A vista mais marcante desde o topo do Marins: O Itaguaré, à Leste |
Considerando a porção mais elevada da Mantiqueira, o Pico dos Marins é de longe aquele atrativo natural mais visitado; mesmo passados mais de cem anos da sua conquista. Localizado entre as cidades de Piquete e Cruzeiro em SP; e Marmelópolis em MG, seus pouco mais de 2.400m de altitude continua a despertar o interesse de uma multidão. De fato trata-se de um lugar incrível, com um dos visuais mais bonitos de toda a Mantiqueira.
Relato
PARA NÓS o ano de 2020 passaria em branco pela Mantiqueira, não fosse o convite do amigo Gustavo pra um pulinho-pernoite no Marins. O motivo era nobre, pois seria a comemoração de aniversário do seu filho João Victor. Impossível desconsiderar isto, afinal 18 anos só se faz uma vez na vida (risos).
► Confira nosso relato que trata da Travessia Marins-Itaguaré no modo clássico em três dias. Também poderá conferir por lá o Tracklog dessa Travessia
Tudo combinado, pouco depois das 8h00 do dia 11 de outubro Gustavo e João me resgatou na rodoviária de Cruzeiro. Seguimos tranquilos até Piquete. Na cidade, por um descuido meu ao invés de seguirmos pela BR 459 acabamos adentrando à cidade. Isto fez com que voltássemos à Rodovia num ponto acima do acesso ao Bairro Marins. Percebido o erro retornamos e aí sim, acessamos a apertada estradinha para o lugar.
Trecho rápido e tranquilo, passava das 9h00 quando deixamos o asfalto e entramos na estradinha de terra que em forte aclive sobe a serra e leva até a Base Marins. Por lá desembarcamos em torno de 9h30. Ao desembarcar ficamos admirados com o número de automóveis que estavam estacionados por lá. Estaria o Marins superlotado? Isto seria um problema...
Corremos pra um café ligeiro pra melhorar a boca e logo ajeitamos as tralhas pra subir ao Marins. Pouco após 10h00 botamos o pé na trilha. O tempo estava nublado, com aquela costumeira neblina roçando as cabeceiras.
A previsão do tempo indicava possibilidade de pancadas ao fim da tarde. Além da eventual superlotação isto também preocupava, uma vez que éramos pra ter ido ao lugar no dia anterior e não fizemos justamente pela previsão nebulosa.
Alheio a esses aspectos, animados seguimos pela trilha em meio a mata nas proximidades da Base Marins. A trilha estava úmida, afinal em dias anteriores choveu forte por lá!
Rapidamente vencemos o aclive inicial e caímos naquela antiga estradinha que segue até o Morro do Careca. Apesar da ausência do sol naquele momento, fazia calor abafado e o suor era insistente. Visual ao longe por hora impossível.
Seguimos em bom ritmo e deixamos a estradinha para acender ao Careca através daquela trilha atalho. Rapidamente chegamos ao Morro do Careca. Por lá topamos com um grupo grande de trilheiros que haviam pernoitado no Marins na noite anterior. Trocamos umas palavras e procurei saber da lotação. Fui informado que na noite anterior haviam muitos no Pico; mas estavam todos de partida.
A notícia foi positiva e então seguimos sentido ponto de água logo à frente. Somente eu fui até a fonte, que está alguns metros à esquerda da trilha. Gustavo e João ficaram aguardando próximo a passagem. Era em torno de 11h00 e fazia um calorão danado.
Chegado na fonte o volume estava mirrado. Deu trabalho para encher as garrafas. Após, retornei, encontrando o Gustavo que ia ao meu encontro, uma vez que havia demorado um pouco na coleta. Aproveitamos pra fazer uma boquinha!
Era quase 11h30 quando retomamos a subida. Do Morro do Careca até o Marins é um jogo de paciência, afinal a trilha seguirá sempre em aclive e com muito trepa e pula pedra. Ao despontar em área de típica vegetação de altitude da Mantiqueira, aquelas moitas de capim, o João Victor já se destacava, calcado na sua jovialidade...
Sudoeste: As primeiras vistas desde a subida do Marins |
Beirando meio dia fizemos uma parada para descanso próximo àquele primeiro mirante da subida. O visual ainda não era grandes coisas, mas a neblina já dava sinais de sumiço da área; sendo possível já observar trechos mais baixos; bem omo ter as primeiras vistas do conjunto dos Marins. Uma beleza que só! E claro, o sol dava sinais de chegada definitiva.
As primeiras imagens do maciço |
Retomada a subida uns dez minutos depois, perto das 12h30 passávamos pela Pedra Partida. Com o tempo aberto foi possível observar à frente alguns trilheiros que percorriam trilha acima. Entramos então naqueles trechos de muita rocha e degraus; que requerem atenção e firmeza para evitar tropeções, caneladas e afins.
Pouco antes das 13h00 passamos pela Pedra da Andorinha. Isto era um indicativo que doravante o trepa e pula pedra se intensificaria. Mas seguimos em bom ritmo, galgando cada obstáculo com louvor e nos aproximando daquele grupo que estava à nossa frente. Mas resolvemos fazer uma paradinha observando o mar de morros do Sul de Minas Gerais.
Andorinha: Marcante referência na subida ao Marins Dali pra cima aperta o trepa pedras |
Mais uns dez minutos e retomamos a pernada. O trecho adiante repleto de rochas e degraus nos fez perder rendimento. Ademais nos aproximamos dos caminhantes que seguiam adiante; ultrapassando alguns deles. Então em cada obstáculo a transpor demorávamos um pouco mais. Próximo das 13h45 fizemos nova parada para descanso e apreciação. A vista realmente estava um primor!
Exemplo de trecho rochoso e trepa pedras: A trilha em certo ponto segue para direita pelas rochas |
Retomamos somente após as 14h00, quando subimos curto trecho e atingimos aquele lance de escalaminhada em que se sobre por apoio e força. Havia alguns caminhantes finalizando a transposição, bem como outros esperando a vez da descida.
Descanso pouco antes do rumo final ao Passa Quatro |
Rápida e espertamente vencemos o trecho - com destaque para o Victor - e nos pusemos morro acima, na ciência de que em poucos metros despontaríamos para a maravilhosa face Norte do Pico dos Marins. Topamos com mais uns caminhantes e pronto, lá estava em nossa frente o Marins. Tempo aberto e com aquele clima de montanha, uma gostosura de viver...
O Marins visto pelo lado Norte. Presencialmente o impacto é muito maior |
Sem delongas, próximo das 14h30 já havíamos cruzado as nascentes do Passa Quatro e então tínhamos que decidir aonde pernoitar. Como já tínhamos informações de que o topo estava com poucos visitantes optamos por ir pra lá; e não estabelecer base ali perto do Passa Quatro. Pernoitar no topo do Marins faz toda diferença quando o objetivo é ir somente até ele!
Seguimos então rumo ao topo do Marins. Fomos entremeando passos com outros poucos caminhantes. A trilha em aclive serpenteia pelo capinzal, que esconde muitos degraus e rochas. São raros os passos por terreno regular. Mas seguimos animados! O Gustavo aproveitou para deixar escondida na vegetação uma garrafa de água, aliviando um pouco o peso da subida final!
Vista Leste subindo o Marins: Marinzinho, Redonda e Itaguaré |
Perto das 15h00 atingimos o Acampamento intermediário do Marins, que estava vazio. As notícias eram animadoras, o Pico estava com poucos visitantes naquele domingo, véspera de 12 de outubro. De fato, ironicamente parecia termos acertado na escolha da data. Há males que vem para o bem, já diz o ditado.
Cientes da situação tranquila desabamos no acampamento intermediário para um longo descanso. Apesar da curta quilometragem, a trilha do Pico dos Marins é bem cansativa e exige bastante das pernas.
Uns vinte minutos chamei o Gustavo para continuarmos, afinal esfriar os músculos não seria recomendado... A trilha em acentuado aclive nos leva direto para as rochas finais do Pico. Vamos subindo om cuidado, mas sem dificuldades, ultrapassando alguns outros caminhantes. E desse modo, com tranquilidade, por volta de 15h45 botamos os pés no topo do Pico dos Marins.
O topo estava praticamente vazio, com apenas uma barraca. Pudemos então escolher os lugares para armada. Prevenindo eventual ventania nos instalamos num ponto abrigado pelos capins, bem próximos ao cume. Em pouco tempo já estávamos com as tralhas ajeitadas.
O Livro Cume |
Amarílis no cume |
Por do sol com névoa |
O topo do Pico dos Marins é pequeno e rochoso. São poucas as áreas para acampamento levando em consideração o número de frequentadores. Apenas alguns pontos são abrigados. Não há fonte de água.
Já a vista é maravilhosa, destacando suas irmãs menores Maria e Mariana ao Sul; a crista da Travessia para o Itaguaré e a Serra Fina a Leste. Para o Norte e Oeste aquele mundaréu de morros do Sul de Minas Gerais.
Um café pra animar e tivemos o resto da tarde para curtir o topo, ler e assinar o livro de cume, uns cliques e apreciar a paisagem. A vista em todos os quadrantes é simplesmente magnífica; chega a impactar pela dimensão dos desfiladeiros.
Não fez frio, nem houve ventania. Muito menos chuva naquela tarde. Fez um bonito por do sol, embora uma fina névoa insistisse em tirar a intensidade do amarelão inundante...
Mas em todo topo quando o sol vai embora a temperatura cai, nem que seja um pouquinho... Corremos então pras barracas porque em breve faríamos o jantar. Faríamos, porque o Gustavo levou quase tudo pronto! Foi só cozinhar o macarrão e colocar aquele molho delicioso... Foi supimpa, uma delícia de janta!
De resto, boa prosa e alegria por mais um dia, curtindo um descanso incrível e comemorando mesmo que discretamente junto ao aniversariante. Foi uma noite de paz e tranquilidade, afinal poucos aventureiros estavam no Marins naquele fim de feriadão; pelo que soubemos, bem ao contrário da noite anterior...
O dia seguinte...
APÓS UMA noite recuperadora zarpei da barraca pouco antes do nascer do sol. O Gustavo e o Victor o fizeram também. Estavam por lá outros aventureiros que pernoitaram e outros que chegaram cedinho para o nascer do sol. Não fazia frio e o céu não estava de todo limpo.
Aquele amarelão do amanhecer... |
Mesmo assim os primeiros raios do sol varreu o Marins de forma incrível. Aproveitamos para uns cliques e contemplar o momento. Porém, à medida que a hora avançava aquela costumeira neblina presente nos vales começa a se aproximar do topo do Marins. E não demorou para ofuscar o visual...
Ao vivo é muito mió... |
Gustavo e João, o aniversariante |
Papo aqui e acolá, fizemos o nosso café. Tranquilamente desarmamos as barracas e ajeitamos as tralhas. Perto das 8h20 deixamos o topo do Pico dos Marins. Nesse momento fazia o mesmo um grupo de caminhantes que chegou por lá ao nascer do sol.
Nesse momento ventava bastante e até fazia frio; nos obrigando a vestir os agasalhos. Seguimos descendo o rochoso com cuidado e atenção, afinal descidas são sempre mais exigentes que as subidas. Mas aos poucos fomos ultrapassando o grupo de caminhantes e alcançando outros que haviam pernoitado no topo e saíra mais cedo que nós.
Depois de recolher na moita a garrafa de água deixada pelo Gustavo na tarde anterior, caminhamos poucos lances e perto das 9h00 cruzamos o Passa Quatro. Tomamos então o rumo definitivo de volta à Base Marins. O visual era bastante prejudicado, sendo impossível despedir do Marins naquela tradicional última olhada.
A descida avançou rapidamente e sem problemas passamos pelo lance de escalaminhada logo abaixo. Topamos com alguns que subiam ao Pico e também nos aproximamos de um pequeno grupo de caminhantes que faziam a Travessia desde o Itaguaré. Por volta de 9h40 após descer uns lances em rocha fizemos uma paradinha para ajeitar de tralhas e descanso. O tempo dava indícios de um dia nublado e abafado.
Dia nublado |
Passava das 10h00 quando retomamos a pernada. Seguimos descendo de modo tranquilo, aproveitando em janelas o visual que se abria frente a neblina que se dissipava. Mais o dia de fato estava nublado e abafado. Topamos com mais alguns caminhantes que se dirigiam ao Pico.
Perto das 10h20 passamos pela Pedra da Andorinha e mais uns 10 minutos pela Pedra Partida. Sabíamos então que a jornada corria para o seu final. Aproximamos outra vez de mais uns aventureiros que também haviam estado no topo. Pouco abaixo do primeiro mirante fizemos uma paradinha para desacelerar as pernas. Fazia bastante calor, apesar do tempo nublado.
João e Gustavo na Pedra Partida |
Uns dez minutos retomamos e topamos com um casal que se dirigia para o Marins. É bem possível que não tenham chegado até lá... À nossa frente seguia parte de um grupo que esteve no topo. Sem alterações vamos descendo e pouco depois das 11h00 chegamos no Morro do Careca. Aproveitamos para um rápido descanso.
Em quinze minutos partimos, pouco após a partida do grupo que desde certa altura vínhamos próximos. Rapidamente interceptamos a estradinha e desembolamos morro abaixo. Perto das 11h50 deixamos a estrada e adentramos na trilha em forte declive pela mata final sentido Base.
Estávamos próximos do final da jornada, mas o calor e o cansaço da descida transmitia uma sensação de distância ampliada. Mas com louvor pontualmente ao meio dia estávamos de volta à Base Marins.
Na Base Marins um rápido ajeitar de tralhas seguido de breve almoço. Antes das 13h00 deixarmos a Base. Depois de assistir peripécias de um motorista na estradinha sinuosa do Bairro dos Marins, perto de 13h30 passávamos novamente por Piquete. Trecho curto, antes das 14h00 já me despedia do Gustavo e João na rodoviária de Cruzeiro. Eles seguiram pra SP, onde chegaram antes do anoitecer. Eu desembarquei em BH um pouco mais tardinho...
Eles pela manhã no Marins |
Esta foi uma jornada exitosa. O Pico dos Marins é um lugar significativo e que sempre vale a visita! E nessa ocasião mais ainda, pois fora a comemoração do aniversário do João. Sem errar, de fato esse foi um presente digno do paizão Gustavo! Presente tem que ser assim, marcante e diferente, pra ser lembrado para sempre! Vida longa João, você foi incrível! Obrigado a vocês pela oportunidade, gentileza e alegria da companhia!
'Nóis' no topo do Marins Aniversariante à direita na imagem © G.Somensato |
Serviço
Localizado na Mantiqueira entre as cidades de Piquete (SP) e Marmelópolis (MG) o Pico dos Marins é um dos atrativos principais do conhecido núcleo mais elevado desse complexo de serras. Possui 2.420m de altitude, sendo um grande bloco rochoso com desfiladeiros impressionantes..
Amarílis: Tradicional floração dos cumes da Mantiqueira |
Mas isto não impede o acesso ao seu cume, feito através da face Norte com relativa facilidade; não exigindo uso de equipamentos técnicos. Seu topo é pequeno e irregular, oferecendo algumas áreas para armada de barracas. Proporciona visual marcante em todos os quadrantes.
O acesso ao Marins se dá através de terras paulistas ou mineiras, tendo a Base Marins como ponto de convergência, início e fim da caminhada. Esta Base oferece serviços de estacionamento e hospitalidade básica.
Muito embora seja curta, totalizando aproximadamente 6 km até o cume, a trilha para o Marins é exigente, com muito pula e trepa pedras, Além disso soma-se a comum presença de neblina, fator que dificulta a navegação; apesar de existir sinalização pintada nas rochas.
A visita ao Pico dos Marins pode ser feita com ou sem pernoite. Já para os amantes de Travessias, o Marins se torna o primeiro grande atrativo de uma rota que inicialmente gira em torno de 20 km até o Pico e Base do Itaguaré, a conhecida Maringuaré. Porém isto pode ser alongado por dezenas de quilômetros para aqueles que se propõem a realizar a Transmantiqueira.
Distâncias aproximadas
BH a Cruzeiro: aprox 470 km
Cruzeiro à Piquete: aprox 28 km
BH à Passa Quatro: aprox 440 km
Passa Quatro à Base Marins: aprox 30 km estrada de terra
Piquete à Base Marins Via Sertão: aprox 19 km (13 km asfalto e 6 km estrada de terra)
MG 350 Delfim Moreira à Base Marins Via Fazenda Saiqui: aprox 15 km estrada de terra
Base Marins ao Topo do Pico dos Marins: aprox 6 km
Como chegar e voltar de ônibus
Cidade referência: Belo Horizonte
Estabeleça Piquete como acesso. É o modo mais fácil
Ida: Viação Útil até Cruzeiro → Viação Pássaro Marron até Piquete → Contratar traslado Piquete-Base Marins
Volta: Contratar o traslado Base Marins x Piquete → Viação Pássaro Marron até Cruzeiro → Viação Útil até Belo Horizonte
► Desaconselho ir de ônibus via Delfim Moreira ou outras cidades do Sul de Minas. Motivos: escassas opções e muitas baldeações.
► Confira os horários, frequências e tarifas nas empresas de ônibus
Cidades referências : São Paulo ou Rio de Janeiro
Estabeleça Piquete como acesso. Simples assim
Como chegar e voltar de carro
Cidade referência: Belo Horizonte
Eleger a própria Base Marins como sua base:
Rodovia Fernão Dias até o trevo de Pouso Alegre → BR 459 até Delfim Moreira → Seguir por 6 km após a cidade e entrar à esquerda na estrada de terra que segue para a Fazenda Saiqui → Da rodovia até a Base Marins serão aproximadamente 15 km em estrada de terra
Cidades referências : São Paulo ou Rio de Janeiro
A melhor opção é seguir até Piquete (SP) e de lá para a Base Marins via Sertão dos Marins. Eventualmente e dependendo das condições da estrada pode-se utilizar o acesso pela Fazenda Saiqui, em MG. A diferença na distância não será tão significativa, muito embora vá transitar maior trecho por estrada de terra; porém com menor aclividade.
► A Base Marins oferece ampla área para estacionamento
Considerações Finais
► Áreas particulares:
Não há cobrança de acesso ou uso de trilha. Há cobrança do estacionamento na Base Marins.
Recomendável manter discrição em todas as ações. Pelo trajeto de acesso e sempre que possível, aproximando de sítios, fazendas e similares informar sobre suas intenções. Manter fechadas todas as porteiras e tronqueiras. Jamais romper cercas. Nunca provocar ou assustar animais e criações. Não abrir áreas para acampamento. Jamais realizar fogueiras. Manter consigo todo e qualquer lixo gerado.
► Trilha e Trajeto:
Trepa pedras, escalaminhada básica e raspa-raspa em rochas: estes são os aspectos marcantes dessa Trilha. Prepare suas pernas! De um modo geral, a trilha encontra-se bem marcada pelo pisoteio; além de apresentar sinalizações pintadas em rocha nos pontos mais duvidosos. Fique atento ao solo. É comum a trilha ficar pouco visível em trechos com lajeados. Os totens estão relativamente bem posicionados e são boas fontes para orientação. Apesar disso, evite fazer essa trilha de modo solo. Possivelmente sob tempo aberto e limpo a navegação torna-se mais simples; porém em caso de neblina que é muito comum na região, perdidos e desvios não são incomuns. Fique atento!
Da Base Marins até o Topo do Pico dos Marins são aproximadamente 6 km; sempre em aclive.
Altitude Base Marins: 1.550m
Altitude Pico dos Marins: 2.420m
► Experiência em Trekking:
Embora o trajeto ao Pico dos Marins seja curto, requer alguma experiência em caminhada no meio natural; ou na ausência desta muita disposição e condicionamento. É um desnível razoável e pode se tornar exigente para aqueles que nunca praticaram a atividade.
► Logística de Acesso 1:
Atente-se para o horário do início da caminhada. Para realizar uma caminhada tranquila ideal é começar cedo se for em bate e volta. Para pernoite esforce-se para caminhar sempre com luz do dia.
► Logística de Acesso 2:
Caso dependa exclusivamente do ônibus para chegar à localidade, esteja ciente que isto pode ser demorado. Calcule o tempo necessário para não ser surpreendido.
► Áreas para acampamento:
Modo natural, em alguns pontos, a saber: Região da nascente do Passa Quatro; Intermediário na subida ao Marins e no topo do Marins. Há outras, mas ideal é que isto seja evitado devido a degradação ambiental.
► Clima:
Duas estações distintas: Chuvosa (verão), com temperaturas mais amenas; Seca (inverno) com temperaturas baixas, inclusive negativas. Esteja atento.
► Água:
Fonte segura nas proximidades do Morro do Careca. Abasteça! Após o Careca não há ponto de água seguro; nem mesmo durante o período chuvoso; uma vez que as águas das nascentes do Passa Quatro estão próximas a uma área de acampamento. E nem todos os visitantes são conscientes na utilização. Infelizmente! Seja o que for use purificador!
► Exposição ao Sol:
Intensa. Use protetor solar.
► Época e Tempo para realização:
O melhor período para realização é de abril a setembro; que é a época mais seca na região. No verão também é possível, mas esteja atento: Sob chuvas pode ser complicado, pois são comuns tempestades na região. Não há cruzada de rio no acesso. Já o formato é livre, podendo ser com ou sem pernoite.
► Segurança - Escape:
Retorno pela mesma trilha da ida. Tenha em mente que em circunstâncias adversas os deslocamentos podem ser demorados. Não há estrutura de busca e resgate na região. Há sinal de celular em alguns pontos, muito embora possa ser inconstante. Não há obviamente terminais telefônicos.
►Segurança - Vestuário:
Ao praticar Trekking prefira utilizar calças compridas e camisetas com mangas longas. Isto oferece maior proteção frente à vegetação e eventuais insetos; além de minorar a ação do sol.
► Atenção:
Ambientes naturais abrigam insetos e animais selvagens ou peçonhentos. Isto é natural; é normal. Portanto, seja ao caminhar ou ao assentar esteja sempre atento. Ao manusear vestuário e equipamentos verifique com atenção se não há presença desses animais ou insetos. Também esteja atento quanto a presença de animais selvagens de grande porte; evitando assustá-los.
► Cash:
Em pequenas localidades aceita-se apenas dinheiro.
► Carta Topográfica: Lorena
► Confira algumas Dicas Básicas de Segurança para a prática de Atividades Outdoor
► Pratique a atividade aplicando os Princípios de Mínimo Impacto
Bons Ventos!
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