Área do ParnaCipó atingida por queimadas em 2014: Recuperação lenta e perda incalculável... |
Durante a estação mais seca em todos os anos as notícias são sempre as mesmas: incêndios devoram áreas imensas de particulares e de Unidades de Conservação em Minas Gerais e no Brasil.
Já entrou para o rol das notícias clássicas dos meios de comunicação nessa época do ano.
Lamentos, pedidos de socorro, imagens bizarras e mais um sem número de fatos chegam ao conforto das nossas casas através dos nossos modernos smartphones. É uma choradeira triste e sem fim robustecida pela velocidade da internet!
Porém, passado o auge das ocorrências tudo volta à normalidade! Uma chuvinha aqui e outra acolá se encarrega de extinguir as últimas faíscas que escaparam da labuta de brigadistas e voluntários; dispersam a fumaça dos incêndios e espalham a falsa ideia de tranquilidade nos campos e nas cidades...
E assim, como que num fingimento treinado e combinado tudo e todos ficamos bonitos e vamos levando na maré mansa; à espera do replay no ano próximo... Haveriam culpados?
Já entrou para o rol das notícias clássicas dos meios de comunicação nessa época do ano.
Lamentos, pedidos de socorro, imagens bizarras e mais um sem número de fatos chegam ao conforto das nossas casas através dos nossos modernos smartphones. É uma choradeira triste e sem fim robustecida pela velocidade da internet!
Porém, passado o auge das ocorrências tudo volta à normalidade! Uma chuvinha aqui e outra acolá se encarrega de extinguir as últimas faíscas que escaparam da labuta de brigadistas e voluntários; dispersam a fumaça dos incêndios e espalham a falsa ideia de tranquilidade nos campos e nas cidades...
E assim, como que num fingimento treinado e combinado tudo e todos ficamos bonitos e vamos levando na maré mansa; à espera do replay no ano próximo... Haveriam culpados?
É claro que este mundo é muito diverso para haver culpado único pelos incêndios que assolam Minas e o Brasil na época mais seca do ano; todos os anos. Sabe-se que alguns desses incêndios tem causas naturais. Mas a maioria deles tem origem e causa em ações equivocadas, descuidadas ou criminosas do homem.
Mas no Brasil surgiu e cresce a cada ano a cultura da ausência total de culpabilidade perante os diversos fatos e ocorrências. É assim na educação deficitária, na saúde inoperante, na violência crescente... Ninguém tem a ombridade de assumir sua parcela culposa e tornamos todos uma horda de Pilatos!
E não poderia ser diferente na área ambiental, em especial frente aos grandes incêndios em áreas naturais. Porém, sem eximir a parcela de culpa de uma sociedade isolada, deseducada e inerte; sem receios pode-se afirmar que os governos (e suas estruturas) são os principais culpados pelos grandes incêndios que se repetem a cada ano no País como se fossem datas comemorativas!
Mas no Brasil surgiu e cresce a cada ano a cultura da ausência total de culpabilidade perante os diversos fatos e ocorrências. É assim na educação deficitária, na saúde inoperante, na violência crescente... Ninguém tem a ombridade de assumir sua parcela culposa e tornamos todos uma horda de Pilatos!
E não poderia ser diferente na área ambiental, em especial frente aos grandes incêndios em áreas naturais. Porém, sem eximir a parcela de culpa de uma sociedade isolada, deseducada e inerte; sem receios pode-se afirmar que os governos (e suas estruturas) são os principais culpados pelos grandes incêndios que se repetem a cada ano no País como se fossem datas comemorativas!
Veja reportagem do jornalístico MG TV, da TV Globo Minas; Clique Aqui
A reportagem deixa clara a incompetência dos nossos governantes;e das suas significativas parcelas culposas; mesmo em casos mais simples.E isto é apenas uma amostra do que acontece Brasil afora!
No âmbito particular, os governos não tiveram e não tem a competência de informar e formar cidadãos e agricultores conscientes; e nem ao menos fomentar essa formação! Os pequenos agricultores em sua maioria de origem humilde e sem cash na mão, quase sempre pela ignorância agrária ainda utilizam o fogo para limpar pastagens e preparar a terra para cultivo de subsistência; algo como um de 'volta ao passado' de séculos atrás!
Aonde estão os órgãos públicos encarregados de esclarecer e apresentar novas (quer dizer velhas) técnicas agrícolas a estes sofridos cidadãos, cujo Estado constitui a sua última esperança? E aonde estão os órgãos públicos formadores e fiscalizadores encarregados de educar, investigar e punir àqueles que, mesmo sabendo dos riscos do fogo insistem em empregá-lo; seja de modo descuidado, criminoso, ou lucrativo?
No âmbito das UC's a situação é ainda mais grave. O que esperar de governos que há 20, 30, 40 ou até mais anos não conseguem nem ao menos realizar a tão falada regularização fundiária das áreas protegidas? E o que dizer daqueles gestores de UC's que personalizam os governos localmente; e muitas vezes tratam (ex)moradores ou vizinhos com desdém?
Aonde estão os órgãos públicos encarregados de esclarecer e apresentar novas (quer dizer velhas) técnicas agrícolas a estes sofridos cidadãos, cujo Estado constitui a sua última esperança? E aonde estão os órgãos públicos formadores e fiscalizadores encarregados de educar, investigar e punir àqueles que, mesmo sabendo dos riscos do fogo insistem em empregá-lo; seja de modo descuidado, criminoso, ou lucrativo?
No âmbito das UC's a situação é ainda mais grave. O que esperar de governos que há 20, 30, 40 ou até mais anos não conseguem nem ao menos realizar a tão falada regularização fundiária das áreas protegidas? E o que dizer daqueles gestores de UC's que personalizam os governos localmente; e muitas vezes tratam (ex)moradores ou vizinhos com desdém?
Sejamos realistas; as UC's no Brasil, sejam federais, estaduais ou municipais estão em frangalhos. Falta tudo: de clips a enxadas; de veículos a arcaicos abafadores; de material de limpeza a equipamentos de EPI... além de uma elevada dose de responsabilidade! E ainda falta mão de obra, em qualidade e quantidade.
Os casos da escassez de mão de obra nas UC's; bem como de profissionais bombeiros; ou ainda de incentivos à formação de brigadas anti-incêndios por parte dos governos são casos que 'clamam aos céus'!
Assim, frente às emergências governos e seus representantes nas UC's ecoam desesperados gritos de socorros a voluntários; que em sua maioria são pessoas sem formação adequada seja para frente de batalha; seja para a elaboração e efetivação de planos emergenciais de combates aos incêndios.
A busca por voluntários chega a ser ridícula; muitas vezes com apelos sentimentais e raramente profissionais; algo absolutamente improvisado! Sabemos que voluntariado é um ato nobre e digno de louvor; porém seu emprego deve ser criterioso e cuidadoso, de modo a oferecer todos os recursos materiais necessários e evitar desmotivar os envolvidos; muito menos colocar vidas em risco!
Com raríssimas exceções, pode-se afirmar categoricamente que por essas e por outras tantas mais, não há por parte dos governos planos de ações de prevenção e combate a incêndios que sejam sérios e eficazes; sejam em UC's e nos seus arredores; sejam em áreas particulares! Se houvessem não ocorreriam incêndios como os que vimos em vários pontos de Minas e do Brasil ao longo dos anos!
Mas temos que ter fé! Há de chegar o dia em que governantes e seus gestores subordinados venham a público para assumir suas culpas, suas grandes culpas; suas máximas culpas; e se livrem de assessores maquiavélicos e burocratas sem utilidades!
Porém, para nos entristecer ainda mais, há uma última e clamorosa constatação: Baseado no quadro e situação atuais, lamentavelmente esse tão desejado dia parece estar distante... Como dizem os sábios matutos do interior, é de "desacorçoar" qualquer um! Enquanto isso, aguardemos o ano que vem...
Mas temos que ter fé! Há de chegar o dia em que governantes e seus gestores subordinados venham a público para assumir suas culpas, suas grandes culpas; suas máximas culpas; e se livrem de assessores maquiavélicos e burocratas sem utilidades!
Porém, para nos entristecer ainda mais, há uma última e clamorosa constatação: Baseado no quadro e situação atuais, lamentavelmente esse tão desejado dia parece estar distante... Como dizem os sábios matutos do interior, é de "desacorçoar" qualquer um! Enquanto isso, aguardemos o ano que vem...
Bons ventos!
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