Praia de Antigos |
Localizada no município de Paraty, litoral sul do Rio de Janeiro a Ponta da Juatinga é repleta de encantos.
Mata atlântica exuberante, praias desertas e paradisíacas e nativos expressivos sempre com uma boa história pra contar. Sem estradas, caminhos e trilhas são testemunhas do vai e vem de alguns moradores e em especial de caminhantes.
Tornou-se ao longo do tempo uma rota clássica para o Montanhismo Brasileiro, em especial àqueles que gostam de caminhadas à beira mar... É daqueles lugares que fisgam o coração do aventureiro, e com razão é uma região pra se ir mil vezes...
Mata atlântica exuberante, praias desertas e paradisíacas e nativos expressivos sempre com uma boa história pra contar. Sem estradas, caminhos e trilhas são testemunhas do vai e vem de alguns moradores e em especial de caminhantes.
Tornou-se ao longo do tempo uma rota clássica para o Montanhismo Brasileiro, em especial àqueles que gostam de caminhadas à beira mar... É daqueles lugares que fisgam o coração do aventureiro, e com razão é uma região pra se ir mil vezes...
Atendendo à essa conquista sentimental, na semana santa de 2015 retornamos ao lugar. Fizemos a rota tradicional, com início na Praia do Pouso da Cajaíba e término em Laranjeiras. Porém dessa vez, não fizemos à pé o trecho Martin de Sá a Ponta Negra.
Optamos por barcos; e com isto ganhando tempo para visitar a Cachoeira do Saco Bravo sem correrias, um dos pontos inusitados e mais espetaculares da famosa Juatinga... Esse modo também permitiria uma curtição maior de praias, um desejo da maioria dos aventureiros na ocasião!
Optamos por barcos; e com isto ganhando tempo para visitar a Cachoeira do Saco Bravo sem correrias, um dos pontos inusitados e mais espetaculares da famosa Juatinga... Esse modo também permitiria uma curtição maior de praias, um desejo da maioria dos aventureiros na ocasião!
Aqui no Blog há um relato recente da Travessia da Ponta da Juatinga - Rota Clássica e Tradicional, portanto não focarei neste relato características das trilhas. Abordarei apenas alguns detalhes de saída e chegada diárias, relatando alguns fatos importantes ou curiosos. Com isto, destacarei a visita à Cachoeira do Saco Bravo, um lugar ainda não relatado aqui no Blog...
Rota realizada e disponibilizada no Wikiloc - Atualização
Além de possibilitar estudar e visualizar a região, você poderá baixar este tracklog (necessário se cadastrar no Wikiloc); e inclusive utilizá-lo no seu GPS ou smartphone (necessário instalar aplicativo). Recomendamos que utilize esta rota como fonte complementar dos seus estudos. Procure sempre levar consigo croquis, mapas, bússola e outras anotações que possibilitem uma aventura mais segura. Melhor planejamento, melhor aproveitamento. A rota abaixo foi realizada em outra ocasião e inclui a Rota Tradicional, mais a Cachoeira do Saco Bravo percorridas à pé.
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Relato Dia 1
Golfinhos - Foto: Juliana Vidigal |
Deixamos BH na noite de quinta feira por volta de 22h00. Viagem tranquila via BR 381 passando pelo Sul de Minas; descendo por São Bento do Sapucaí, Taubaté, Ubatuba e por fim Paraty.
Chegamos em Paraty, na Marina Boa Vista na BR 101 às 9h15 de sexta feira. Por lá já nos aguardava nosso amigo Daniel. O tempo estava aberto e fazia sol e calor.
Embarcamos imediatamente em uma traineira com destino à Praia do Pouso da Cajaíba; onde chegamos pouco depois de 11h00.
No trajeto, ainda nas imediações da orla de Paraty fomos recepcionados e acompanhados durante algum tempo por um cardume de golfinhos, algo espetacular e único... Éramos a cara da riqueza naquela manhã de sexta feira!!!
Chegamos em Paraty, na Marina Boa Vista na BR 101 às 9h15 de sexta feira. Por lá já nos aguardava nosso amigo Daniel. O tempo estava aberto e fazia sol e calor.
Embarcamos imediatamente em uma traineira com destino à Praia do Pouso da Cajaíba; onde chegamos pouco depois de 11h00.
No trajeto, ainda nas imediações da orla de Paraty fomos recepcionados e acompanhados durante algum tempo por um cardume de golfinhos, algo espetacular e único... Éramos a cara da riqueza naquela manhã de sexta feira!!!
Pouso da Cajaíba |
Curiosamente a Praia do Pouso da Cajaíba estava vazia naquele início de feriado. Estava ideal para curtição sem atropelos, fotografar e para alguns, se fartar em gigantes porções de peixe...
Pelas conversas que tive com locais, todos estavam todos surpresos pela ausência de visitantes!
Por volta de 13h30 deixamos o Pouso e seguimos para a Praia de Martin de Sá, local do nosso primeiro pernoite. Caminhada curta, mas um pouco lenta devido ao o calor e umidade comuns na região! Em torno de 15h30 botamos os pés em Martin.
O Camping do lugar também estava com poucos visitantes. Armada do acampamento, um lanche rápido e fomos curtir as águas geladas de Martin... Ao cair da noite, jantar e enquanto alguns voltaram à praia para se divertir eu preferi descansar...
Pelas conversas que tive com locais, todos estavam todos surpresos pela ausência de visitantes!
Por volta de 13h30 deixamos o Pouso e seguimos para a Praia de Martin de Sá, local do nosso primeiro pernoite. Caminhada curta, mas um pouco lenta devido ao o calor e umidade comuns na região! Em torno de 15h30 botamos os pés em Martin.
O Camping do lugar também estava com poucos visitantes. Armada do acampamento, um lanche rápido e fomos curtir as águas geladas de Martin... Ao cair da noite, jantar e enquanto alguns voltaram à praia para se divertir eu preferi descansar...
Relato Dia 2
Martin de Sá |
O sábado amanheceu lindo. Por volta de 9h00 embarcamos em 4 voadeiras rumo à Praia de Ponta Negra.
A adrenalina foi a mil naqueles barquinhos! Mas chegamos ao destino sãos e salvos às 9h50.
Fui até o camping que havia reservado com antecedência para nosso pernoite. E qual foi a surpresa? Não havia lugar para nós!
Tentamos ajeitar uma possibilidade. Fomos em retorno à praia em busca de solução. Foi aí que nos foi ofertada uma casa com área para armada de barracas perto das escadarias da praia. Lugar melhor não merecíamos!
Na mesma hora fiquei grato pela baixa procura de aventureiros pela Juatinga naqueles dias! Caso contrário estaríamos no sal e teríamos que procurar outros cantos... Sem delongas fomos para a casa alugada e lá nos distribuímos entre a casa e o jardim...
A adrenalina foi a mil naqueles barquinhos! Mas chegamos ao destino sãos e salvos às 9h50.
Fui até o camping que havia reservado com antecedência para nosso pernoite. E qual foi a surpresa? Não havia lugar para nós!
Tentamos ajeitar uma possibilidade. Fomos em retorno à praia em busca de solução. Foi aí que nos foi ofertada uma casa com área para armada de barracas perto das escadarias da praia. Lugar melhor não merecíamos!
Na mesma hora fiquei grato pela baixa procura de aventureiros pela Juatinga naqueles dias! Caso contrário estaríamos no sal e teríamos que procurar outros cantos... Sem delongas fomos para a casa alugada e lá nos distribuímos entre a casa e o jardim...
A Cachoeira do Saco Bravo
Vista sul desde o primeiro morro a Caminho da Saco Bravo |
Enquanto parte do grupo preferiu passar o dia curtindo Ponta Negra; eu, Solimar, Robson, Rogério, Lívia, Guilherme, Álvaro, João e Juliana zarpamos em torno de 10h40 para a Cachoeira do Saco Bravo.
O calor estava demais e o sol fritando os miolos! Tomamos o caminho que passa em frente ao Camping do Ismael e margeamos o córrego. Seguimos adiante por terreiros de algumas moradias e tocamos pra cima.
A trilha é bem marcada e não tem erro. E não se assuste, no início sobe como se vai para o céu. Inicialmente entre mata rala e margeando algumas plantações de bananeiras e mandioca.
Meia hora depois alcançamos um ponto onde há um casebre à esquerda da trilha. Encontramos com alguns aventureiros desistentes, escandalizados com a subida! Que pecado! Pouco depois chegamos ao último ponto de água da subida; onde fizemos uma parada para refresco!
O calor estava demais e o sol fritando os miolos! Tomamos o caminho que passa em frente ao Camping do Ismael e margeamos o córrego. Seguimos adiante por terreiros de algumas moradias e tocamos pra cima.
A trilha é bem marcada e não tem erro. E não se assuste, no início sobe como se vai para o céu. Inicialmente entre mata rala e margeando algumas plantações de bananeiras e mandioca.
Meia hora depois alcançamos um ponto onde há um casebre à esquerda da trilha. Encontramos com alguns aventureiros desistentes, escandalizados com a subida! Que pecado! Pouco depois chegamos ao último ponto de água da subida; onde fizemos uma parada para refresco!
Retomamos a caminhada e o visual do costão e da praia de Ponta Negra foram se despontando lá embaixo, um visual espetacular. Até que chegamos ao ponto máximo da subida, na cota de pouco mais de 250m onde há um mirante natural. Estávamos cerca de 1 km desde Ponta Negra. Parada para fotos!
A partir daí entramos em declive suave por mata fechada e sem visual do costão, porém com trilha bem marcada. Passamos por um ótimo ponto de água, onde nos hidratamos. Excetuando um pequeno aclive, descemos até a cota de 45 metros, cerca de 2,3 km desde Ponta Negra!
Há nas proximidades um casebre abandonado, com algumas árvores frutíferas. A trilha continua bem marcada pelo pisoteio!
A partir daí entramos em declive suave por mata fechada e sem visual do costão, porém com trilha bem marcada. Passamos por um ótimo ponto de água, onde nos hidratamos. Excetuando um pequeno aclive, descemos até a cota de 45 metros, cerca de 2,3 km desde Ponta Negra!
Há nas proximidades um casebre abandonado, com algumas árvores frutíferas. A trilha continua bem marcada pelo pisoteio!
Cachoeira do Saco Bravo |
A partir daí há um novo morrote pra subir. Embora a trilha continue marcada, há muitas raízes e tocos pelo trajeto.
Subimos até a cota dos 180 metros. Daí em diante começamos a descida final para a cachoeira. O declive vai tornando mais acentuado. Passamos por um bambuzal e logo a seguir por uma rocha com um degrau simples.
Logo começamos a ouvir barulho de água: Era o córrego da Cachoeira, que margeávamos pela direita. Pouco abaixo aproximamos e cruzamos o córrego. Ao cruzá-lo fizemos uma parada para refresco, quando alguns aventureiros passaram por nós.
Daí pra frente foi só tocar pra baixo e rapidamente chegamos às pedras que denunciam a presença da Cachoeira do Saco Bravo. Era em torno de 12h40, e estavam vencidos os 3,7 km que separa a Saco Bravo da Praia de Ponta Negra.
Subimos até a cota dos 180 metros. Daí em diante começamos a descida final para a cachoeira. O declive vai tornando mais acentuado. Passamos por um bambuzal e logo a seguir por uma rocha com um degrau simples.
Logo começamos a ouvir barulho de água: Era o córrego da Cachoeira, que margeávamos pela direita. Pouco abaixo aproximamos e cruzamos o córrego. Ao cruzá-lo fizemos uma parada para refresco, quando alguns aventureiros passaram por nós.
Daí pra frente foi só tocar pra baixo e rapidamente chegamos às pedras que denunciam a presença da Cachoeira do Saco Bravo. Era em torno de 12h40, e estavam vencidos os 3,7 km que separa a Saco Bravo da Praia de Ponta Negra.
A chegada ao mirante da cachoeira foi impactante. Primeiro pelo visual estonteante do conjunto cachoeira e mar. É realmente algo inusitado e justifica a curiosidade e o desejo em visitar o lugar.
O outro impacto foi a lotação: parecia que todo mundo havia combinado de visitar a cachoeira naquele dia. Havia muita gente ali, muita mesmo! Embora causasse espanto, isto não tirava o brilho do lugar...
Após apreciarmos a beleza desde o mirante, começamos a descer pelas rochas até o poço da cachoeira. Pouco acima da descida final fui dar um giro nas rochas do lado norte! Por lá o Robson já saracoteava de um lado para outro! Ficamos um bom tempo por ali apreciando aquela vista do paraíso...
O outro impacto foi a lotação: parecia que todo mundo havia combinado de visitar a cachoeira naquele dia. Havia muita gente ali, muita mesmo! Embora causasse espanto, isto não tirava o brilho do lugar...
Após apreciarmos a beleza desde o mirante, começamos a descer pelas rochas até o poço da cachoeira. Pouco acima da descida final fui dar um giro nas rochas do lado norte! Por lá o Robson já saracoteava de um lado para outro! Ficamos um bom tempo por ali apreciando aquela vista do paraíso...
Eu e a Saco Bravo |
Depois descemos para o superlotado poço da Cachoeira! É um degrau em rocha muito simples, com pontos de apoio e até uma corda para facilitar a descida ou subida.
Nossos amigos estavam por ali, disputando um espaço no pequeno, mas belo poço; se refrescando do calorão que ardia... Não entrei na água; ficamos papeando ali nas margens, sentados de frente para o mar cujas águas batiam violentamente nas pedras pouco abaixo dos nossos pés.
Nós mineiros acostumados com as belíssimas cachoeiras do Espinhaço somos exigentes em matéria de cachoeiras. Certamente se a Saco Bravo não estivesse no local aonde se encontra, a nós seria uma mera e simples cachoeirinha.
Mas não, a Saco Bravo é uma beleza, não pela sua queda em si, que é pequena e com pouco volume; mas sim pela sua localização. É um conjunto pitoresco, digno de uma divina arquitetura; fazendo valer a visita!
Nossos amigos estavam por ali, disputando um espaço no pequeno, mas belo poço; se refrescando do calorão que ardia... Não entrei na água; ficamos papeando ali nas margens, sentados de frente para o mar cujas águas batiam violentamente nas pedras pouco abaixo dos nossos pés.
Nós mineiros acostumados com as belíssimas cachoeiras do Espinhaço somos exigentes em matéria de cachoeiras. Certamente se a Saco Bravo não estivesse no local aonde se encontra, a nós seria uma mera e simples cachoeirinha.
Mas não, a Saco Bravo é uma beleza, não pela sua queda em si, que é pequena e com pouco volume; mas sim pela sua localização. É um conjunto pitoresco, digno de uma divina arquitetura; fazendo valer a visita!
Serpente enfrentando o espinheiro - Foto: Juliana Vidigal |
Como a cachoeira não esvaziaria tão cedo, decidimos ser hora de voltar, pois ainda queríamos aproveitar a Prainha de Ponta Negra.
Pouco depois das 14h00 começamos o caminho da volta. Fomos passando aventureiros morro acima. A trilha é a mesma da ida. Ao passarmos pelo casebre abandonado alguns encontraram e colheram algumas laranjas... Disseram estar doce!
Adiante, na subida final testemunhamos uma cena curiosa: ao ouvir um ruído, o Robson identificou uma serpente que se enrolava no tronco de um espinhento coqueiro à esquerda e abaixo da trilha... Deixamos a serpente quieta e seguimos a passos largos.
Viramos o morro, descemos a ladeira e aproximamos de Ponta Negra juntamente com um morador local e seu filhote de cão, que ficou tímido com nossa companhia... A volta foi mais rápida que a ida. Em torno das 15h30 botávamos os pés novamente em Ponta Negra!
Pouco depois das 14h00 começamos o caminho da volta. Fomos passando aventureiros morro acima. A trilha é a mesma da ida. Ao passarmos pelo casebre abandonado alguns encontraram e colheram algumas laranjas... Disseram estar doce!
Adiante, na subida final testemunhamos uma cena curiosa: ao ouvir um ruído, o Robson identificou uma serpente que se enrolava no tronco de um espinhento coqueiro à esquerda e abaixo da trilha... Deixamos a serpente quieta e seguimos a passos largos.
Viramos o morro, descemos a ladeira e aproximamos de Ponta Negra juntamente com um morador local e seu filhote de cão, que ficou tímido com nossa companhia... A volta foi mais rápida que a ida. Em torno das 15h30 botávamos os pés novamente em Ponta Negra!
O restante daquele dia foi dedicado à praia em Ponta Negra, com direito a almoço e umas bebidinhas... A praia estava alegre e animada!
Tomamos conhecimento da agitação; pois no período acontecia por ali um Festival de Cinema na Praia (Maré Cheia - Coletivo João do Rio). Além de exibição de filmes promovia brincadeiras, competições diversas, artes; enfim, uma troca cultural nessa isolada comunidade caiçara.
Alguns dos nossos que não foram à Cachoeira do Saco Bravo venceram algumas competições e ganharam até caipirinhas e outras guloseimas como prêmios... Pelo visto foi divertido, pois ao chegarmos eram só sorrisos eheheh... À noite ainda assistimos alguns curtas no Festival, depois cama, adormecendo sob o som das ondas do mar... Que vida maravilhosa!!!
Tomamos conhecimento da agitação; pois no período acontecia por ali um Festival de Cinema na Praia (Maré Cheia - Coletivo João do Rio). Além de exibição de filmes promovia brincadeiras, competições diversas, artes; enfim, uma troca cultural nessa isolada comunidade caiçara.
Alguns dos nossos que não foram à Cachoeira do Saco Bravo venceram algumas competições e ganharam até caipirinhas e outras guloseimas como prêmios... Pelo visto foi divertido, pois ao chegarmos eram só sorrisos eheheh... À noite ainda assistimos alguns curtas no Festival, depois cama, adormecendo sob o som das ondas do mar... Que vida maravilhosa!!!
E a aventura chega ao fim...
Chegando à Praia do Sono |
O terceiro e último dia na Ponta da Juatinga amanheceu parcialmente nublado, porém com um calor e umidade estressantes.
Pouco depois das 08h30 deixamos o lugar, tomando a trilha com destino à Laranjeiras. Passamos por Galhetas e Antiguinhos.
Em Antigos fizemos uma boa parada para curtição. A praia é bonita demais para passar em branco... Depois foi só virar o morro e bem antes do meio dia chegamos à Praia do Sono.
Pouco depois das 08h30 deixamos o lugar, tomando a trilha com destino à Laranjeiras. Passamos por Galhetas e Antiguinhos.
Em Antigos fizemos uma boa parada para curtição. A praia é bonita demais para passar em branco... Depois foi só virar o morro e bem antes do meio dia chegamos à Praia do Sono.
Deixando a Praia do Sono |
Nova parada para curtição. Fomos à procura de comida; depois de um açaí e outras coisitas.
Em torno de 14h30, enquanto parte do grupo optou por finalizar a rota de barco, outra parte, incluso eu, rumou à pé para Laranjeiras, onde chegamos por volta das 16h00.
Banho na casa do Jorge; embarque e caímos na estrada de volta para BH, via Volta Redonda e BR 040.
Em torno de 04h00 da manhã de segunda feira botamos os pés em BH; naturalmente cansados pela longa viagem, mas certos de que a aventura na Joatinga fora espetacular...
Em torno de 14h30, enquanto parte do grupo optou por finalizar a rota de barco, outra parte, incluso eu, rumou à pé para Laranjeiras, onde chegamos por volta das 16h00.
Banho na casa do Jorge; embarque e caímos na estrada de volta para BH, via Volta Redonda e BR 040.
Em torno de 04h00 da manhã de segunda feira botamos os pés em BH; naturalmente cansados pela longa viagem, mas certos de que a aventura na Joatinga fora espetacular...
Nossa amiga Lívia Vasconcelos que esteve conosco nesta Travessia também fez um relato da aventura, com imagens maravilhosas da Ponta da Joatinga. Confira no Blog Domini Sol
Serviço
Rota realizada no GE |
A Travessia da Ponta da Juatinga em sua Rota Tradicional ou Clássica possui aproximadamente 23 km de extensão, ligando a Praia do Pouso da Cajaíba à Vila do Oratório (ou Laranjeiras).
Localizada na península da Juatinga, município de Parati, esta região do litoral sul fluminense é protegida pela Área de Proteção Ambiental do Cairuçu e pela Reserva Ecológica da Juatinga, limitando-se ao sul com áreas do Parque Nacional da Serra da Bocaina.
Região isolada, sem estradas e por isso bastante preservada, a maioria da população das várias vilas do costão são formadas por pescadores e descendentes de Caiçaras.
Localizada na península da Juatinga, município de Parati, esta região do litoral sul fluminense é protegida pela Área de Proteção Ambiental do Cairuçu e pela Reserva Ecológica da Juatinga, limitando-se ao sul com áreas do Parque Nacional da Serra da Bocaina.
Região isolada, sem estradas e por isso bastante preservada, a maioria da população das várias vilas do costão são formadas por pescadores e descendentes de Caiçaras.
No modo tradicional, a Travessia é feita em 3 dias. Permite curtição das várias praias do costão, além de possibilitar uma caminhada tranquila e sem correrias.
Para iniciar a Travessia é necessário percorrer a Baia de Paraty através de barco, partindo do Cais de Parati (ou das marinas da região); ou então, partindo do distrito de Parati Mirim e cruzando a entrada do Saco de Mamanguá.
Dependendo do local de partida e do tipo de barco utilizado, a viagem pode durar de 30 minutos a até 2h30.
Para iniciar a Travessia é necessário percorrer a Baia de Paraty através de barco, partindo do Cais de Parati (ou das marinas da região); ou então, partindo do distrito de Parati Mirim e cruzando a entrada do Saco de Mamanguá.
Dependendo do local de partida e do tipo de barco utilizado, a viagem pode durar de 30 minutos a até 2h30.
Assim, devido a viagem inicial de barco, caminha-se pouco no primeiro dia, indo da Praia do Pouso da Cajaíba à Praia de Martin de Sá. É um trecho tranquilo, com um leve aclive e declive, com trilha bem marcada e em sua maioria sombreada.
O segundo dia vai da Praia de Martin de Sá até a Praia de Ponta Negra. É o trecho mais extenso e considerado o mais extenuante da Travessia, pois há um desnível de aproximadamente 560 metros e caminha-se longo trecho entre mata atlântica, onde o calor e a umidade são sufocantes. Além disso, há várias bifurcações pela trilha que requer atenção. Um recanto especial do segundo dia é a Praia do Cairuçu das Pedras, que é pequena mas belíssima.
Já o terceiro e último dia vai da Praia da Ponta Negra até a Vila do Oratório. É um trecho tranquilo e bem marcado, alternando leves aclives e declives. De rara beleza, inicialmente percorre as praias desertas de Antiguinhos, Antigos e a conhecida Praia do Sono. Na reta final, é um misto de trilha com degraus e até corrimãos e depois uma estradinha até Laranjeiras-Oratório.
Mas é possível realizar todo o trajeto Clássico em apenas dois dias. Para isto é decisiva boa logística inicial.
O segundo dia vai da Praia de Martin de Sá até a Praia de Ponta Negra. É o trecho mais extenso e considerado o mais extenuante da Travessia, pois há um desnível de aproximadamente 560 metros e caminha-se longo trecho entre mata atlântica, onde o calor e a umidade são sufocantes. Além disso, há várias bifurcações pela trilha que requer atenção. Um recanto especial do segundo dia é a Praia do Cairuçu das Pedras, que é pequena mas belíssima.
Já o terceiro e último dia vai da Praia da Ponta Negra até a Vila do Oratório. É um trecho tranquilo e bem marcado, alternando leves aclives e declives. De rara beleza, inicialmente percorre as praias desertas de Antiguinhos, Antigos e a conhecida Praia do Sono. Na reta final, é um misto de trilha com degraus e até corrimãos e depois uma estradinha até Laranjeiras-Oratório.
Mas é possível realizar todo o trajeto Clássico em apenas dois dias. Para isto é decisiva boa logística inicial.
OBS.: Note que nesta ocasião não percorremos à pé o trecho Martin de Sá à Ponta Negra, optando por barcos. Desse modo, incluímos a visita à Cachoeira do Saco Bravo, dedicando para isso um dia inteiro.
Cachoeira do Saco Bravo
Rota do segundo dia, incluindo a Saco Bravo |
Trata-se de uma cachoeira com uma queda de aproximadamente 15 metros, porém com pouco volume de água.
A queda "brota" da densa mata atlântica e escorre pela rocha em duas seções; findando-se em um poço misto e alongado, com partes mais rasas e outras um pouco mais fundas.
Após o poço suas águas escorrem suavemente e encontram-se com o mar. É uma cachoeira simples, porém com um significado especial e uma beleza singular graças à sua pitoresca localização diretamente no costão rochoso da Joatinga.
A queda "brota" da densa mata atlântica e escorre pela rocha em duas seções; findando-se em um poço misto e alongado, com partes mais rasas e outras um pouco mais fundas.
Após o poço suas águas escorrem suavemente e encontram-se com o mar. É uma cachoeira simples, porém com um significado especial e uma beleza singular graças à sua pitoresca localização diretamente no costão rochoso da Joatinga.
Seu poço forma uma espécie de piscina infinita e pode ser atingido pelas águas do mar em casos de maré alta ou tempestades. É um ponto oriental, por isso as águas do mar são bastante agitadas na região e batem com violência no costão.
Muito embora eu já tenha presenciado pessoas voltando da Cachoeira via barco (inclusive nesta ocasião), através de uma caminhada em rocha inclinada à direita da queda e imediato pulo nas águas do mar para embarcar; não recomendaria este procedimento, pois pode ser perigoso justamente pelo agito das águas do mar.
Muito embora eu já tenha presenciado pessoas voltando da Cachoeira via barco (inclusive nesta ocasião), através de uma caminhada em rocha inclinada à direita da queda e imediato pulo nas águas do mar para embarcar; não recomendaria este procedimento, pois pode ser perigoso justamente pelo agito das águas do mar.
Localizada à aproximadamente 3,7 km desde Ponta Negra, a trilha de acesso encontra-se bem marcada, não existindo grandes possibilidades de erro para o seu acesso.
Há no trajeto duas subidas. A primeira logo na saída de Ponta Negra (250m altitude). A segunda (180m de altitude), um pouco menor que a primeira já se encaminha para o final da trilha.
A descida dos metros finais para a cachoeira é feito em rochas com degraus. Mas não é algo técnico que exija conhecimentos específicos. Trata-se de um degrau, mas sem exposição e com pontos de pisada e pegada.
Há pontos de água pelo trajeto e aproximadamente 70% da trilha é sombreada e dentro da mata, não permitindo visual do costão. Tanto a ida quanto a volta são feitas pelo mesmo trajeto; e cada trecho pode ser feito em aproximadamente 02h00 de caminhada tranquila.
Há no trajeto duas subidas. A primeira logo na saída de Ponta Negra (250m altitude). A segunda (180m de altitude), um pouco menor que a primeira já se encaminha para o final da trilha.
A descida dos metros finais para a cachoeira é feito em rochas com degraus. Mas não é algo técnico que exija conhecimentos específicos. Trata-se de um degrau, mas sem exposição e com pontos de pisada e pegada.
Há pontos de água pelo trajeto e aproximadamente 70% da trilha é sombreada e dentro da mata, não permitindo visual do costão. Tanto a ida quanto a volta são feitas pelo mesmo trajeto; e cada trecho pode ser feito em aproximadamente 02h00 de caminhada tranquila.
Importante:
A região da Juatinga oferece várias outras possibilidades de caminhadas e aventuras. Isto vai depender da quantidade de dias livres que o aventureiro tenha disponível, além é claro da experiência e ritmo do trekker!
As opções podem incluir uma travessia com início na Praia do Cruzeiro; ou na Praia Grande da Cajaíba; ataques ao Pico do Pão de Açúcar; ao Pico do Cairuçu; ao Farol da Joatinga, ou à Praia da Sumaca; ou mesmo a volta completa no Saco de Mamanguá.
Distâncias
Belo Horizonte a Parati: aproximadamente 600 km
Como chegar e voltar - de ônibus
Cidade referência Belo Horizonte
Ida: Viação Útil até Angra dos Reis → Viação Colitur até Parati
Volta: Coletivo Viação Colitur (linha 1040) de Laranjeiras até Parati → Colitur até Angra dos Reis → Viação Útil até BH
► Não há ônibus direto BH - Parati, necessitando fazer baldeação em Angra dos Reis. Mesmo assim a frequência é escassa. Pode ser que a melhor opção seja ir primeiro para o Rio de Janeiro (Útil ou Cometa) e de lá seguir para Angra dos Reis.
► Para aventureiros de SP ou RJ há linhas de ônibus direto para Parati.
Como chegar e voltar - de carro
Cidade referência Belo Horizonte
Opção 1: BR 381 até Campanha → BR 267 até Caxambu → BR 354 até Capivari Distrito de Pouso Alto → MG 158 até Divisa MG-SP → SP 52 até Cruzeiro → Via Dutra até Guaratinguetá → SP 171 até Divisa SP-RJ → RJ 165 até Parati
Opção 2: BR 040 até Levy Gasparian → BR 393, passando por Vassouras → RJ 127 até Mendes → RJ 133, RJ 145 e RJ 139, passando por Piraí → BR 494 passando por Rio Claro → BR 101 até Parati.
► Consulte o Mapa, clique aqui
► Início e final da travessia se dão em locais distintos e distantes. Se programe.
► Atualização Julho 2016: A Estrada Cunha a Parati está pronta, de modo que torna-se a melhor rota para chegar a Parati vindo de BH e Sul de Minas. Assim, Via Fernão Dias a viagem costuma ser mais rápida.
Considerações Finais
► Em Pouso da Cajaíba e Ponta Negra há pequeno comércio. Na Praia do Sono as opções são variadas. Em Martin de Sá há um único morador e camping (Seu Maneco), que também fornece alimentação.
► Nas Praias do Pouso, Ponta Negra e Sono há opção de aluguel de casas ou quartos; além de camping. Em Martin de Sá há camping e alguns quartos para locação.
► Os camping da região oferecem somente o básico: banho frio e pia para alguns serviços. Luz elétrica somente na Praia do Sono.
► Há barqueiros às pencas na região do Pouso, Ponta Negra e Sono que fazem transportes de moradores e visitantes. Em Martin de Sá também é possível contratar barqueiros. São opções para os casos de não querer caminhar; ou frente a eventual necessidade de abortar a pernada.
► Não há sinal de telefonia móvel pelo trajeto; exceção de alguns pontos isolados (Tim e Vivo).
► Leve repelente: há mosquitos vorazes na região.
► Para início da Travessia o modo mais simples é se dirigir para o cais de Paraty e lá negociar o traslado com algum barqueiro.
► Para a volta ao final da Travessia, a opção mais barata é embarcar no coletivo da linha 1040 ao final da travessia e seguir direto para Paraty.
► Vale a pena visitar a Cachoeira do Saco Bravo; é um lugar inusitado.
► A saída para a Cachoeira do Saco Bravo é um pouco confusa devido aos vários caminhos que ligam as casas dos moradores de Ponta Negra. Se informe com algum local. Saindo das casas a rota é tranquila. Mas na dúvida, contrate um condutor em Ponta Negra.
► Não utilize este relato como única fonte de informação para a realização da Travessia. Embora seja uma rota fácil, dependendo do nível e experiência do trekker pode se tornar confusa em alguns pontos; em especial se fizer todo o trecho a pé. Por isso diversifique suas pesquisas.
► Se desejar contatos de camping, barqueiros e outros serviços na região, solicite através dos comentários ou e-mail.
► Atualização Julho 2016: A Estrada Cunha a Parati está pronta. Ufa!!! Assim, para quem é da região de BH, Sul de Minas e Vale do Paraíba recomendamos este acesso. Só ficar atento porque como a rodovia cruza o Parque Nacional da Serra da Bocaina há restrição de circulação no período noturno.
► Confira algumas Dicas Básicas para a prática de atividades outdoor
► Pratique a atividade aplicando os Princípios de Mínimo Impacto
Bons ventos!
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