Trecho pela Trilha dos Escravos |
A Serra ou Morro do Elefante está localizada no município de Mateus Leme, cidade da região metropolitana de BH, distante cerca de 60 km da Capital.
Com aproximadamente 1.300m de altitude (IBGE) e bastante utilizada para a prática do vôo livre; trata-se de uma serra ou um morro, como os lemenses a chamam que de determinada perspectiva assume a posição de um elefante deitado.
Esse formato desperta a curiosidade de quem percorre a rodovia MG 050, que liga o centro do Estado à região Sudoeste de Minas Gerais. Ao passar pela cidade de Mateus Leme está lá, no sentido norte, a bela serra!
Programei um pulinho até a Serra e até convidei alguns amigos. Mas ao final das contas acabei indo sozinho mesmo. E foi uma caminhada perfeita, rodeado quase sempre por um jardim natural, com um visual incrível de várias cidades, serras e vales que formam a região metropolitana de Belo Horizonte.
Com aproximadamente 1.300m de altitude (IBGE) e bastante utilizada para a prática do vôo livre; trata-se de uma serra ou um morro, como os lemenses a chamam que de determinada perspectiva assume a posição de um elefante deitado.
Esse formato desperta a curiosidade de quem percorre a rodovia MG 050, que liga o centro do Estado à região Sudoeste de Minas Gerais. Ao passar pela cidade de Mateus Leme está lá, no sentido norte, a bela serra!
Programei um pulinho até a Serra e até convidei alguns amigos. Mas ao final das contas acabei indo sozinho mesmo. E foi uma caminhada perfeita, rodeado quase sempre por um jardim natural, com um visual incrível de várias cidades, serras e vales que formam a região metropolitana de Belo Horizonte.
Relato
Matriz de Santo Antonio de Mateus Leme |
Como seria um bate e volta solo, saí de casa mais tarde, por volta de 7h00 da manhã do dia 1 de maio. O tempo estava maravilhoso, céu azul e ensolarado.
Tomei o coletivo na Pampulha com destino à Estação Eldorado do metrô. Por lá embarquei no ônibus da linha 3957 com destino a Mateus Leme.
O coletivo estava lotado e depois de aguentar a falação exagerada de um grupo de adolescentes por mais de 1h00, desembarquei na Praça Central de Mateus Leme às 9h30 da manhã. É um praça bem cuidada, emoldurada pela bela Matriz de Santo Antonio, uma obra de Aleijadinho.
Tomei o coletivo na Pampulha com destino à Estação Eldorado do metrô. Por lá embarquei no ônibus da linha 3957 com destino a Mateus Leme.
O coletivo estava lotado e depois de aguentar a falação exagerada de um grupo de adolescentes por mais de 1h00, desembarquei na Praça Central de Mateus Leme às 9h30 da manhã. É um praça bem cuidada, emoldurada pela bela Matriz de Santo Antonio, uma obra de Aleijadinho.
Matriz de Santo Antonio |
Após alguns cliques cruzei a praça e fui do outro lado tomar um sorvete. Fiquei por lá mais ou menos meia hora. Pontualmente às 10h00 cruzei novamente a Praça da Matriz de Santo Antonio rumo à Serra do Elefante.
Curioso que na Carta Topográfica da região (Esmeraldas) o nome Elefante não existe, o que comprova que é um batismo popular. Na Carta, a serra é identificada como Serra de Santo Antonio.
Curioso que na Carta Topográfica da região (Esmeraldas) o nome Elefante não existe, o que comprova que é um batismo popular. Na Carta, a serra é identificada como Serra de Santo Antonio.
Estação Ferroviária |
Deixando Mateus Leme: Serra do Elefante ao fundo |
Iniciei a caminhada pelos fundos da praça, tendendo para a esquerda. Cruzei a linha férrea onde ainda está de pé a antiga e pequena Estação Ferroviária de Mateus Leme, de onde é possível ver a Serra.
Logo abaixo cruzei uma ponte e pronto, acabou o asfalto. A caminhada continua por uma rua de terra. Prossegue defronte a alguns exemplares de casas antigas e um pesque pague à esquerda; para alguns metros adiante chegar a uma bifurcação.
Tomei a estrada de chão totalmente à direita, pois as outras duas adentram em propriedades particulares. A estradinha da direita leva até o topo da Serra do Elefante.
Porém, poucos metros adiante entrei em uma trilha à esquerda. Essa trilha vai margeando a estrada e é utilizada para a prática de downhill; inclusive anualmente por lá acontecem competições da modalidade.
Logo abaixo cruzei uma ponte e pronto, acabou o asfalto. A caminhada continua por uma rua de terra. Prossegue defronte a alguns exemplares de casas antigas e um pesque pague à esquerda; para alguns metros adiante chegar a uma bifurcação.
Tomei a estrada de chão totalmente à direita, pois as outras duas adentram em propriedades particulares. A estradinha da direita leva até o topo da Serra do Elefante.
Porém, poucos metros adiante entrei em uma trilha à esquerda. Essa trilha vai margeando a estrada e é utilizada para a prática de downhill; inclusive anualmente por lá acontecem competições da modalidade.
Trilha agradável |
Mateus Leme lá embaixo... |
A trilha é agradável e sombreada, o que favoreceu a subida, pois o sol era forte. Não apresenta dificuldades, é bem marcada e alterna trechos quase planos e outros um pouco mais íngremes; além dos obstáculos de competição de downhill.
Depois de quase uma hora de caminhada interceptei novamente a estradinha, que no trecho possui calçamento. Aos poucos a cidade de Mateus Leme ia ficando lá embaixo e o visual se descortinando.
Naquele momento, dois corajosos inciavam um vôo livre desde o topo da Serra... Tentei fotografar, mas minha câmera sem vergonha falhou eheheh...
Segui por poucos metros na estrada e fui observando sempre à direita na tentativa de identificar a Trilha dos Escravos, que era o meu objetivo.
Fui subindo mas não vi sinal algum, até que deixei a estradinha por uma trilha à direita. Para minha surpresa era só um atalho para retornar à estrada logo acima.
Depois de quase uma hora de caminhada interceptei novamente a estradinha, que no trecho possui calçamento. Aos poucos a cidade de Mateus Leme ia ficando lá embaixo e o visual se descortinando.
Naquele momento, dois corajosos inciavam um vôo livre desde o topo da Serra... Tentei fotografar, mas minha câmera sem vergonha falhou eheheh...
Segui por poucos metros na estrada e fui observando sempre à direita na tentativa de identificar a Trilha dos Escravos, que era o meu objetivo.
Fui subindo mas não vi sinal algum, até que deixei a estradinha por uma trilha à direita. Para minha surpresa era só um atalho para retornar à estrada logo acima.
Ao observar a encosta da serra à direita observei a Trilha dos Escravos cerca de 50 metros abaixo.
Retornei pelo atalho e fui tentando identificar uma saída da estrada, até que a encontrei bem na altura onde os fios da rede elétrica cruzam a estradinha. A saída é pouco marcada e escondida entre arbustos. Caminhei uns dez metros e interceptei a Trilha dos Escravos.
Essa trilha era utilizada pelos escravos na época áurea da mineração, tendo no trajeto alguns túneis (ou buracos) onde cavavam a procura de ouro. Vale dizer que, graças a luta de moradores locais a serra não foi tomada pela mineração.
Ademais, a trilha não permite erros, uma vez que trata-se de um corte em nível pela encosta da Serra do Elefante. Portanto é plana e se direciona no sentido nordeste da Serra.
Em grande parte do trajeto, caminha-se ao lado de uma cerca de arame, acima um barranco e um precipício do outro lado, abaixo.
Nesse trecho é possível ver na direção Sul/Sudeste a cidade de Mateus Leme e Juatuba; além da Serra de Igarapé, com destaque para a Pedra Grande de Igarapé.
Retornei pelo atalho e fui tentando identificar uma saída da estrada, até que a encontrei bem na altura onde os fios da rede elétrica cruzam a estradinha. A saída é pouco marcada e escondida entre arbustos. Caminhei uns dez metros e interceptei a Trilha dos Escravos.
Essa trilha era utilizada pelos escravos na época áurea da mineração, tendo no trajeto alguns túneis (ou buracos) onde cavavam a procura de ouro. Vale dizer que, graças a luta de moradores locais a serra não foi tomada pela mineração.
Ademais, a trilha não permite erros, uma vez que trata-se de um corte em nível pela encosta da Serra do Elefante. Portanto é plana e se direciona no sentido nordeste da Serra.
Em grande parte do trajeto, caminha-se ao lado de uma cerca de arame, acima um barranco e um precipício do outro lado, abaixo.
Nesse trecho é possível ver na direção Sul/Sudeste a cidade de Mateus Leme e Juatuba; além da Serra de Igarapé, com destaque para a Pedra Grande de Igarapé.
A Trilha dos Escravos é aquele corte na serra |
Boca do túnel, que mais se parece a um buraco |
Iniciei a caminhada pela trilha e logo adiante encontrei um ponto mais úmido, que tem um merejo de água. Fiz uma parada breve.
O trecho seguinte requereu um pouco de atenção, pois havia algumas pedras lisas pela trilha. Qualquer vacilo poderia resultar em uma queda ladeira abaixo. Além disso, o mato tomava conta da trilha, o que sinaliza que pouca gente passa por lá!
Logo adiante encontrei o primeiro 'túnel' de mineração, à minha esquerda, no barranco entre rochas e árvores. Pausa apenas para uma olha básica.
Prossegui na caminhada e a trilha melhorou um pouco, pois a pirambeira diminuiu encosta abaixo. Muitas, muitas flores transformavam a caminhada como se fosse entre um jardim.
O trecho seguinte requereu um pouco de atenção, pois havia algumas pedras lisas pela trilha. Qualquer vacilo poderia resultar em uma queda ladeira abaixo. Além disso, o mato tomava conta da trilha, o que sinaliza que pouca gente passa por lá!
Logo adiante encontrei o primeiro 'túnel' de mineração, à minha esquerda, no barranco entre rochas e árvores. Pausa apenas para uma olha básica.
Prossegui na caminhada e a trilha melhorou um pouco, pois a pirambeira diminuiu encosta abaixo. Muitas, muitas flores transformavam a caminhada como se fosse entre um jardim.
Pedra Grande de Igarapé |
Pico dos Três Irmãos ao centro |
Novamente outro 'túnel', em que parei mais um pouco para examinar. Na verdade, tanto esse, como o anterior não passam de buracos cavados nos barrancos. Ouro não há por lá, apenas morcegos!
Nesse ponto, na direção leste era possível observar trechos da cidade de Betim em primeiro plano; mais ao fundo via-se o Pico Três Irmãos em Brumadinho, além da Serra do Rola Moça para os lados de Belo Horizonte.
Nesse ponto, na direção leste era possível observar trechos da cidade de Betim em primeiro plano; mais ao fundo via-se o Pico Três Irmãos em Brumadinho, além da Serra do Rola Moça para os lados de Belo Horizonte.
Trecho mais fechado da trilha |
Voltei a caminhar e o mato "abraçava" a trilha, sinal de que após os túneis, menos gente passa por lá. Mas observei pelo sentido do capim que, algumas pessoas haviam passado por ali recentemente.
A certa altura, aquela cerca de arame que vinha acompanhando a trilha segue para o vale. Porém a trilha segue o seu corte pela serra, sempre de modo plano!
A essa altura eu já havia percorrido grande parte da trilha e o contorno da serra já era sentido.
Passei então por algumas rochas que formam um pequeno paredão. Depois cruzei um buraco (ravina) na trilha e adiante o mato fechou-se ainda mais. O contorno estava chegando ao fim!
Era possível ver na direção norte o morro secundário que prossegue a continuação da Serra do Elefante, em direção à BR 262.
A certa altura, aquela cerca de arame que vinha acompanhando a trilha segue para o vale. Porém a trilha segue o seu corte pela serra, sempre de modo plano!
A essa altura eu já havia percorrido grande parte da trilha e o contorno da serra já era sentido.
Passei então por algumas rochas que formam um pequeno paredão. Depois cruzei um buraco (ravina) na trilha e adiante o mato fechou-se ainda mais. O contorno estava chegando ao fim!
Era possível ver na direção norte o morro secundário que prossegue a continuação da Serra do Elefante, em direção à BR 262.
Caminhei por um curto trecho e cheguei a uma cerca de arame farpado, no meio da matinha rala. Ao cruzá-la, interceptei uma trilha bem marcada que descia do topo da serra para o vale ao norte.
Ouvi barulho de água e vozes que vinham desde o fundo do vale, que é coberto por uma mata mais densa.
Desci então aquela trilha bem marcada, caminhei por poucos metros e pronto: era por volta de meio dia e então havia chegado à Cachoeirinha, que fica no Córrego Boa Vista.
Mas levei um susto: havia umas 15 pessoas por lá! Conversei rapidamente com alguns deles e me disseram ser de Belo Horizonte. Disseram ter chegado ali vindo pela Trilha dos Escravos. Fazia sentido, pois a vegetação estava marcada em alguns pontos.
Deixei o pessoal por ali e fui adiante, à esquerda margeando um pequeno córrego pela mata. Parei para descansar e fazer um lanche rápido. Enquanto isso escutei o pessoal deixando o local. Permaneci mais um pouco descansando. Depois subi um pouco entre a matinha para explorar o local.
Ouvi barulho de água e vozes que vinham desde o fundo do vale, que é coberto por uma mata mais densa.
Desci então aquela trilha bem marcada, caminhei por poucos metros e pronto: era por volta de meio dia e então havia chegado à Cachoeirinha, que fica no Córrego Boa Vista.
Mas levei um susto: havia umas 15 pessoas por lá! Conversei rapidamente com alguns deles e me disseram ser de Belo Horizonte. Disseram ter chegado ali vindo pela Trilha dos Escravos. Fazia sentido, pois a vegetação estava marcada em alguns pontos.
Deixei o pessoal por ali e fui adiante, à esquerda margeando um pequeno córrego pela mata. Parei para descansar e fazer um lanche rápido. Enquanto isso escutei o pessoal deixando o local. Permaneci mais um pouco descansando. Depois subi um pouco entre a matinha para explorar o local.
Cachoeirinha |
restos de acampamento |
A água da cachoeira desce por entre rochas em um apertado sulco de uns 4 metros de profundidade; não permitindo acesso fácil.
Voltei e fui em direção à cachoeira. Para minha surpresa havia no local um rapaz se banhando, que levou um tremendo susto com a minha presença.
Conversamos e me disse ser morador da cidade. Falou também sobre a região; que na sequência do curso d'água há uma lagoa e outra queda maior. Porém o acesso não é permitido, pois é propriedade particular.
A cachoeira visitada é pequena, mas sua única queda permite ficar de pé e banhar-se. O poço também é pequeno em dimensão, porém de uns 2,5 a 3 metros de profundidade, o que permite umas braçadas.
Porém a área é toda sombreada. À esquerda da queda há uma área plana, ideal para acampamento em tempos de seca e sem chuvas.
Voltei e fui em direção à cachoeira. Para minha surpresa havia no local um rapaz se banhando, que levou um tremendo susto com a minha presença.
Conversamos e me disse ser morador da cidade. Falou também sobre a região; que na sequência do curso d'água há uma lagoa e outra queda maior. Porém o acesso não é permitido, pois é propriedade particular.
A cachoeira visitada é pequena, mas sua única queda permite ficar de pé e banhar-se. O poço também é pequeno em dimensão, porém de uns 2,5 a 3 metros de profundidade, o que permite umas braçadas.
Porém a área é toda sombreada. À esquerda da queda há uma área plana, ideal para acampamento em tempos de seca e sem chuvas.
Vista Sul: Mateus Leme e Serra de Igarapé ao fundo |
Capelinha de Nossa Senhora Aparecida no topo |
Permaneci por ali algum tempo mais. Por volta das 13h00 deixei o local, juntamente com o rapaz. Fomos subindo pela trilha bem marcada.
Passamos pela bifurcação da chegada; e dessa vez tomamos a trilha da direita, no sentido sul e morro acima. Percorremos uma matinha; e ao deixá-la já foi possível ver as antenas de comunicação no topo da Serra do Elefante. Do outro lado, no morro vizinho observamos o Radar Meterológico da CEMIG.
Fomos subindo sem pressa e cerca de 20 minutos depois cruzamos um quebra corpo e chegamos ao topo da Serra do Elefante; junto à Capelinha..
Despedi do rapaz que desceu para a cidade e me assentei nas escadas da capelinha azul dedicada à Nossa Senhora Aparecida.
O topo do Morro não é plano, mas é bastante grande. Permite visual espetacular para o Sul, onde ficam as cidades de Mateus Leme e Juatuba, além da Serra de Igarapé e Pedra Grande de Igarapé como moldura. Mais a sudoeste, é possível ver o distrito de Azurita; e mais ao longe a cidade de Itaúna.
Enquanto descansava, conversei bastante com um ciclista que apareceu por lá, que me deu algumas dicas de atrativos pela região.
Passamos pela bifurcação da chegada; e dessa vez tomamos a trilha da direita, no sentido sul e morro acima. Percorremos uma matinha; e ao deixá-la já foi possível ver as antenas de comunicação no topo da Serra do Elefante. Do outro lado, no morro vizinho observamos o Radar Meterológico da CEMIG.
Fomos subindo sem pressa e cerca de 20 minutos depois cruzamos um quebra corpo e chegamos ao topo da Serra do Elefante; junto à Capelinha..
Despedi do rapaz que desceu para a cidade e me assentei nas escadas da capelinha azul dedicada à Nossa Senhora Aparecida.
O topo do Morro não é plano, mas é bastante grande. Permite visual espetacular para o Sul, onde ficam as cidades de Mateus Leme e Juatuba, além da Serra de Igarapé e Pedra Grande de Igarapé como moldura. Mais a sudoeste, é possível ver o distrito de Azurita; e mais ao longe a cidade de Itaúna.
Enquanto descansava, conversei bastante com um ciclista que apareceu por lá, que me deu algumas dicas de atrativos pela região.
Noroeste: radar meteorológico |
O tempo passou rápido e quando olhei no relógio já era 15h00. O ciclista deixou o local e eu fui explorar o outro lado do topo da serra.
Fui em direção às antenas de comunicação ali no topo. São necessárias, mas enfeiam a paisagem. Coisas da modernidade.
Foi possível então ver novamente o radar meteorológico operado pela CEMIG no morro ao lado, no sentido Noroeste e da BR 262.
Dizem ser o radar mais moderno do Brasil, capaz de prever chuvas e tempestades a 400 km de distância com precisão milimétrica e com antecedência razoável!
Observei também a estradinha que dá acesso ao radar, que é a mesma que leva à Serra do Elefante, partindo de um 'trevo' um pouco abaixo do topo.
Fui em direção às antenas de comunicação ali no topo. São necessárias, mas enfeiam a paisagem. Coisas da modernidade.
Foi possível então ver novamente o radar meteorológico operado pela CEMIG no morro ao lado, no sentido Noroeste e da BR 262.
Dizem ser o radar mais moderno do Brasil, capaz de prever chuvas e tempestades a 400 km de distância com precisão milimétrica e com antecedência razoável!
Observei também a estradinha que dá acesso ao radar, que é a mesma que leva à Serra do Elefante, partindo de um 'trevo' um pouco abaixo do topo.
Sem mais delongas, por volta de 15h30 deixei o topo de volta à cidade. Cruzei o pasto e cortando caminho em direção à estrada.
Fui perdendo altitude rapidamente, parando apenas para alguns clicks. Passei pelo trecho onde iniciei a trilha dos escravos e continuei descendo. Muitos carros subiam e desciam a serra. Outros de bicicleta. A pé não vi ninguém!!
Tomei novamente a trilha de downhill que subi na ida e ao passar por um cano de água próximo à trilha, observei que o mesmo estava cortado.
Aproveitei para abastecer minha garrafinha na pouca água que jorrava. Emendei o cano e continuei a descer. Não demorou e encontrei dois senhores que subiam a trilha. Me perguntaram sobre o cano. Contei do ocorrido e recomendei que fossem consertá-lo de modo mais adequado.
Eles disseram que é comum pessoas passarem pela trilha e cortar o cano de água para se reabastecerem. Lamentável! Despedi dos Senhores e continuei descendo. Rapidamente cheguei na estrada, ao final da trilha de downhill.
Fui perdendo altitude rapidamente, parando apenas para alguns clicks. Passei pelo trecho onde iniciei a trilha dos escravos e continuei descendo. Muitos carros subiam e desciam a serra. Outros de bicicleta. A pé não vi ninguém!!
Tomei novamente a trilha de downhill que subi na ida e ao passar por um cano de água próximo à trilha, observei que o mesmo estava cortado.
Aproveitei para abastecer minha garrafinha na pouca água que jorrava. Emendei o cano e continuei a descer. Não demorou e encontrei dois senhores que subiam a trilha. Me perguntaram sobre o cano. Contei do ocorrido e recomendei que fossem consertá-lo de modo mais adequado.
Eles disseram que é comum pessoas passarem pela trilha e cortar o cano de água para se reabastecerem. Lamentável! Despedi dos Senhores e continuei descendo. Rapidamente cheguei na estrada, ao final da trilha de downhill.
Igualmente não demorei para chegar ao centro de Mateus Leme, pois é muito próximo. Desde a Capelinha foram apenas 35 minutos de descida.
Aproveitei para visitar a Matriz de Santo Antonio. Apenas a Capela lateral estava aberta, de onde foi possível ver parte do Altar Mor e teto. Muito bonita. Depois fui tomar outro sorvete.
Após, corri para o ponto de ônibus na esquina atrás da Igreja. Ali embarquei direto para o centro de BH; depois outro para a Pampulha, onde cheguei por volta de 18h30.
Foi uma pernadinha simples totalizando apenas 12 km. Mas revelou-se outra vez muito bonita; ideal para diversão sem pretensões... Aliás, a serra se apresentava um verdadeiro jardim!
Serviço
Localizada a 60 km de Belo Horizonte, a Serra do Elefante emoldura a cidade de Mateus Leme, que fica aos seus pés.
Com aproximadamente 1.300m de altitude, a serra na verdade chama-se Serra ou Morro de Santo Antonio. Mas por se assemelhar a um elefante deitado ao ser vista pelo seu lado Sul ganhou o apelido de Serra do Elefante.
De fácil acesso, inclusive de carro, que pode ir até o seu topo, revela-se mais interessante se conquistada através da Trilha dos Escravos. Essa trilha corta a encosta Sul da Serra. Em nível faz o contorno do Morro e permite acesso ao topo pelo lado Norte.
Com aproximadamente 1.300m de altitude, a serra na verdade chama-se Serra ou Morro de Santo Antonio. Mas por se assemelhar a um elefante deitado ao ser vista pelo seu lado Sul ganhou o apelido de Serra do Elefante.
De fácil acesso, inclusive de carro, que pode ir até o seu topo, revela-se mais interessante se conquistada através da Trilha dos Escravos. Essa trilha corta a encosta Sul da Serra. Em nível faz o contorno do Morro e permite acesso ao topo pelo lado Norte.
O porquê do nome |
O topo não é plano, mas é bastante grande. Há uma Capela dedicada a Nossa Senhora Aparecida, além de antenas de comunicação.
Possibilita amplo e belo visual; especialmente do sentido Sul da região. Várias cidades e localidades se espalham nos baixios arredores.
No lado norte, ao fundo do vale, correm vários riachos, tendo inclusive uma singela cachoeirinha. Apesar de sombreada, permite-se nadar e banhar-se em seu pequenino poço!
É um agradável lugar para um típico bate e volta, cuja ida pela Trilha dos Escravos, visita a Cachoeirinha e volta pela estrada totaliza aproximadamente 12 km.
Possibilita amplo e belo visual; especialmente do sentido Sul da região. Várias cidades e localidades se espalham nos baixios arredores.
No lado norte, ao fundo do vale, correm vários riachos, tendo inclusive uma singela cachoeirinha. Apesar de sombreada, permite-se nadar e banhar-se em seu pequenino poço!
É um agradável lugar para um típico bate e volta, cuja ida pela Trilha dos Escravos, visita a Cachoeirinha e volta pela estrada totaliza aproximadamente 12 km.
Como chegar e voltar - De ônibus
Cidade referência: Belo Horizonte
A melhor opção é tomar um coletivo que leve até a Estação Eldorado do Metrô na cidade de Contagem (ou tomar o próprio metrô no centro de BH, sentido Estação Eldorado). Lá, embarcar no ônibus da linha 3957, desembarcando na Praça da Matriz de Mateus Leme. Da Praça, seguir a pé até o topo.
► Há outras opções de coletivos, inclusive alguns que partem diretamente da cidade de Belo Horizonte, porém os horários são mais escassos.
► Consulte linhas, tarifas e trajetos de ônibus metropolitano no site do DER - MG Como chegar e voltar - De carro
Cidade referência: Belo Horizonte
BR 381 sentido São Paulo até Betim → BR 262 até a cidade de Juatuba → MG 050 até Mateus Leme → Seguir até a Praça Central e por lá estacionar o carro. Seguir a pé até o topo da serra.
► Caso queira, é possível ir de carro até o topo da Serra do Elefante, pois a estradinha é razoavelmente bem conservada. Entretanto, em tempos de chuva isto não é recomendado, pois há trechos com subidas íngremes.
Considerações finais
► Leve água, pois no topo não há fontes. A opção pode ser abastecer na cachoeira, após o topo, no lado norte e no fundo do vale. Leve também seu lanche!
► Não vá de calças curtas pela Trilha dos Escravos, pois a trilha é suja.
► Traga o lixo de volta, pelo amor de Deus. No topo da serra muitas pessoas deixam por lá rastros indesejáveis. Não faça como eles! Pela estrada há tambores instalados para coleta de lixo, porém estão deteriorados. Então, não os utilize!
► Não destrua eventuais canos de água de abastecimento de moradores locais!
► Não adentre dentro dos cercados das antenas de comunicação.
► Carta Topográfica IBGE: Esmeraldas
► Pratique a atividade aplicando os Princípios de Mínimo Impacto
Bons ventos!
Última Atualização: Nov 2017
Que aventura bacana hein meu amigo! Belíssima paisagem! Infelizmente eu fui um dos que te deixaram na mão, mas ainda vamos marcar uma caminhada um dia.
ResponderExcluirE que Igreja bacana você descobriu! Não conhecia, me parece muito bem construída e com belos detalhes em pedra.
Aqui?! Não te deu vontade de ficar naquela gruta não? rsrs
Abraços camarada
André Inácio
Olá André,
ExcluirQue bom receber sua visita meu amigo, fiquei feliz, muito feliz!
Pois então, você perdeu, o lugar parecia um imenso jardim e o visual desde a serra é uma belezura. Mas não faltarão oportunidades, outras virão e aí espero ter a sua companhia.
Eu fiquei encantado com a Igrejinha rapaz, é muito bem construída, mas estava fechada. Eu vi por uma porta lateral uma espécie de mesa/andaime, desconfio que estava em reforma. Precisa ir lá conhecê-la, é realmente muito linda, um charme; aliás, todo o lugar, nem parece que estamos ao lado de BH!
E na gruta não dá, é muito apertada eheheh...
Grande abraço, apareça mais vezes!
Que maravilha,Francisco Cardoso!Sou professora e escritora Maria Aparecida Rios.Gostaria de parabenizá-lo por este magnífico passeio que fiz contigo.Sou mateuslemense, porém ainda não subi a "Serra do Elefante",mas estou em débito com ela, ando com problemas de saúde os quais me deixam algumas limitações.Conheça o meu site:http://recantodasletras.com.br/autores/cidarios
ResponderExcluirMais uma vez, parabéns! Um afetuoso abraço!Cida Rios
Olá Cida,
ExcluirQue bom tê-la por aqui. Visitei o seu site e fiquei encantado. Parabéns pelos escritos; pelo seu trabalho em prol da educação em Mateus Leme e pelo incentivo à leitura e às artes. Muito mais que acidentes geográficos, são personagens como você que marcam um lugar. Parabéns!
E fico "cheio de dedos" por possibilitar a você e a outros uma viagem à lugares que, por motivos diversos não possam visitar; ou que ainda não visitaram. Isto vai de encontro aos objetivos do Blog e fico feliz constatando que estão sendo atingidos!
Faço votos de melhoras para a sua saúde e assim sendo, quando puder vá à Serra, o visual lá de cima é inspirador!
Grande e afetuoso abraço a você, obrigado pela visita, pela leitura e pelo tempo em me escrever: nada nesse mundo paga a atenção e carinho, não é mesmo?
Até logo mais!
O nome de Serra de Santo Antônio não tem nada de curioso em relação ao apelido recente de serra do elefante. Esse é o nome real como o senhor mesmo cita a Carta Topográfica da região. Eu tomei conhecimento desse apelido no início da década de oitenta, quando os estudantes vinham de ônibus de BH para então Faculdade de Itaúna, e ao passar pelo trecho de Juatuba a Mateus Leme começaram a comentar sobre a ilusão de a serra parecer um elefante deitado. A partir daí que muitas pessoas adotaram esse apelido, mas o nome oficial da serra continua como Santo Antônio. José Martins - email: ze_craniossacral@hotmail.com
ResponderExcluirOlá José Martins,
ExcluirTudo bem?
Agradeço pela informação sobre a origem do apelido Serra do Elefante. Por toda Minas Gerais é bastante comum apelidarmos serras, pois a grande maioria de nós não temos acesso às Cartas Topográficas, a sua maioria elaboradas nas décadas de 60 e 70. E pela sua descrição é algo recente, pós esse período! De todo modo, o apelido foi certeiro, porque de dado ângulo (BR 050) a bela formação se assemelha mesmo a um elefante deitado.
Obrigado José, pela visita, comentário e pela informação!
Grande abraço, volte sempre.
José,
ExcluirUma correção da resposta acima:
Onde está escrito (BR 050), leia-se MG 050.
Desculpas pela falha. Abs
Ola Chico, eu me mudei pra Mateus Leme a pouco tempo, porem só estive no Morro do Elefante (Santo Antônio) por duas vezes, subi e desci caminhando. Porem me falta conhecer muito do que você menciona. Aqui na cidade falta informação sobre estes lugares e, talvez, o Guia que estamos editando possa contribuir, se não de forma detalhada mas ao menos citando algumas fontes, como por exemplo o seu Blog. Já pude notar em uma olhada rápida que você gosta mesmo do que faz, rsrsrs, e que, por sorte minha, conheço alguns destes lugares, mesmo que sem os tão ricos detalhes que menciona. PARABÉNS!!!
ResponderExcluirOlá Roberto,
ExcluirÉs privilegiado por morar por aí, eu só fui conhecer Mateus Leme quando dessa minha ida à Serra de Santo Antonio. E gostei muito. A serra estava uma beleza, com uma quantidade de flores impressionante!
Depois dessa primeira vez eu voltei aí na Serra, início desse ano. Estava igualmente bela!
E fico feliz em poder contribuir com alguma informação. Sempre que posso publico algumas das minhas andanças, uma forma de compartilhar e incentivar a outras pessoas a conhecer dados lugares também.
Quanto ao Projeto do Guia de Mateus Leme, podem contar comigo, naquilo que puder ajudar estarei de pronto!
Obrigado pelo contato e comentário, isso é um incentivo a continuar eheh... Volte sempre ok?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCamila,
ExcluirPeço desculpas a você, sem querer acabei removendo o seu comentário, que dizia assim:
"Camila Locatelli deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Serra do Elefante em Mateus Leme: um jardim nos ar...":
Olaaa tudo bem!!! moro na cidade vizinha de Mateus Leme, e sou uma das apaixonadas pela serra de mateus leme!!! Em relação a fontes de água, tem uma sim, por causa da seca ela havia secado, ela fica bem abaixo da igreja do pico, e uma nascente q nasce la perto =D"
Realmente quando estive por ali notei um pequeno trecho do terreno para o lado da trilha dos escravos um pouco mais úmido e com vegetação característica de locais de nascentes, porém não havia água.
ExcluirMas sua informação é importante, pois em tempo de chuvas facilitaria bastante.
Peço novamente desculpas Camila, também sou apaixonado pela Elefante e irei conhecer outras áreas de Mateus Leme, em breve!!!
Muito obrigado pela sua visita e pelo seu comentário.
Até logo mais!
Muito legal seu relato, infelizmente estou lendo após ter subido a Serra. Fiz o percurso de ida e volta pela trilha de Downhill, não conhecia a trilha dos escravos. A área para acampamento que vc fotografou hj esta repleta de lixo, uma pena. Mesmo com a "proibição" desci a trilha lateral até a parte baixa da cachoeira, trilha dificil e apenas para observar, não entramos na água pois é usada para consumo.
ResponderExcluirOlá Fábio e Viviane,
ExcluirVisitei o seu Blog e gostei muito. Tanta coisa interessante por lá que faz dos meus escritos apenas rabiscos... Parabéns pelo Mundo Outdoor, precisamos sempre de pessoas que relatem suas aventuras e nos apresentem dicas, pois o aprendizado não pode brecar...
E fico feliz que tenham visitado a Serra, é um local que gosto muito. Chateado apenas por essa notícia do lixo: infelizmente em quase todos os pontos interessantes da RMBH o lixo está presente. Não consigo entender como alguém tem a leveza de consciência em descartar na natureza o seu próprio lixo, é inacreditável!
E que bom que desceram o barranco e foram curso abaixo lá na Cachoeira, é uma piramba bem legal. Quanto a trilha dos escravos, mais um motivo para voltar por lá ehehe... É uma trilha simples, mas como sempre queremos algo diferente, é um bom chamarisco...
Muito obrigado pela visita e pelo comentário, volte sempre!
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