O programa conduzido por especialistas e estudiosos no assunto visa sinalizar rotas em Unidades de Conservação Federal e Estaduais; bem como trechos de ligação de particulares.
Isto permitirá que daqui a algum tempo, o caminhante possa percorrer ininterruptamente grandes rotas pelo Brasil, a exemplo do que já ocorre em outras partes do mundo.
Isto permitirá que daqui a algum tempo, o caminhante possa percorrer ininterruptamente grandes rotas pelo Brasil, a exemplo do que já ocorre em outras partes do mundo.
Para um País de dimensões continentais trata-se de uma iniciativa louvável, pois até o momento quem deseja percorrer trilhas de longo curso no País é obrigado a se debruçar por conta própria no seu planejamento, carente de referências.
Logo, trabalhar na unificação de ramais é uma medida por demais necessária; e ninguém melhor que o ICMBIO para chancelar um projeto dessa envergadura. Por tudo isso somos favoráveis ao Projeto!
Logo, trabalhar na unificação de ramais é uma medida por demais necessária; e ninguém melhor que o ICMBIO para chancelar um projeto dessa envergadura. Por tudo isso somos favoráveis ao Projeto!
Realizado em etapas e ainda no modo inicial, o projeto dependerá de grandes esforços de voluntários para se efetivar. O caminho é longo e vastas áreas ainda sequer foram mapeadas.
Mas tudo há que se ter um início. Fato é que, o que o ICMBIO chama de "pegadas amarelo-preto", o símbolo que identifica essa rede de rotas de longo curso já está tomando conta de algumas trilhas do Brasil.
Mas tudo há que se ter um início. Fato é que, o que o ICMBIO chama de "pegadas amarelo-preto", o símbolo que identifica essa rede de rotas de longo curso já está tomando conta de algumas trilhas do Brasil.
Dentre outros locais, recentemente a nova sinalização foi implantada na Travessia Petrópolis-Teresópolis, uma rota clássica do Montanhismo Brasileiro e por isso mesmo uma vitrine importante.
A reação à nova sinalização na Travessia foi imediata nas redes sociais. Uma parcela considerável de montanhistas criticou a forma e frequência das sinalizações. Renderam até memes! Entre uma ou outra opinião mais sensata, o tom foi majoritariamente negativo.
A reação à nova sinalização na Travessia foi imediata nas redes sociais. Uma parcela considerável de montanhistas criticou a forma e frequência das sinalizações. Renderam até memes! Entre uma ou outra opinião mais sensata, o tom foi majoritariamente negativo.
Diante de tamanha repercussão é importante que, mesmo que de forma simples procuremos descobrir as razões da chuva de críticas negativas! De modo algum as críticas, mesmo aquelas mais ácidas devem ser desconsideradas; pois vem daqueles que no dia a dia praticam o Montanhismo! Compreender e ir além da crítica pontual sobre um formato de uma placa e sua localização é um exercício fundamental!
Sabemos todos que o ICMBIO não goza de uma boa imagem junto aos Montanhistas. A razão remonta aos tempos do velho Ibama. Quem está há mais de 20-25 anos na estrada quase sempre tem alguma história atravessada na garganta.
Fato é que essa convivência histórica um pouco conflituosa aliada à costumeira burocracia gerou uma dose de desconfiança por parte dos Montanhistas nos órgãos de governo da área ambiental. E ao que nos parece, até bem pouco tempo o ICMBIO não fez questão de se aproximar dos Montanhistas!
Fato é que essa convivência histórica um pouco conflituosa aliada à costumeira burocracia gerou uma dose de desconfiança por parte dos Montanhistas nos órgãos de governo da área ambiental. E ao que nos parece, até bem pouco tempo o ICMBIO não fez questão de se aproximar dos Montanhistas!
Assim, acreditamos que essa baixa credibilidade no ICMBIO pode explicar parte da reação dos montanhistas à recente sinalização no Parnaso. Porque em sã consciência é difícil entender porque alguém seria contra um Sistema Brasileiro de Trilhas de Longo Curso! Muito menos que isto seja sinalizado!
Complementando as razões, nos parece que o ICMBIO pecou e está pecando na comunicação do seu projeto. Grande parte da comunidade de Montanhistas sequer ouviu falar que um Projeto de Trilhas de Longo Curso está em implantação no Brasil.
E pelas conversas que observamos nas redes sociais é possível perceber um certo mistério por trás do Projeto. Poucas pessoas tomam conhecimento das ações e igualmente estão trabalhando no Projeto.
E pelas conversas que observamos nas redes sociais é possível perceber um certo mistério por trás do Projeto. Poucas pessoas tomam conhecimento das ações e igualmente estão trabalhando no Projeto.
Portanto, o Projeto do Sistema Brasileiro de Trilhas de Longo Curso é ótimo, fundamental, é o futuro das Trilhas no Brasil. Mas se não for publicizado adequadamente é óbvio que os Montanhistas dificilmente comprarão uma ideia da qual mal ouviram falar; muito menos advindo de uma instituição cuja imagem permanece arranhada! Portanto ICMBIO, se abra: não somos bicho papão!!!
Atualização 1: Em 04 de março 2018 foi publicado um vídeo no site o ECO em que o responsável pelo projeto junto ao ICMBIO fala a respeito do Projeto das Trilhas de Longo Curso no Brasil
Atualização 1: Em 04 de março 2018 foi publicado um vídeo no site o ECO em que o responsável pelo projeto junto ao ICMBIO fala a respeito do Projeto das Trilhas de Longo Curso no Brasil
Bons ventos!!!
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