Travessia Altamira a São José da Serra 2015: sempre é bom voltar...

Vista Sul do Vale da Lagoa Dourada
Em meados de junho passado, exatamente 1 ano após realizar o mesmo trajeto, juntamente com um grupo de amigos voltamos à Travessia Altamira a São José da Serra.

Trata-se de uma rota de aproximadamente 25 km nos arredores do Parque Nacional da Serra do Cipó; percorrido no sentido sul - norte.

É uma rota que não apresenta nenhuma dificuldade técnica ou pontos complicados para transposição; nem mesmo grandes desníveis. Porém, algo que não falta nesta Travessia é beleza.

Contemplar o Espinhaço e sobretudo percorrer o grande Vale da Lagoa Dourada sempre nos proporciona visuais incríveis, como se fosse a primeira vez ali estar... 

Grande parte dos montanhistas e caminhantes que conheço cultivam um xodó por essa Travessia. E com razão, pois além da beleza é um perfeito aquecimento para outras empreitadas maiores. Novamente fizemos a pernada em dois dias, sem pressa nenhuma, no intuito de curtir e socializar...


Rota realizada e disponibilizada no Wikiloc

Além de possibilitar estudar e visualizar a região, você poderá baixar este tracklog (necessário se cadastrar no Wikiloc); e inclusive utilizá-lo no seu GPS ou smartphone (necessário instalar aplicativo). Recomendamos que utilize esta rota como fonte complementar dos seus estudos. Procure sempre levar consigo croquis, mapas, bússola e outras anotações que possibilitem uma aventura mais segura. Melhor planejamento - Melhor aproveitamento.


Para facilitar, dividi a rota em duas partes. A primeira parte vai da estrada após o Distrito de Carmo da União, passa por Altamira e chega até o início da trilha (trechos em estradas de chão). Depois continua até a Cachoeira da Lagoa Dourada. 

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Relato Dia 1



Deixamos BH por volta de 6h30 do dia 13 de junho. Pontualmente às 9h20 iniciamos nossa Travessia. O tempo estava parcialmente nublado; com um sol meio preguiçoso e até se fechando em alguns momentos...

O ponto exato do início foi uma porteira à esquerda da estrada Altamira de Baixo - Altamira de Cima ou Mutuca (onde fica a Cachoeira Alta). O ponto está cerca de 3,5 km após o arraial de Altamira de Baixo; e poucos metros antes da casa da Dona Margarida. Altitude em torno de 1.100m.

Atualização Jan 2018: Não mais recomendamos a utilização desse ponto como início dessa Travessia.

Flor de Canela de Ema, comum pelo Espinhaço
Varamos a porteira e tomamos o sentido oeste em aclive por restos de uma antiga estrada. Logo acima próximo à um pequeno bananal ignoramos uma saída à esquerda que leva até um sítio. Seguimos pela trilha à direita que sobe rente a uma cerca de arame.

O pasto estava sujo, diferente de outras ocasiões que passei por ali. Pouco adiante, animados com a prosa e uma desatenção: demos uma pequena desviada da trilha, seguindo mais à direita.

Mas logo notamos o erro e cheios de carrapichos voltamos à trilha correta. Sorte deram o Mateus e a Sol que seguiam na dianteira e foram mais atenciosos... Mas em minutos chegamos a uma porteira, já bem próxima ao final da subida.

Da porteira em diante tomamos o sentido norte/noroeste por uma trilha bem marcada. A única grande subida do dia ficara para trás... Já no platô inferior da serra passamos por um mirrado ponto de água (que seca na estiagem) e logo à frente outra porteira.

A trilha em suave declive nos levou até outro mirrado ponto de água. Seguimos percorrendo os campos rodeados por algumas restingas de capoeira. A Serra do Espinhaço à nossa direita (leste) e lá do outro lado do vale do Rio Preto; bem como o início da Serra da Lagoa Dourada à nossa esquerda (oeste) se apresentavam majestosas.

Em suave aclive seguimos cruzando os campos. Em pouco tempo chegamos até outro ponto de água; dessa vez mais volumoso e no interior de uma matinha. Fizemos uma parada para descanso.

Vale do Rio Preto visto desde o topo da Cachoeira Alta
Retomada a caminhada, a trilha se mantém bem marcada. Porém, quando a trilha tende à esquerda (oeste) no sentido da serra da Lagoa Dourada, desviamos reto (noroeste) pela vegetação rumo à novo veio de mata, em suave e curto declive.

Passamos por algumas rochas onde se colocam sal para o gado. Cruzamos a matinha por onde passa um riachinho que formará a cachoeira do Marimbondo na caída da encosta para Mutuca. Outra parada para refresco...

Adiante a trilha segue em aclive e margeando uma matinha pela sua direita. Surgem também muitos cristais às margens da trilha...

Ainda em aclive suave logo despontamos na virada de um morro com um visual amplo e maravilhoso do vale e das serras à oeste, leste e um vale ao norte. Parada para fotos, pois é um lugar simplesmente indecente...

Continuando a caminhada agora em declive. Nos dirigimos para o fundo do vale, onde há uma restinga de mato por onde corre um pequeno afluente do Rio Preto, formador da Cachoeira Alta. Lá chegando por volta de 12h30 fizemos nova parada para descanso e lanche.

Logo após o descanso deixamos nossas cargueiras à margem da trilha e caminhamos por cerca de 100 metros à direita (leste), indo até à cabeceira da Cachoeira Alta. 

Pocinho e amigos nas proximidades do topo da Cachoeira Alta
O local é discreto, com algumas rochas e um bonito poço suficiente para umas braçadas. Porém, ninguém se animou a pular...

Aproveitei e juntamente com o Robson e a Sol demos um giro pelo mirante, de onde se pode ver a singela garganta da Cachoeira e algumas moradias lá embaixo, onde há uma pousada.

A Cachoeira Alta realmente faz juz ao nome. Mas não se iluda com alguns videos que circulam na internet; pois o volume normal de água que despenca do paredão em dias secos é uma merreca. Costumeiramente se perde ao vento.

O vídeo que mostra um volume de água assombroso despencando do paredão foi feito em dia de forte chuvarada; portanto anormal.

Mas a pequena quantidade de água não tira a beleza do lugar. O visual do vale lá embaixo é simplesmente estonteante... A título de curiosidade, o poço inferior da Cachoeira Alta é pequeno e particular; com acesso controlado por uma pousada...

Retornamos às mochilas e em torno de 13h00 retomamos a caminhada. Seguimos agora em aclive e por campo aberto. Sem demora ignoramos uma saída à direita que segue em direção ao Vale do Rio Preto lá embaixo; onde está a Pousada e o poço da Cachoeira Alta.

No prolongar seguimos em suave aclive, com trilha bem marcada pelas áreas de campos. Em ritmo tranquilo por volta de 14h20 chegamos ao Mirante do Vale da Lagoa Dourada, a aproximadamente 1.470m de altitude. Lugar único que valeu uma longa parada para fotos, descanso e contemplação. É um dos visuais mais marcantes de toda a região.

Após as fotos, iniciamos nossa descida rumo ao Vale pela cascalheira, que apesar de curto é um trecho chatinho dado ao risco de escorregões. Mas em 15 minutos já estávamos lá embaixo; pois a trilha é bem marcada e não existe possibilidade de erros.

Nesse ponto, tínhamos o vale todo à nossa frente ao norte, serpenteado pelo Rio Jaboticatubas; sendo rodeado à leste e oeste por morros com muitas rochas e matas de galerias. Ao sul, uma queda singela e precursora do Jaboticatubas. Altitude em torno de 1.200m.

Optamos por percorrer os cerca de 5 km do Vale da Lagoa Dourada até o acampamento pela margem esquerda do Rio Jaboticatubas. Assim, cruzamos o riachinho pulando pedras e tomando rumo noroeste. Passamos a caminhar por restos de velhas trilhas entre gramíneas. Paisagem enlouquecedora naquele fim de tarde...

Em alguns pontos foi necessário distanciar um pouco mais do rio e procurar trechos mais secos para caminhar. É que o Vale da Lagoa Dourada possui charcos em alguns pontos, que variam conforme as condições de tempo.

Cruzamos também alguns regos d'água afluentes do Jaboticatubas. Em um deles, um dos nossos amigos escorregou e apesar dos seus quase 2 metros de altura, a água foi até o seu peito. Mas incrível foi o mesmo dizer que não encontrou o fundo do buraco... 

Entardecer sobre o cânion do Jabuticatubas
Apesar desse percalço refrescante, continuamos a pernada. Por volta de 17h00 chegamos à Cachoeira da Lagoa Dourada, local do nosso pernoite. Foi um fim de tarde espetacular, com céu anil e muito sol...

Após umas exploradas no lugar e banho no Rio Jaboticatubas com águas incrivelmente agradáveis, a noite rendeu muito papo enquanto preparávamos o jantar, E continuou até um bom tempo depois.

Momentos únicos que valem uma caminhada e um acampamento ao lado de pessoas agradáveis... Não ventou e nem fez frio pelo Vale naquela noite...


Relato Dia 2


O vale na manhã de domingo
A manhã de domingo chegou linda e com sol radiante. Aos poucos o sol foi invadindo o vale da Lagoa Dourada, uma beleza. 

Permanecemos por ali até por volta de 13h00, tempo suficiente para explorar o lugar. Mirantes, quedas diversas, banho de cachoeira, papo fiado, preguiça gostosa... Coisa boa demais. 

Voltamos ao acampamento. Após forrar o estômago desmontamos a base e iniciamos nossa pernada às 13h30 rumo a São José da Serra.

O Distrito fica distante cerca de 10 km desde a Cachoeira - acampamento; sendo que destes faríamos somente 6 km a pé... Carregados, passamos pelo casebre que há no lugar, cruzamos a velha cerca de arame e tomamos a trilha bem marcada sentido noroeste. 


Rota realizada e disponibilizada no Wikiloc

Além de possibilitar estudar e visualizar a região, você poderá baixar este tracklog (necessário se cadastrar no Wikiloc); e inclusive utilizá-lo no seu GPS ou smartphone (necessário instalar aplicativo). Recomendamos que utilize esta rota como fonte complementar dos seus estudos. Procure sempre levar consigo croquis, mapas, bússola e outras anotações que possibilitem uma aventura mais segura. Melhor planejamento - Melhor aproveitamento.

Dividi a rota em duas partes. segunda parte vai da Cachoeira da Lagoa Dourada até o fim da trilha; prossegue em estradinha vicinal até o "centrinho" de São José da Serra; e depois pela estrada de chão até a rodovia MG 10. É a opção mais viável para quem deseja fazer um bate e volta na Cachoeira da Lagoa Dourada. Ao visualizar o mapa, verá que há opções em atalhos, desobrigando o visitante de eventual visita ou passagem pelo "centrinho" do Distrito.

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Meia hora depois atingíamos o ponto máximo da caminhada daquele dia. Pensávamos em visitar a Gruta da Água Adentro, na trilha que vai para o Parnacipó. Mas o andar da carruagem fez-nos dividir em dois grupos.

Norte: Parte alta do ParnaCipó vista desde a
trilha em direção a São José da Serra
Assim, passamos pela bifurcação que segue para a gruta, mas os amigos que não conheciam e queriam ir ao lugar sumiram adiante. Então, tocamos pra São José da Serra.

Passamos por uma porteira e logo adiante alguns deles estavam à nossa espera. Como a bifurcação da Gruta desejada ficara lá atrás, seguimos adiante, agora descendo a cascalheira final sentido oeste.

Vencemos o trecho e próximo das 15h30 chegávamos à estradinha de São José da Serra, aonde já nos esperava nosso resgate.

Embarcamos e tocamos para Vila. Fomos forrar o estômago no Restaurante da Cristina. De panças cheias, por volta de 17h30 deixamos o arraial de São José da Serra retornando para BH; aonde chegamos em torno de 20h00, depois de enfrentar um pequeno congestionamento em Lagoa Santa.

"Nóis"
Foi um pernada muito prazerosa, daquelas sem pretensões e feitas para relaxamento. Por isso que vale sempre a pena voltar à esse lugar: é uma rota que permite esse desfrute! Sem dúvidas é uma das mais expressivas variantes de todo o Espinhaço; e na ocasião um aquecimento de luxo para a Serra Fina que faríamos 5 dias depois.... Gratidão imensa aos parceiros dessa pernada! Foram dois dias sensacionais que pareceram minutos...

Serviço - Travessia Altamira x São José da Serra



Travessia de nível leve para experientes e moderado para iniciantes ligando o arraial de Altamira, município de Nova União ao Distrito de São José da Serra, município de Jaboticatubas, cortando os vales entre a Serra do Espinhaço e a Serra da Lagoa Dourada.

O relevo da região é o típico do Espinhaço: movimentado e com inúmeras formações rochosas. Já a vegetação é formada por campos rupestres e matas de galerias.

Totaliza 31 km do arraial ao distrito, incluindo estradinhas inicial e final.

Entretanto, utilizando de leva e resgate em veículos e preferir caminhar apenas por trilhas, essa distância cai para 24 km. Isto porque tanto o trecho inicial (4 km), quanto o trecho final (3 km) são transitáveis por veículos, inclusive de passeio.

A trilha é marcada por todo o trajeto, embora em alguns trechos apresente-se um pouco suja e algumas bifurcações que podem confundir os menos atentos. Há dois trechos íngremes e com presença de cascalho na rota.

O primeiro é na descida para o Vale da Lagoa Dourada; e o outro e na parte final na descida da serra para o Distrito de São José da Serra.

O único ponto de dúvida na Travessia é após cruzar a matinha mais densa de toda a travessia. Para seguir para o Vale da Lagoa Dourada tomar a trilha da direita, que é mais apagada que aquela que segue em direção à serra à esquerda/oeste. 

Uma variante possível para a realização dessa Travessia é seguir do arraial de Altamira diretamente para a Cachoeira Alta e de lá subir através de trilha à sua parte superior. Caminha-se então curto trecho sentido oeste e intercepta a trilha que vem do sul, um pouco acima do Rio Preto (riachinho que forma a Cachoeira Alta).

Porém, para realizá-la desse modo é necessário autorização da Pousada existente lá embaixo ainda no Vale, próxima ao poço inferior da Cachoeira Alta; que é a proprietária das terras locais.

Outra opção é iniciar diretamente em Altamira, subindo e passando pelo Cruzeiro de Altamira. Nesse caso a caminhada se alongará em torno de 5 km em trilhas.

O grande destaque dessa Travessia é o Vale da Lagoa Dourada. Percorrido pelos meandros do Rio Jaboticatubas, cuja parte final forma uma queda muito bonita, a Cachoeira da Lagoa Dourada. Após a queda, as águas formam um poço maior e muito propício para banhos.

Mais abaixo, as águas continuam formando poços rasos e corredeiras, que mergulham em um pequeno porém profundo cânion. Este cânion não é acessível de modo seguro através dessa travessia; exigindo equipamentos técnicos para tal.

Outro atrativo dessa Travessia é visitar a parte superior da Cachoeira Alta; que fica cerca de 100 metros à direita da trilha, no último ponto de água antes da subida final para o Mirante da Lagoa Dourada.

A quantidade de água que forma essa cachoeira é muito pouca. Porém, devido às rochas no leito, poucos metros antes da queda forma-se um belo poço em que se pode mergulhar. Além disso, a vista desde a garganta é espetacular...

Distâncias


► Belo Horizonte a Nova União: 60 km (asfalto)
► Nova União à Altamira: 18 km (estrada de terra)
► São José da Serra ao Km 87 da MG 10: 11 km (estrada de terra)
► Km 87 da MG 10 a Belo Horizonte: 87 km

Como chegar e voltar - de ônibus

Cidade referência: Belo Horizonte

Ida: Coletivo da linha 4882 no Terminal São Gabriel até Nova União; desembarcando no Posto São Cristóvão, na Praça São Cristóvão → Coletivo Rural Transtatão até o Arraial de Altamira.
Volta: A pé ou táxi até o km 87 da MG 10 → Viação Saritur ou Viação Serro na rodovia MG 10 até Belo Horizonte.

► Em Nova União há apenas dois horários diários para Altamira: o primeiro saindo após 11 horas da manhã; e o segundo ao final da tarde, após 16 horas.
► Em São José da Serra há um coletivo rumo à Serra do Cipó, de seg à sex pela manhã. Aos sábados há dois horários, um no meio do dia; outro ao final da tarde. Aos domingos somente à tarde.
► Para frequências e tarifas de ônibus, consulte as empresas de ônibus.
► Para frequências e tarifas de ônibus metropolitano em Belo Horizonte, consulte o DER-MG

Como chegar e voltar - de carro

Cidade referência: Belo Horizonte

Ida: BR 381 até cidade de Nova União → Na Praça São Cristóvão seguir pela estrada de terra até Altamira → Continuar pela estrada sentido Altamira de Cima, seguindo até o ponto conforme descrito no relato. 
Volta: Estrada de terra de São José até o km 87 da MG 10 → MG 10 da Serra do Cipó até Belo Horizonte.

► Atente-se que início e final se dão em pontos distintos e distantes. Programe o seu traslado in/out boca da trilha.

Considerações finais


► Em condições normais esta é uma Travessia que não apresenta dificuldades técnicas ou de navegação. Portanto é ideal para aqueles que desejam migrar do sistema bate e volta para as Travessias, se ambientando com acampamentos. Mas em casos de neblina pode se tornar problemática para iniciantes.

► Compensa fazer essa travessia com pernoite. A razão é simples: o lugar é muito belo e em dois dias possibilita maior curtição dos atrativos, em especial a Cachoeira da Lagoa Dourada. Para os mais experientes é possível realizá-la em apenas 1 dia sem problemas; desde que se inicie a pernada bem cedo; ou seja ágil em caminhadas. 

► Tenha muito cuidado ao se aproximar dos paredões e rochas escorregadias; seja no topo da Cachoeira Alta ou em vários pontos nos arredores da Cachoeira da Lagoa Dourada.

► Não recomendo, principalmente a iniciantes a descida até o fundo do Cânion do Jaboticatubas. É uma descida arriscada para se fazer sem equipamentos. Vá por mim: o lugar é bonito mas não vale se arriscar se não conhecer as passagens.

► Há abundância de fontes de água pelo trajeto no verão e não necessita transportar grande quantidade de água. Mas fique atento no período do inverno ou de seca prolongada: muitas fontes desaparecem.

► Há relatos em que, estando na Cachoeira da Lagoa Dourada pela primeira vez e observando o distrito de São José da Serra lá embaixo, à oeste, após o cânion do Jabuticatubas; o aventureiro simplesmente desceu sentido Distrito vencendo o morrote à direita do cânion; sentido oeste; varando mato pelas pirambeiras.

Fique atento: a saída não é por ali! Estando na Cachoeira da Lagoa Dourada, a trilha correta e sem percalços para ir para São José da Serra segue sentido noroeste pelos campos, na continuação do Vale. Passe em frente ao casebre branco que há no local, cruze a cerca de arame e siga reto pela trilha. Vá subindo em aclive suave. A trilha fará uma espécie de C invertido, se afastando da linha de direção do Distrito. Porém, ao descer a serra a trilha o levará até São José da Serra.

Não caia na tentação de varar mato e descer as pirambeiras da serra, pois sairá lá embaixo na boca do cânion, lugar de propriedade particular e acesso restrito. É um sofrimento desnecessário, arriscado e certamente gastando mais tempo na descida! 

► Se ligue: Não há sinal constante de telefonia móvel pelo trajeto. 

► Em Nova União há a possibilidade de tomar um moto-taxi para Altamira. É muito fácil e os moto-taxistas estão em vários pontos da cidade. Isto pode agilizar o início da Travessia, ao invés de se esperar o ônibus que somente parte de Nova União para Altamira por volta de 11h00. 

► No arraial de Altamira há pousada simples: Tãozinho, telefone 31 98318-5842). 

► Próximo à parte inferior da Cachoeira Alta há o Camping do Zezinho, conhecido em toda a região. Mas lembre-se que para fazer essa Travessia por/e a partir desse ponto necessita de autorização da pousada próxima. Se hospedar por lá, converse com o Sr. Zezinho a respeito. 

► Em São José da Serra há vários bares, restaurantes, camping e pousadas.

► Confira algumas Dicas Básicas para a prática de atividades outdoor.

► Pratique a atividade aplicando os Princípios de Mínimo Impacto

Bons ventos!

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