Complexo do Viana-Índio |
A região localizada a leste-sudeste de Belo Horizonte é rica em atrativos naturais. É a tão falada região da Serra do Gandarela.
Seus limites ampliados vão da encosta leste da Capital; até os limites do Caraça, em Santa Bárbara no sentido oeste-leste; e desde Itabirito até Caeté no sentido sul-norte.
É recoberta por vegetação de transição, mesclando mata atlântica, cerrado e campos de altitude. Seu relevo é movimentado, como é comum nas Minas Gerais.
Abriga as maiores porções de cangas do Brasil. E ao mesmo tempo, guarda em seu subsolo grandes reservas de água e minerais, em especial o minério de ferro...
Seus limites ampliados vão da encosta leste da Capital; até os limites do Caraça, em Santa Bárbara no sentido oeste-leste; e desde Itabirito até Caeté no sentido sul-norte.
É recoberta por vegetação de transição, mesclando mata atlântica, cerrado e campos de altitude. Seu relevo é movimentado, como é comum nas Minas Gerais.
Abriga as maiores porções de cangas do Brasil. E ao mesmo tempo, guarda em seu subsolo grandes reservas de água e minerais, em especial o minério de ferro...
Diante de tamanha riqueza, a região é objeto de acirradas discussões, cobiças e desentendimentos entre mineradoras, ambientalistas e governos. Isto culminou com a criação do Parque Nacional da Serra do Gandarela.
Infelizmente a criação do Parque até o momento não colocou um fim às pendengas locais. E como as coisas evoluem lentamente no Brasil, nos parece que o panorama 'conflituoso' prossegue com novas e quebras de braços.
Alheio à essas cansativas, interesseiras e muitas vezes rígidas posições das partes interessadas, a região do Gandarela continua lá, linda e exuberante. É um exemplo de resistência, um convite às aventuras...
Infelizmente a criação do Parque até o momento não colocou um fim às pendengas locais. E como as coisas evoluem lentamente no Brasil, nos parece que o panorama 'conflituoso' prossegue com novas e quebras de braços.
Alheio à essas cansativas, interesseiras e muitas vezes rígidas posições das partes interessadas, a região do Gandarela continua lá, linda e exuberante. É um exemplo de resistência, um convite às aventuras...
Rota realizada e disponibilizada no Wikiloc
Além de possibilitar estudar e visualizar a região, você poderá baixar este tracklog (necessário se cadastrar no Wikiloc); e utilizá-lo no seu GPS ou smartphone (necessário instalar aplicativo). Recomendamos que utilize esta rota como fonte complementar dos seus estudos. Procure sempre levar consigo croquis, mapas, bússola e outras anotações que possibilitem uma aventura mais segura. Melhor planejamento: Melhor aproveitamento.
Na década de 90 a região do Gandarela foi o local das minhas primeiras experiências de trekking na região de Belo Horizonte. Era o ano de 1995 quando tomei o antigo trem suburbano na capital e desembarquei na cidade de Rio Acima visando as primeiras explorações.
E fui logo ao então principal atrativo natural da cidade: o complexo de Cachoeiras do Viana, com uma esticada até a região da Tinta Roxa. À época, fiquei maravilhado por tamanha beleza.
Em anos seguintes circulei bastante pelo Gandarela, de norte a sul e de leste a oeste. Impressionava ontem e hoje a guarda da singeleza única, apesar da proximidade com a grande cidade.
Entretanto, não demorou muito e decidi evitar circular pela região, pois a insegurança começava a rondar por aquelas bandas...
E fui logo ao então principal atrativo natural da cidade: o complexo de Cachoeiras do Viana, com uma esticada até a região da Tinta Roxa. À época, fiquei maravilhado por tamanha beleza.
Em anos seguintes circulei bastante pelo Gandarela, de norte a sul e de leste a oeste. Impressionava ontem e hoje a guarda da singeleza única, apesar da proximidade com a grande cidade.
Entretanto, não demorou muito e decidi evitar circular pela região, pois a insegurança começava a rondar por aquelas bandas...
Passados quase 20 anos da minha primeira investida no Gandarela, bateu uma saudade imensa da região. Decidi então ir revisitar o Complexo do Viana, com retorno à Cachoeira da Tinta Roxa, rota igual à minha primeira incursão no lugar.
O complexo do Viana é um conjunto de quedas no Ribeirão do Viana, conhecidas por Cachoeira do Viana e Cachoeira do Índio. Já a Tinta Roxa é uma queda pequena, porém bela; também localizada no Ribeirão do Viana em local mais próximo às suas nascentes.
O complexo do Viana é um conjunto de quedas no Ribeirão do Viana, conhecidas por Cachoeira do Viana e Cachoeira do Índio. Já a Tinta Roxa é uma queda pequena, porém bela; também localizada no Ribeirão do Viana em local mais próximo às suas nascentes.
Relato
Saí de casa com o dia ainda escuro. No centro da capital embarquei no coletivo da linha 3838 BH-Rio Acima; pois infelizmente a linha de trem entre estas cidades foi suprimida em meados de 1996.
Após sacolejar pela agora movimentada e duplicada rodovia MG 30 e passar pela cidade de Nova Lima, pus os pés em Rio Acima por volta de 7h15 da manhã do dia 29 de dezembro.
Desembarquei no ponto rodoviário em frente à antiga Estação de trem local. O dia estava lindo, quente e com o sol inundando os topos dos morros na região...
Após sacolejar pela agora movimentada e duplicada rodovia MG 30 e passar pela cidade de Nova Lima, pus os pés em Rio Acima por volta de 7h15 da manhã do dia 29 de dezembro.
Desembarquei no ponto rodoviário em frente à antiga Estação de trem local. O dia estava lindo, quente e com o sol inundando os topos dos morros na região...
Estradinha para Viana sinalizada para bikers |
Sem delongas tomei a rua à direita de quem chega no ponto rodoviário às 7h30 da manhã. Fui subindo a estradinha-rua e me lembrando daqueles tempos onde quase tudo era de chão batido.
Margeei a antiga cerâmica desativada e logo à frente e ainda no asfalto tomei a bifurcação à esquerda. Cruzei a ponte sobre o Ribeirão do Viana já na portaria de outra fábrica cerâmica.
À esquerda da fachada do galpão da cerâmica estava lá a antiga estradinha que leva ao complexo das Cachoeiras do Viana.
Não precisei pular o portão, já que o mesmo estava aberto. Dali em diante não teria erro: era só me manter na antiga estradinha e tocar morro acima no sentido leste.
Margeei a antiga cerâmica desativada e logo à frente e ainda no asfalto tomei a bifurcação à esquerda. Cruzei a ponte sobre o Ribeirão do Viana já na portaria de outra fábrica cerâmica.
À esquerda da fachada do galpão da cerâmica estava lá a antiga estradinha que leva ao complexo das Cachoeiras do Viana.
Não precisei pular o portão, já que o mesmo estava aberto. Dali em diante não teria erro: era só me manter na antiga estradinha e tocar morro acima no sentido leste.
Passei por uma antiga residência com curral à minha direita e subi direto agradecendo a sombra da mata rala que me fazia companhia. Em ritmo tranquilo, pouco adiante tomei um atalho para ganhar tempo e evitar uma barriga na estradinha.
E fui subindo, sempre me mantendo na estradinha sinalizada, fruto de trabalho da Prefeitura local que procurou sinalizar as rotas de bike pelo município.
Beirando às 8h20 já me despontei no ponto da estradinha onde se vê ao longe uma das quedas do Viana. Pouco à frente passei por um ponto de água e mais acima encontrei com três aventureiros que pelo visto haviam pernoitado lá pela cachoeira.
E fui subindo, sempre me mantendo na estradinha sinalizada, fruto de trabalho da Prefeitura local que procurou sinalizar as rotas de bike pelo município.
Beirando às 8h20 já me despontei no ponto da estradinha onde se vê ao longe uma das quedas do Viana. Pouco à frente passei por um ponto de água e mais acima encontrei com três aventureiros que pelo visto haviam pernoitado lá pela cachoeira.
Primeira queda da Viana ao lado esquerdo da estrada, acima da ponte |
Após emergir da florestinha cheguei à bifurcação da antiga usina de energia e que leva diretamente à Cachoeira do Índio.
Ignorei esta saída mais à direita e tomei novo atalho morro acima, interceptando a estradinha poucos metros acima, pois meu objetivo era passar pela Cachoeira do Viana.
A partir desse ponto a estradinha encontra-se muito precária, com erosões e quedas de barreiras. Não custou muito e já cheguei nos bambuzais que anunciam a Cachoeira do Viana.
Os bambuzais estavam todos queimados, resultado dos incêndios no inverno de 2014. Pontualmente às 9h00 coloquei os pés sobre a ponte em frente a primeira queda da Cachoeira do Viana.
Ignorei esta saída mais à direita e tomei novo atalho morro acima, interceptando a estradinha poucos metros acima, pois meu objetivo era passar pela Cachoeira do Viana.
A partir desse ponto a estradinha encontra-se muito precária, com erosões e quedas de barreiras. Não custou muito e já cheguei nos bambuzais que anunciam a Cachoeira do Viana.
Os bambuzais estavam todos queimados, resultado dos incêndios no inverno de 2014. Pontualmente às 9h00 coloquei os pés sobre a ponte em frente a primeira queda da Cachoeira do Viana.
A queda primeira acima da ponte estava lá, naturalmente com menos água devido à seca presente. Parei uns instantes e voltei no tempo...
Mas me entristeci ao ver a quantidade de lixo nos arredores, bem como às margens do Ribeirão de mesmo nome. Haviam pessoas acampadas por lá, inclusive com veículo anexo à barraca.
Como tinha objetivo de ir à Tinta Roxa, preferi deixar para a volta o circular pelo lugar. Assim, toquei reto pela estradinha, que agora segue tranquila sem aclives ou declives. Lembro-me que quando estive por lá uns 19 anos atrás a estradinha era bem conservada, ao contrário da atualidade.
Mas me entristeci ao ver a quantidade de lixo nos arredores, bem como às margens do Ribeirão de mesmo nome. Haviam pessoas acampadas por lá, inclusive com veículo anexo à barraca.
Como tinha objetivo de ir à Tinta Roxa, preferi deixar para a volta o circular pelo lugar. Assim, toquei reto pela estradinha, que agora segue tranquila sem aclives ou declives. Lembro-me que quando estive por lá uns 19 anos atrás a estradinha era bem conservada, ao contrário da atualidade.
Serpenteando por entre a capoeira rala, a estradinha segue margeando a esquerda do Ribeirão do Viana. Bifurcações surgem à esquerda e à direita, mas me mantive na estradinha mais marcada.
Em torno de 9h50 interceptei a estrada principal que vem dos lados do Condomínio Tangará e que leva para Conceição do Rio Acima, lá pelas bandas de Santa Bárbara.
Caminhei por poucos metros na empoeirada estrada, topei com alguns veículos, achei uma moedinha de R$0,25, atendi uma ligação do meu amigo aventureiro Jaques (sim, há sinal de celular na região).
Logo à frente entrei à esquerda onde há uma casinha-bar, com área gramada nos arredores. Lixo e sinais de acampamento por todos os lados... Estando fechada a casinha, que sei que em fins de semana ficam pessoas cobrando acesso às pequenas corredeiras do ribeirão à esquerda, toquei pela estradinha secundária indo em direção à Cachoeira Tinta Roxa.
Cheguei então à residência do Cristiano e batemos um dedo de prosa. Acho que ele era um dos adolescentes que vi por lá quando estive por ali a última vez. Fiquei sabendo que infelizmente seu pai falecera logo após minha estada por lá anos atrás...
Me despedi do Cristiano e segui em direção à antiga casa próxima ao galpão onde funcionava a antiga fabriqueta tintureira; local onde o pai do Cristiano trabalhava na década de 90.
Na casinha atualmente reside a mãe do Cristiano. Oferecem alguma assistência aos visitantes, como alimentação e bebidas. Toquei reto e cheguei à Cachoeira da Tinta Roxa por volta de 10h30.
Em torno de 9h50 interceptei a estrada principal que vem dos lados do Condomínio Tangará e que leva para Conceição do Rio Acima, lá pelas bandas de Santa Bárbara.
Caminhei por poucos metros na empoeirada estrada, topei com alguns veículos, achei uma moedinha de R$0,25, atendi uma ligação do meu amigo aventureiro Jaques (sim, há sinal de celular na região).
Logo à frente entrei à esquerda onde há uma casinha-bar, com área gramada nos arredores. Lixo e sinais de acampamento por todos os lados... Estando fechada a casinha, que sei que em fins de semana ficam pessoas cobrando acesso às pequenas corredeiras do ribeirão à esquerda, toquei pela estradinha secundária indo em direção à Cachoeira Tinta Roxa.
Cheguei então à residência do Cristiano e batemos um dedo de prosa. Acho que ele era um dos adolescentes que vi por lá quando estive por ali a última vez. Fiquei sabendo que infelizmente seu pai falecera logo após minha estada por lá anos atrás...
Me despedi do Cristiano e segui em direção à antiga casa próxima ao galpão onde funcionava a antiga fabriqueta tintureira; local onde o pai do Cristiano trabalhava na década de 90.
Na casinha atualmente reside a mãe do Cristiano. Oferecem alguma assistência aos visitantes, como alimentação e bebidas. Toquei reto e cheguei à Cachoeira da Tinta Roxa por volta de 10h30.
A singela Tinta Roxa |
A Cachoeira da Tinta Roxa fica nos fundos da residência, pouco abaixo das ruínas da antiga manufatura. O nome dessa cachoeira deve-se ao pigmento arroxeado encontrado com abundância no solo da região e que servia de base à antiga fabriqueta tintureira.
Chegado na cachoeira estavam por lá algumas pessoas, acampadas a poucos metros do pocinho principal e em meio à rala mata ciliar.
Chegado na cachoeira estavam por lá algumas pessoas, acampadas a poucos metros do pocinho principal e em meio à rala mata ciliar.
A cachoeira é singela, mas bonita pelo modo encachoeirado, que permite subida pelas pedras laterais. Foi o que fiz e segui pelo leito até próximo à estrada principal, na parte alta da Tinta Roxa.
Há pequenas quedas no local, onde fiquei um tempinho relembrando do passado. De lá, tem-se belo e amplo visual, inclusive do que restou do Pico do Itabirito.
Ao retornar ribeirão abaixo, o pocinho da Tinta Roxa já estava cheio de visitantes... Quanta diferença desde a minha visita anterior. Agora o lugar está degradado, com clareiras para acampamento na mata ciliar. E muito, muito lixo por todos os lados! Fiquei por lá apenas o suficiente para matar saudades...
Há pequenas quedas no local, onde fiquei um tempinho relembrando do passado. De lá, tem-se belo e amplo visual, inclusive do que restou do Pico do Itabirito.
Ao retornar ribeirão abaixo, o pocinho da Tinta Roxa já estava cheio de visitantes... Quanta diferença desde a minha visita anterior. Agora o lugar está degradado, com clareiras para acampamento na mata ciliar. E muito, muito lixo por todos os lados! Fiquei por lá apenas o suficiente para matar saudades...
Pico do Itabirito visto desde a parte superior da Tinta Roxa |
Por volta de 11h15 e a passos rápidos deixei a Tinta Roxa retornando em direção ao Complexo do Viana pelo mesmo caminho da ida.
Ao passar próximo à casinha-bar na entrada do acesso à Tinta Roxa, o lugar estava tomado por vários visitantes. Inclusive estacionavam seus veículos a poucos metros do leito do ribeirão!!!
Nem cogitei passar por lá. Rapidamente percorri o trecho da estrada principal e adentrei na secundária em meio à capoeira. Em torno de 12h15 cheguei novamente à Cachoeira do Viana.
Ao passar próximo à casinha-bar na entrada do acesso à Tinta Roxa, o lugar estava tomado por vários visitantes. Inclusive estacionavam seus veículos a poucos metros do leito do ribeirão!!!
Nem cogitei passar por lá. Rapidamente percorri o trecho da estrada principal e adentrei na secundária em meio à capoeira. Em torno de 12h15 cheguei novamente à Cachoeira do Viana.
Visual desde o topo da segunda queda da Viana |
Como pretendia curtir o lugar, ignorei a queda menor acima da ponte. Desci pela trilha em meio à capoeira pela margem esquerda do ribeirão.
O objetivo era atingir o poço da segunda queda da Cachoeira do Viana. Passei antes pelo seu topo (onde há grampos para rapel) e logo depois cheguei ao poço.
Esse poço é raso, mas permite um visual impressionante e muito belo das duplas quedas d'água da Viana. Um casal estava por lá e trocamos umas palavrinhas.
Logo depois desci pela trilha lateral e cheguei a uma outra queda secundária. A queda é pequena mas aconchegante. Como estava deserta permaneci por ali bom tempo aproveitando a água. Estava deliciosa...
O objetivo era atingir o poço da segunda queda da Cachoeira do Viana. Passei antes pelo seu topo (onde há grampos para rapel) e logo depois cheguei ao poço.
Esse poço é raso, mas permite um visual impressionante e muito belo das duplas quedas d'água da Viana. Um casal estava por lá e trocamos umas palavrinhas.
Logo depois desci pela trilha lateral e cheguei a uma outra queda secundária. A queda é pequena mas aconchegante. Como estava deserta permaneci por ali bom tempo aproveitando a água. Estava deliciosa...
Um dos vários poços e quedas do complexo |
Passava das 14h00 quando comecei a descer em direção à Cachoeira do Índio. Passei por outra pequena queda secundária com um bom poço e cheguei ao topo da queda do Índio. Visual estonteante.
Pouco depois percorri os poucos metros pela trilha íngreme que desce pela esquerda da queda e cheguei ao seu poço principal.
Várias pessoas desfrutavam da belezura da grandiosa cachoeira. Os arredores do poço estavam razoavelmente limpos; inclusive há placas chamando atenção para isto.
Parei um tempo apenas para contemplação: A Cachoeira do Índio é linda e respeitável. Talvez seja a maior e mais bonita cachoeira de todo o entorno próximo de Belo Horizonte.
Pouco depois deixei o lugar caminhando pela trilha que alterna passagens pela lateral direita do ribeirão bem como pelo seu leito.
Pela mata ciliar perdi a conta de quantas clareiras para acampamento abriram por lá. Contei ao menos umas quatro barracas de campistas. E muito lixo, inclusive com muitas garrafas de vidro.
Continuando pela trilha tomei uma saída pouco marcada à direita que segue entre uma antiga plantação de eucaliptos. Logo à frente interceptei a trilha principal de acesso que vem da estradinha do Viana.
Várias pessoas desfrutavam da belezura da grandiosa cachoeira. Os arredores do poço estavam razoavelmente limpos; inclusive há placas chamando atenção para isto.
Parei um tempo apenas para contemplação: A Cachoeira do Índio é linda e respeitável. Talvez seja a maior e mais bonita cachoeira de todo o entorno próximo de Belo Horizonte.
Queda da Cachoeira do ìndio |
Pela mata ciliar perdi a conta de quantas clareiras para acampamento abriram por lá. Contei ao menos umas quatro barracas de campistas. E muito lixo, inclusive com muitas garrafas de vidro.
Continuando pela trilha tomei uma saída pouco marcada à direita que segue entre uma antiga plantação de eucaliptos. Logo à frente interceptei a trilha principal de acesso que vem da estradinha do Viana.
Já na trilha principal e bem marcada percorri um trecho mais íngreme sob um sol de rachar. Logo cheguei às ruínas de uma antiga usina de energia elétrica.
Os desgastados canos de ferro que conduziam a água serra abaixo denunciam a instalação, bem como os restos de peças e maquinaria da pequena usina.
Topei com algumas vacas e uma delas carregava no pescoço um enorme cincerro, coisa difícil de se ver hoje em dia. Adiante cruzei um ponto de água e parei para um descanso.
Daí foram poucos metros até interceptar a estradinha do Viana. Tomei à esquerda retornando pelo mesmo trecho da caminhada da ida.
Por volta de 16h30 botei os pés novamente no centro da pequena Rio Acima. Ao verificar o horário do coletivo ainda tive tempo para um rápido descanso, desfrute de um sorvete e umas fotos.
Os desgastados canos de ferro que conduziam a água serra abaixo denunciam a instalação, bem como os restos de peças e maquinaria da pequena usina.
Poço da Cachoeira do Índio |
Daí foram poucos metros até interceptar a estradinha do Viana. Tomei à esquerda retornando pelo mesmo trecho da caminhada da ida.
Por volta de 16h30 botei os pés novamente no centro da pequena Rio Acima. Ao verificar o horário do coletivo ainda tive tempo para um rápido descanso, desfrute de um sorvete e umas fotos.
Peça de antiga usina desativada |
E mais uma vez ficou provado o quão resistente é a mãe natureza! Apesar de todo o mau trato que os visitantes sujões e mal educados dão ao lugar atualmente, o Complexo do Viana e Índio está lá, maravilhoso, praticamente como o conheci quase 20 anos atrás!
Por isso faço imensa torcida para que esta área seja realmente inserida dentro do futuro Parque Nacional da Serra do Gandarela. E que o Parque não fique apenas no papel. Quem sabe assim bota-se ordem naquelas bandas...
Serviço
A cidade de Rio Acima está distante cerca de 35 km a sudeste de Belo Horizonte e faz parte da Região Metropolitana da Capital. Contando com população próxima de 10 mil habitantes, o território do município está inserido nos domínios da região conhecida como Gandarela.
O Gandarela é uma região de elevado valor histórico-natural, fato que levou a criação do Parque Nacional da Serra do Gandarela em outubro de 2014.
Também pela área do município se desenvolve parte do Caminho do Sabarabuçu, que é uma variante da Estrada Real. Recortada pelo Rio das Velhas, é uma cidade pacata e que ainda conserva hábitos interioranos.
O Gandarela é uma região de elevado valor histórico-natural, fato que levou a criação do Parque Nacional da Serra do Gandarela em outubro de 2014.
Também pela área do município se desenvolve parte do Caminho do Sabarabuçu, que é uma variante da Estrada Real. Recortada pelo Rio das Velhas, é uma cidade pacata e que ainda conserva hábitos interioranos.
Rota no GE |
Dentre os principais pontos turísticos naturais do município, destaca-se o Complexo do Viana e Índio, localizado a aproximadamente 6 km do centro da cidade.
Trata-se de uma série de quedas d'água no Córrego do Viana, algumas delas com aproximadamente 70 metros de queda livre.
No complexo, além de quedas intermediárias, há duas quedas de nomes diferentes e bastante próximas: a Cachoeira do Viana e a Cachoeira do Índio.
A primeira é formada por duas quedas entrecortadas por uma estradinha vicinal. Já a segunda trata-se de uma grande queda, em cujas proximidades há uma pequena toca, que segundo a lenda, moravam-se índios.
Ambas as quedas estão a apenas alguns metros uma da outra, sendo atingidas por trilhas íngremes localizadas na margem esquerda do ribeirão.
Trata-se de uma série de quedas d'água no Córrego do Viana, algumas delas com aproximadamente 70 metros de queda livre.
No complexo, além de quedas intermediárias, há duas quedas de nomes diferentes e bastante próximas: a Cachoeira do Viana e a Cachoeira do Índio.
A primeira é formada por duas quedas entrecortadas por uma estradinha vicinal. Já a segunda trata-se de uma grande queda, em cujas proximidades há uma pequena toca, que segundo a lenda, moravam-se índios.
Ambas as quedas estão a apenas alguns metros uma da outra, sendo atingidas por trilhas íngremes localizadas na margem esquerda do ribeirão.
Já a Cachoeira da Tinta Roxa dista cerca de 4 km a leste do Complexo do Viana e a 10 km do centro de Rio Acima. Localizada no mesmo Córrego do Viana, é uma queda modesta, porém bonita devido ao seu formado encachoeirado.
Seu nome deriva da pigmentação arroxeada de trechos do solo local, usado até alguns anos atrás em serviços de tinturaria. Em suas proximidades há ainda ruínas do antigo galpão da fabriqueta tintureira.
Há moradores nas proximidades desta cachoeira, que na medida do possível cuidam do local e oferecem algum serviço aos visitantes, como bebidas e alimentação.
Seu nome deriva da pigmentação arroxeada de trechos do solo local, usado até alguns anos atrás em serviços de tinturaria. Em suas proximidades há ainda ruínas do antigo galpão da fabriqueta tintureira.
Há moradores nas proximidades desta cachoeira, que na medida do possível cuidam do local e oferecem algum serviço aos visitantes, como bebidas e alimentação.
Sem dúvidas o Complexo do Viana apresenta as maiores e mais belas quedas d'água de toda a região de Belo Horizonte. Recentemente o trajeto até estas cachoeiras foi sinalizado como parte da sinalização de trilhas de bike em Rio Acima, o que facilita o acesso por parte dos visitantes.
E pelo que foi divulgado recentemente, esses atrativos estarão dentro da eventual área do recém criado Parque Nacional da Serra do Gandarela.
E pelo que foi divulgado recentemente, esses atrativos estarão dentro da eventual área do recém criado Parque Nacional da Serra do Gandarela.
Para saber mais sobre a cidade de Rio Acima visite o site da Prefeitura local.
Como chegar e voltar - de ônibus
Cidade referência: Belo Horizonte
Coletivo da linha 3838 → Desembarcar no centro de Rio Acima Seguir à pé até o Complexo
Como chegar e voltar - de carro
Cidade referência: Belo HorizonteBR 356 até Trevo Nova Lima → MG 030 até Rio Acima → Estrada de terra sentido Condomínio Rural do Tangará → Nas proximidades da portaria do condomínio deixar o veículo estacionado → Seguir à pé por cerca de 1 km através de trilha.
► Se quiser prosseguir até a Tinta Roxa, basta prosseguir na estrada após o Codomínio Tangará tomando sentido para Conceição do Rio Acima. A cachoeira fica na margem esquerda da estrada, aproximadamente 2 km após a portaria.
► Muito embora possa-se chegar até a cachoeira do Viana de carro, isto não seria recomendável, uma vez que o trecho final da estradinha vicinal entre as proximidades da portaria do Condomínio e a Cachoeira encontra-se em péssimo estado de conservação.
Considerações Finais
► As cachoeiras do Viana e do Índio são muito visitadas, principalmente em finais de semana e feriadões. Por isso, recomendo visitá-las durante a semana, quando o número de aventureiros é menor.
► Até o presente, esses atrativos estão em áreas particulares ou cedidas pelo Estado; ou ainda, em terras sob júdice. Portanto, em especial na Tinta Roxa, podem ocorrer eventuais cobrança pelo acesso e acampamento.
► Existem inúmeras áreas para acampamento nas proximidades do Complexo do Viana, quase todas em formato de clareiras abertas por campistas. Mas é uma área sem administração, por isso totalmente desordenada.
Já nas proximidades da Tinta Roxa também é possível acampar, pagando diária para os moradores locais. Mas não há nenhuma infra estrutura acessória, como banheiros. Algumas áreas utilizadas para acampamento são totalmente impróprias.
Por tudo isso, não recomendo acampamento nem no Complexo do Viana, nem na Tinta Roxa.
Já nas proximidades da Tinta Roxa também é possível acampar, pagando diária para os moradores locais. Mas não há nenhuma infra estrutura acessória, como banheiros. Algumas áreas utilizadas para acampamento são totalmente impróprias.
Por tudo isso, não recomendo acampamento nem no Complexo do Viana, nem na Tinta Roxa.
► O acesso a estas cachoeiras é bastante fácil. Recomendo aos aventureiros o uso de transporte público. É sempre uma preocupação a menos quando não se tem que deixar veículos estacionados em locais ermos.
► Recomendo que primeiro vá visitar a Cachoeira do Viana. E desta descer para o Índio. Isto evita ter que subir a trilha íngreme. Já a volta, basta pegar o atalho direto do Índio para a estradinha do Viana, passando pela antiga usina de energia elétrica.
► E vale a regra da vigília constante em cachoeiras. A região do Complexo do Viana possui precipícios com algumas dezenas de metros de altura. Todo cuidado é pouco.
► Um fato que sempre me deixa triste é encontrar lixo em atrativos naturais. E o complexo do Viana (e da Tinta Roxa) está repleto de lixo. Sinceramente não sei o que passa na cabeça do sujeito que suja uma área tão bela quanto este complexo. Então, se você é um aventureiro e tem o hábito de deixar lixo nas trilhas, toma vergonha na cara rapaz, traga de volta a sua sujeira!
► Por fim, vale a pena visitar estas cachoeiras? Apesar da maciça visitação e da sujeira deixada pelos visitantes mal educados, sem dúvidas vale a pena visitar o Complexo do Viana, afinal não há outras quedas tão grandes e belas como estas em toda Grande BH!
► Confira algumas Dcas Básicas de Segurança para a prática de Atividades Outdoor
►Pratique a atividade aplicando os Princípios de Mínimo Impacto
Bons ventos!
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