Cachoeira do Tabuleiro: Seja qual for a rota escolhida, é pra lá que convergem aqueles que realizam a Travessia Lapinha a Tabuleiro |
A Travessia Lapinha a Tabuleiro é uma das rotas mais bonitas e significativas do Brasil. Não só porque tem a monumental Cachoeira do Tabuleiro no seu coroamento; mas também porque oferece uma verdadeira imersão no mundo Espinhaço.
Suas origens vem dos antigos caminhos que há décadas ligam o arraial da Lapinha no município de Santana do Riacho; e o Distrito do Tabuleiro, no município de Conceição do Mato Dentro; região Central de Minas Gerais.
Evoluindo ao longo do tempo várias são as possibilidade de rotas e formatos para se realizar a ligação entre Lapinha e Tabuleiro.
Dentre estas possibilidades se destacam a Rota Tradicional e a Rota Via Pico do Breu. Seja qual for a rota ou o formato, por sua beleza e tradição essa Travessia tornou-se um clássico do Montanhismo Nacional...
Suas origens vem dos antigos caminhos que há décadas ligam o arraial da Lapinha no município de Santana do Riacho; e o Distrito do Tabuleiro, no município de Conceição do Mato Dentro; região Central de Minas Gerais.
Evoluindo ao longo do tempo várias são as possibilidade de rotas e formatos para se realizar a ligação entre Lapinha e Tabuleiro.
Dentre estas possibilidades se destacam a Rota Tradicional e a Rota Via Pico do Breu. Seja qual for a rota ou o formato, por sua beleza e tradição essa Travessia tornou-se um clássico do Montanhismo Nacional...
► Leia o relato da Travessia Lapinha a Tabuleiro pela Rota Tradicional
► Leia o relato da Travessia Lapinha a Tabuleiro pela Rota Norte
► Atualização Abril 2018: Desde fins de Março de 2018 o Parque Estadual da Serra do Intendente efetivou a mudança da rota da Travessia Lapinha a Tabuleiro no trecho entre o Ponto de Apoio Dona Ana Benta e o Ponto de Apoio Dona Maria-Seu Zé. Confira a informação completa e o tracklog clicando AQUI
Atendendo a um convite do James que havia conhecido em um fórum na internet quando estava planejando minha ida ao Bandeira em meados de 2012 partimos para realizar a Travessia Lapinha Tabuleiro no feriado de 7 de setembro.
Através do mesmo fórum acabamos juntando um grupo para a pernada. O grupo era misto, tanto em origem, idade, sexo e experiências em trilhas. Porém estávamos muito coesos!
Atendendo a um convite do James que havia conhecido em um fórum na internet quando estava planejando minha ida ao Bandeira em meados de 2012 partimos para realizar a Travessia Lapinha Tabuleiro no feriado de 7 de setembro.
Através do mesmo fórum acabamos juntando um grupo para a pernada. O grupo era misto, tanto em origem, idade, sexo e experiências em trilhas. Porém estávamos muito coesos!
Resumidamente os planos consistiam em três dias de trekking passando pela rota do Pico do Breu. Os pernoites eram previstos pelos arredores do Pico do Breu e no Ponto de Apoio da Dona Maria. A logística de ida e retorno seriam através de ônibus e táxi.
Diante desses planos, a ordem era levar comida suficiente para a Travessia. Isto porque as informações obtidas eram de que a trilha estaria congestionada no feriadão; o que desde sempre dificulta se afiançar nos serviços dos pontos de apoio disponíveis pela rota.
Outra dificuldade foi quanto à logística. Apesar das tentativas, tornou-se impossível firmar com antecedência o nosso transporte de ida de Santana do Riacho para Lapinha; bem como a volta de Tabuleiro para Conceição do Mato Dentro. Desse modo, os fiadores de nossa pernada éramos nós mesmos, baseados na infra de cada um.
Diante desses planos, a ordem era levar comida suficiente para a Travessia. Isto porque as informações obtidas eram de que a trilha estaria congestionada no feriadão; o que desde sempre dificulta se afiançar nos serviços dos pontos de apoio disponíveis pela rota.
Outra dificuldade foi quanto à logística. Apesar das tentativas, tornou-se impossível firmar com antecedência o nosso transporte de ida de Santana do Riacho para Lapinha; bem como a volta de Tabuleiro para Conceição do Mato Dentro. Desse modo, os fiadores de nossa pernada éramos nós mesmos, baseados na infra de cada um.
Relato Dia 1
Na manhã de sete de setembro cheguei à rodoviária de BH um pouco depois de 7h00. Dei uma olhada pelo saguão que estava superlotado, mas não encontrei ninguém do nosso grupo. Desci então para a plataforma de embarque, porque lá era o ponto em que todos deveriam passar.
Minutos após chegar à plataforma encontrei com James e Igor. Eles já haviam conhecido outros participantes da pernada no saguão superior. Estavam ajudando na descida das cargueiras para as plataformas. Nessa labuta nosso amigo Igor deu até uma entrevista para uma Rede de TV (rsrs).
Permaneci na plataforma inferior e circulei em direção ao “nosso” ônibus; quando conheci a Sol. Permanecemos proseando até a juntada de todo o grupo.
Minutos após chegar à plataforma encontrei com James e Igor. Eles já haviam conhecido outros participantes da pernada no saguão superior. Estavam ajudando na descida das cargueiras para as plataformas. Nessa labuta nosso amigo Igor deu até uma entrevista para uma Rede de TV (rsrs).
Permaneci na plataforma inferior e circulei em direção ao “nosso” ônibus; quando conheci a Sol. Permanecemos proseando até a juntada de todo o grupo.
Apresentações básicas, pois o ônibus já estava partindo... E infelizmente tivemos a notícia que o Lee e sua esposa Choon de SP que iriam conosco não conseguiram chegar a tempo em BH. Estavam presos no trânsito nas imediações da cidade de Contagem. Bom, o jeito foi seguir viagem...
Embarcamos no ônibus da Viação Saritur por volta de 7h40... Viagem tranquila até chegar à Lagoa Santa; quando enfrentamos um congestionamento infernal. Culpa do elevado número de veículos, 1 milhão de quebra molas e uma ponte estreita na saída de Lagoa Santa! O jeito foi se acalmar e assim vencemos o trecho.
Passamos por São José de Almeida e depois pelo Distrito da Serra do Cipó. Fizemos o retorno do Distrito pela estradinha de terra e novamente pegamos o asfalto sentido Santana do Riacho; onde chegamos por volta de meio dia.
Passamos por São José de Almeida e depois pelo Distrito da Serra do Cipó. Fizemos o retorno do Distrito pela estradinha de terra e novamente pegamos o asfalto sentido Santana do Riacho; onde chegamos por volta de meio dia.
Chegando na Lapinha |
Estávamos então com um problema. A essa altura planejávamos estar já com 1h00 de caminhada, chegando ao Pico da Lapinha.
Além disso, o Lee havia chegado a BH e conseguido embarcar para Santana do Riacho em um ônibus extra. Logo, iríamos esperá-lo chegar à Santana do Riacho para somente aí seguirmos para a Lapinha.
Enquanto aguardávamos a chegada do Lee, juntamos com alguns outros forasteiros, desencavamos uma van e combinamos o nosso transporte até à Lapinha.
Por volta de 13h00 o Lee chegou e imediatamente embarcamos. Seguimos pela esburacada estradinha de terra que leva à Lapinha; aonde chegamos pouco antes das 14h00.
Além disso, o Lee havia chegado a BH e conseguido embarcar para Santana do Riacho em um ônibus extra. Logo, iríamos esperá-lo chegar à Santana do Riacho para somente aí seguirmos para a Lapinha.
Enquanto aguardávamos a chegada do Lee, juntamos com alguns outros forasteiros, desencavamos uma van e combinamos o nosso transporte até à Lapinha.
Por volta de 13h00 o Lee chegou e imediatamente embarcamos. Seguimos pela esburacada estradinha de terra que leva à Lapinha; aonde chegamos pouco antes das 14h00.
Objetivo inicial: contornar aquele pico |
Nem sentamos para descansar, apenas abastecemos os cantis e nos hidratamos. Fazia sol forte e muito calor.
Passava das 14h00 quando cruzamos a ponte defronte a represa da Lapinha, portanto cerca de três horas de atraso perante o nosso planejamento oficial.
Com isso, apenas uns cliques, contemplação da bela Serra da Lapinha e pé na trilha.
Passada a ponte de concreto, logo adiante há uma bifurcação. Para quem vai contornar o Pico do Breu, segue-se à direita. Para quem vai subir os Picos da Lapinha e Breu que era o nosso caso, toma-se o rumo da esquerda.
A trilha seguiu bem marcada e sinalizada com tocos de madeira fincados no solo, com a indicação do Pico da Lapinha. Logo passamos pelos arredores da cabeceira da Cachoeira do Rapel, que estava com pouquíssima água.
Um pouco mais acima impressionante observar a Cachoeira do Paraíso, também praticamente seca. Cruzamos um "rego d’água" formador da mirrada Rapel e seguimos morro acima pela trilha, que alterna bons trechos com outros erodidos.
Passava das 14h00 quando cruzamos a ponte defronte a represa da Lapinha, portanto cerca de três horas de atraso perante o nosso planejamento oficial.
Com isso, apenas uns cliques, contemplação da bela Serra da Lapinha e pé na trilha.
Passada a ponte de concreto, logo adiante há uma bifurcação. Para quem vai contornar o Pico do Breu, segue-se à direita. Para quem vai subir os Picos da Lapinha e Breu que era o nosso caso, toma-se o rumo da esquerda.
A trilha seguiu bem marcada e sinalizada com tocos de madeira fincados no solo, com a indicação do Pico da Lapinha. Logo passamos pelos arredores da cabeceira da Cachoeira do Rapel, que estava com pouquíssima água.
Um pouco mais acima impressionante observar a Cachoeira do Paraíso, também praticamente seca. Cruzamos um "rego d’água" formador da mirrada Rapel e seguimos morro acima pela trilha, que alterna bons trechos com outros erodidos.
Lá embaixo o visual era de tirar o fôlego. O arraial à direita e à esquerda a bela represa da Lapinha! É sem dúvida uma das vistas mais belas de toda a Travessia. Várias foram as paradas para fotos e contemplação!
Lapinha da Serra vista da subida |
Seguimos subindo e margeando o Pico da Lapinha pelo seu lado leste. A subida é efetivamente mais longa do que se parece, porém de tão demarcada torna-se impossível de se perder.
Cargueiras pesadas, cansaço da viagem, grupo ainda se integrando, modos que a caminhada não rende muito.
Levamos quase duas horas para subir esse trecho. Cruzamos uma tronqueira e chegamos a um ponto de água. Fomos captar logo acima, à direita da trilha, próximo a uma matinha rala. Descansamos um pouco e retomamos a caminhada.
Cargueiras pesadas, cansaço da viagem, grupo ainda se integrando, modos que a caminhada não rende muito.
Levamos quase duas horas para subir esse trecho. Cruzamos uma tronqueira e chegamos a um ponto de água. Fomos captar logo acima, à direita da trilha, próximo a uma matinha rala. Descansamos um pouco e retomamos a caminhada.
Pico da Lapinha ao fundo |
Logo acima uma bifurcação e tomamos erroneamente a trilha da esquerda, que nos levou a um rancho fechado.
Logo percebemos o erro; retornamos e retomamos a trilha da direita, que é a correta (Atualização Jan 2018: esse trecho foi manejado e não se passa mais por ele).
Cruzamos uma cerca e descemos um mergulho; cujo terreno estava um pouco úmido. Continuamos a subir pela mesma trilha que leva ao Pico da Lapinha.
Logo acima, no grande e descampado vale, deixamos para trás o Pico da Lapinha. Devido ao adiantado da hora tomamos a decisão de não atacar o Pico da Lapinha.
Isto porque o nosso maior objetivo era o Pico do Breu, que àquela altura ainda estava bem distante. Então, trilha adiante e o sol indo embora...
Este trecho é formado por vegetação de campos rupestres, salpicado por afloramentos rochosos e com trilhas um pouco confusas. Percorremos um trecho por trilha antiga pelo vale no sentido leste; até que demos uma guinada para o sul/sudeste, agora percorrendo um trecho sem trilha definida.
Logo percebemos o erro; retornamos e retomamos a trilha da direita, que é a correta (Atualização Jan 2018: esse trecho foi manejado e não se passa mais por ele).
Cruzamos uma cerca e descemos um mergulho; cujo terreno estava um pouco úmido. Continuamos a subir pela mesma trilha que leva ao Pico da Lapinha.
Logo acima, no grande e descampado vale, deixamos para trás o Pico da Lapinha. Devido ao adiantado da hora tomamos a decisão de não atacar o Pico da Lapinha.
Isto porque o nosso maior objetivo era o Pico do Breu, que àquela altura ainda estava bem distante. Então, trilha adiante e o sol indo embora...
Este trecho é formado por vegetação de campos rupestres, salpicado por afloramentos rochosos e com trilhas um pouco confusas. Percorremos um trecho por trilha antiga pelo vale no sentido leste; até que demos uma guinada para o sul/sudeste, agora percorrendo um trecho sem trilha definida.
Entardecer na Serra da Lapinha |
Aproximava das 17 horas quando caímos na real de que não conseguiríamos chegar com luz ao Pico do Breu.
Isto porque o cansaço era geral e a distância ainda a percorrer era significativa. Pra complicar o GPS de um amigo aonde estava nosso trajeto elaborado simplesmente parou de funcionar...
Nosso amigo Lee também estava com uma rota no seu GPS. Entretanto, logo percebi que era diferente da que iríamos utilizar. Enquanto a rota que havia planejado seguia em direção à crista, e por isto mais curta; a outra mandava contornar a crista!
Isto porque o cansaço era geral e a distância ainda a percorrer era significativa. Pra complicar o GPS de um amigo aonde estava nosso trajeto elaborado simplesmente parou de funcionar...
Nosso amigo Lee também estava com uma rota no seu GPS. Entretanto, logo percebi que era diferente da que iríamos utilizar. Enquanto a rota que havia planejado seguia em direção à crista, e por isto mais curta; a outra mandava contornar a crista!
Por do sol sob o Pico da Lapinha |
Mas àquela altura o problema com a navegação era o menor, pois poderia-se navegar no visual! Naquele momento a urgência era encontrar um local para armar acampamento; pois a noite chegava rapidamente.
Como estávamos margeando a crista pelo vale, a chance de um lugar assentado era maior; apesar do terreno pedregoso.
Logo à frente alguns amigos localizaram um ótimo ponto, completamente plano, aos pés de um morrote secundário. Era lá mesmo que passaríamos a noite. Pico do Breu só no outro dia! Então, às 18h30 e sob lanternas montamos nossas sete barracas!
Como estávamos margeando a crista pelo vale, a chance de um lugar assentado era maior; apesar do terreno pedregoso.
Logo à frente alguns amigos localizaram um ótimo ponto, completamente plano, aos pés de um morrote secundário. Era lá mesmo que passaríamos a noite. Pico do Breu só no outro dia! Então, às 18h30 e sob lanternas montamos nossas sete barracas!
Apesar do cansaço foi uma noite maravilhosa. Preparamos nossa janta e ficamos jogando conversa fora! A temperatura caiu, mas nada muito frio.
Como não atingimos o Breu tivemos que refazer nosso planejamento. Decidimos que sairíamos bem cedo do acampamento, no máximo às seis da manhã para tirarmos o atraso e cumprirmos o plano inicial.
Logo já sabíamos que o dia seguinte seria puxado! Então após um vinho pra comemorar, por volta das 22 horas todos já dormiam o sono dos justos. Noite perfeita!
Como não atingimos o Breu tivemos que refazer nosso planejamento. Decidimos que sairíamos bem cedo do acampamento, no máximo às seis da manhã para tirarmos o atraso e cumprirmos o plano inicial.
Logo já sabíamos que o dia seguinte seria puxado! Então após um vinho pra comemorar, por volta das 22 horas todos já dormiam o sono dos justos. Noite perfeita!
Relato Dia 2
Amanhecer nebular no acampamento no alto da serra |
Em torno das 5h00 do dia 8 de setembro caímos fora das barracas. Qual a surpresa e a neblina tomava conta de tudo ao redor. Era tão densa que não se via nada além duns 20 metros.
Tomamos café, desmontamos acampamento e às seis da manhã deixamos o local. A única opção que tivemos foi seguir a marcação, já que era impossível navegação visual devido à densa neblina no alto da sera.
Fomos então margeando o lado oeste da crista, sem trilha definida. O trecho foi exigente, com alguns degraus e passagens mais complicadas.
De vez em quando tínhamos algumas aberturas, o que compensava a dificuldade da navegação. Até que chegamos ao final da base da crista. Segundo a marcação que seguíamos, nesse ponto deveríamos quebrar 90 graus à leste para atingir o Pico do Breu.
Passamos por um trecho mais exposto, com algumas lajes sobrepostas e abaixo um grande precipício. Vencemos o trecho e saímos em um grande platô. A neblina tomava conta de tudo e nada se via. Fizemos então uma conferência.
Tomamos café, desmontamos acampamento e às seis da manhã deixamos o local. A única opção que tivemos foi seguir a marcação, já que era impossível navegação visual devido à densa neblina no alto da sera.
Fomos então margeando o lado oeste da crista, sem trilha definida. O trecho foi exigente, com alguns degraus e passagens mais complicadas.
De vez em quando tínhamos algumas aberturas, o que compensava a dificuldade da navegação. Até que chegamos ao final da base da crista. Segundo a marcação que seguíamos, nesse ponto deveríamos quebrar 90 graus à leste para atingir o Pico do Breu.
Passamos por um trecho mais exposto, com algumas lajes sobrepostas e abaixo um grande precipício. Vencemos o trecho e saímos em um grande platô. A neblina tomava conta de tudo e nada se via. Fizemos então uma conferência.
Trecho de passagem pelas rochas onde giramos à leste |
Diante da ausência de visibilidade devido à neblina e perante o objetivo do dia, compensaria subir o Pico do Breu ou abandonar essa opção; tomando o rumo da apagada trilha que o contorna ao Sul; e que seguia um pouco abaixo de onde estávamos?
Acertadamente venceu a opção pela cumeada do Pico do Breu; uma vez que àquela altura, as distâncias seriam praticamente as mesmas.
Assim, tomamos rumo leste num descampado rumo ao Pico do Breu. Atravessamos uma velha cerca de arame, seguimos por um trecho sem trilha definida, mas de fácil caminhada e logo adiante chegamos aos pés do Pico do Breu.
Passamos a examiná-lo e como nem tudo que reluz é ouro, constatamos que a sua subida não seria tão simples. Além disso, a neblina não permitia ver muita coisa além de uns 20 metros acima!
Acertadamente venceu a opção pela cumeada do Pico do Breu; uma vez que àquela altura, as distâncias seriam praticamente as mesmas.
Assim, tomamos rumo leste num descampado rumo ao Pico do Breu. Atravessamos uma velha cerca de arame, seguimos por um trecho sem trilha definida, mas de fácil caminhada e logo adiante chegamos aos pés do Pico do Breu.
Passamos a examiná-lo e como nem tudo que reluz é ouro, constatamos que a sua subida não seria tão simples. Além disso, a neblina não permitia ver muita coisa além de uns 20 metros acima!
Trecho da subida íngreme do Pico do Breu - Foto: Thiago Silva |
Tratava da face norte/noroeste do Pico do Breu, um trecho mais vertical, com rochas irregulares e forte inclinação. Isto exigiria uma 'escalaminhadinha' básica.
Se fosse só isso não seria nada; uma vez que examinando o trecho, era possível observar que não necessitava de nenhum equipamento técnico para subi-lo.
Entretanto estávamos com um grupo grande. E haviam pessoas que estavam realizando uma pernada mais longa pela primeira vez...
Se fosse só isso não seria nada; uma vez que examinando o trecho, era possível observar que não necessitava de nenhum equipamento técnico para subi-lo.
Entretanto estávamos com um grupo grande. E haviam pessoas que estavam realizando uma pernada mais longa pela primeira vez...
Definida a subida, permaneci na base do Breu com o intuito de auxiliar nalguma necessidade. Enquanto isso, alguns foram explorar a face do Breu, para definir qual seria a melhor passagem (Atualização Jan 2018: Agora o trecho já se encontra definido com as melhores passagens)
Após alguns minutos escolheu-se o melhor caminho. Em fila indiana um a um foi subindo. Finalmente e com facilidade também subi, apenas com cuidado redobrado para se evitar acidentes. Estava um pouco preocupado com os novatos. Mas deu tudo certo, graças a Deus!
Após alguns minutos escolheu-se o melhor caminho. Em fila indiana um a um foi subindo. Finalmente e com facilidade também subi, apenas com cuidado redobrado para se evitar acidentes. Estava um pouco preocupado com os novatos. Mas deu tudo certo, graças a Deus!
Topo do Pico do Breu |
Poucos passos após a escalaminhada e chegamos ao cume do Breu por volta de 8h00. A densa neblina havia plantado a imagem de que esse trecho seria muito mais difícil do que realmente foi.
Corremos rápido para o totem do cume. Felicidade total, enfim, objetivo atingido. Mas infelizmente a neblina continuava firme e forte, modos que o visual foi comprometido totalmente.
Apenas algumas aberturas rápidas que não permitiram ver muito coisa. Estava muito frio e ventava bastante. Também não era pra menos, estávamos a aproximadamente 1.650m de altitude e em local totalmente exposto!
Corremos rápido para o totem do cume. Felicidade total, enfim, objetivo atingido. Mas infelizmente a neblina continuava firme e forte, modos que o visual foi comprometido totalmente.
Apenas algumas aberturas rápidas que não permitiram ver muito coisa. Estava muito frio e ventava bastante. Também não era pra menos, estávamos a aproximadamente 1.650m de altitude e em local totalmente exposto!
O cume do Pico do Breu é abaulado, com inclinações para os quadrantes. A vegetação é rasteira. E apesar da existência de algumas rochas, estas são pequenas, tornando a área exposta. Também não há fontes de água por perto!
Por esses motivos não é ponto recomendável para acampamento. Porém, para quem não se importa com vento, está abastecido de água e possui equipamento adequado é perfeitamente possível acampar por lá, sendo uma experiência incrível!
Por esses motivos não é ponto recomendável para acampamento. Porém, para quem não se importa com vento, está abastecido de água e possui equipamento adequado é perfeitamente possível acampar por lá, sendo uma experiência incrível!
Visual sul com o Vale do Parauninha e a Prainha |
Permanecemos por pouco tempo no cume, uma vez que não tínhamos visual. Nos dirigimos para o lado mais ao sul do Pico do Breu para iniciarmos a descida. Não há trilha definida para a descida: é no visual mesmo!
Iniciada a descida, a neblina começou a dissipar. Só aí foi possível ver o vale do Rio Parauninha e a famosa Prainha um pouco mais ao Sul; além da região da casa da D. Ana Benta, bem como o longo declive que teríamos a vencer.
A hora voava! Então decidimos então que não iríamos nem à Prainha, nem à D. Ana Benta. Estávamos apertados com o horário. Tomaríamos então a trilha-atalho logo após o Parauninha para ganhar tempo.
Iniciada a descida, a neblina começou a dissipar. Só aí foi possível ver o vale do Rio Parauninha e a famosa Prainha um pouco mais ao Sul; além da região da casa da D. Ana Benta, bem como o longo declive que teríamos a vencer.
A hora voava! Então decidimos então que não iríamos nem à Prainha, nem à D. Ana Benta. Estávamos apertados com o horário. Tomaríamos então a trilha-atalho logo após o Parauninha para ganhar tempo.
Pico do Breu após a descida: exigente |
A descida do Pico do Breu foi exigente. Não que haja trechos expostos ou perigosos. Ocorre que o desnível de cerca de 400 metros em pouco mais de 1 km é tenso. Além disso não havia uma rota marcada.
Vencida a descida do Breu fizemos uma paradinha. Fui então até o Rio Parauninha verificar o ponto de passagem para cortar caminho. Como estava ok, acenei positivamente. Em instantes cruzamos uma cerca velha e chegamos todos ao riacho.
Fizemos uma parada para descanso. Aproveitamos para nos banhar nas águas claras do Parauninha. Em dado momento, uma cobra que parecia ser uma jararaca veio nos visitar, descendo mansamente na flor d’água no rego que desaguava no Parauninha. Foi um susto, mas logo a espantamos. Permanecemos nos refrescando do intenso calor por uma meia hora.
Vencida a descida do Breu fizemos uma paradinha. Fui então até o Rio Parauninha verificar o ponto de passagem para cortar caminho. Como estava ok, acenei positivamente. Em instantes cruzamos uma cerca velha e chegamos todos ao riacho.
Fizemos uma parada para descanso. Aproveitamos para nos banhar nas águas claras do Parauninha. Em dado momento, uma cobra que parecia ser uma jararaca veio nos visitar, descendo mansamente na flor d’água no rego que desaguava no Parauninha. Foi um susto, mas logo a espantamos. Permanecemos nos refrescando do intenso calor por uma meia hora.
Pico do Breu visto desde as imediações da trilha para Ana Benta A neblina já tinha se dissipado... |
Reiniciamos a caminhada. Ignoramos a trilha batida que segue margeando o riacho no sentido Sul.
Tomamos a discreta trilha que segue no sentido Oeste pasto acima. Ao final do suave aclive cruzamos uma cerca de arame e entramos na trilha da Rota Tradicional da Travessia; próximo à bifurcação da D. Ana Benta.
Seguimos à esquerda, passamos em frente a um curral e cruzamos uma porteira que estava trancada com cadeado. Pouco adiante, próximo a uma matinha, à sombra, paramos para comer alguma coisa. A parada foi longa, por mais de meia hora.
Após o merecido descanso, atravessamos o leito de um rego d'água, com uma grande erosão. Metros adiante, captamos água. Nesse momento, ao apoiar-me nas pedras, acabei por desequilibrar-me e pisei no rego d'água, molhando minha bota esquerda. Mas foi bom, refrescou o calor!
Tomamos a discreta trilha que segue no sentido Oeste pasto acima. Ao final do suave aclive cruzamos uma cerca de arame e entramos na trilha da Rota Tradicional da Travessia; próximo à bifurcação da D. Ana Benta.
Seguimos à esquerda, passamos em frente a um curral e cruzamos uma porteira que estava trancada com cadeado. Pouco adiante, próximo a uma matinha, à sombra, paramos para comer alguma coisa. A parada foi longa, por mais de meia hora.
Após o merecido descanso, atravessamos o leito de um rego d'água, com uma grande erosão. Metros adiante, captamos água. Nesse momento, ao apoiar-me nas pedras, acabei por desequilibrar-me e pisei no rego d'água, molhando minha bota esquerda. Mas foi bom, refrescou o calor!
Vista do Pico do Breu desde a região da Cascalheira |
Após o incidente, seguimos trilha adiante, distanciando cada vez mais do Breu. Paisagem linda, linda, linda!!!
Nesse trecho nosso grande grupo de dividiu. Enquanto uma parte seguiu um pouco mais apressada, o outro grupo, inclusive eu, ficou um pouco para trás.
Fizemos uma parada, pois um dos nossos começou a sentir fortes cãibras. Minutos depois, retomamos a caminhada pela Cascalheira. Subida forte, erosões profundas e cascalho.
Novamente nosso amigo voltou a sentir cãibras, modos que ofereci a única ajuda que poderia: carregar a sua cargueira. Ele agradeceu e retomou a caminhada. Alguns metros adiante ainda na subida as cãibras continuavam...
Então segui com sua cargueira. Outro amigo também auxiliou no transporte e assim fomos revezando, vencendo o trecho da subida; chegando na porteira divisória do PE da Serra do Intendente.
Nesse trecho nosso grande grupo de dividiu. Enquanto uma parte seguiu um pouco mais apressada, o outro grupo, inclusive eu, ficou um pouco para trás.
Fizemos uma parada, pois um dos nossos começou a sentir fortes cãibras. Minutos depois, retomamos a caminhada pela Cascalheira. Subida forte, erosões profundas e cascalho.
Novamente nosso amigo voltou a sentir cãibras, modos que ofereci a única ajuda que poderia: carregar a sua cargueira. Ele agradeceu e retomou a caminhada. Alguns metros adiante ainda na subida as cãibras continuavam...
Então segui com sua cargueira. Outro amigo também auxiliou no transporte e assim fomos revezando, vencendo o trecho da subida; chegando na porteira divisória do PE da Serra do Intendente.
Tomamos à direita, pois à esquerda-Norte segue sentido Transamante e Cachoeira do Bicame. Há ao longe um cruzeiro, à esquerda, visto ao longo da trilha que orienta bem esse trecho.
Adentrávamos em terras do PE do Intendente. A partir de então e até a Dona Maria findaram grandes subidas e descidas.
A trilha é ótima, bem marcada e com suaves aclives e declives. Adiante, cruzamos um dos afluentes do Ribeirão do campo. Nova parada para breve descanso. Uns 15 minutos e retomamos a pernada.
Seguimos agora pela margem esquerda do riacho, que estava com pouco volume d’água. As cargueiras extras que carregávamos foram devolvidas aos seus donos, pois eles já estavam 100%.
Adentrávamos em terras do PE do Intendente. A partir de então e até a Dona Maria findaram grandes subidas e descidas.
A trilha é ótima, bem marcada e com suaves aclives e declives. Adiante, cruzamos um dos afluentes do Ribeirão do campo. Nova parada para breve descanso. Uns 15 minutos e retomamos a pernada.
Seguimos agora pela margem esquerda do riacho, que estava com pouco volume d’água. As cargueiras extras que carregávamos foram devolvidas aos seus donos, pois eles já estavam 100%.
Aproximando da casa da Dona Maria |
A trilha foi se aproximando de uma mata mais densa. Defronte a mata cruzamos um brejinho. Em suave aclive tomamos a esquerda na discreta bifurcação adiante; pois à direita leva para a casa do Seu Chico.
A trilha percorre um aclive. Imediatamente entra em declive por entre afloramentos e lajeados. Em passos largos aproximamos de uma porteira, na boca de uma capoeira.
Cruzamos a porteira e após um rego d'água. Ainda na capoeira chegamos até uma pinguela. Trata-se do aproveitamento de uma árvore tombada para cruzar uma fenda com água.
Cruzamos a fenda através da pinguela e seguimos pela trilha estabilizada, margeando outro pequeno afluente do ribeirão do Campo. Mais um suave aclive e ao despontarmos já foi possível avistar a cerca de 1 km a casa da D. Maria. Percorremos o trecho em suave declive, cruzamos um rego d’água e pronto; chegamos à D. Maria por volta de 15h30.
A trilha percorre um aclive. Imediatamente entra em declive por entre afloramentos e lajeados. Em passos largos aproximamos de uma porteira, na boca de uma capoeira.
Cruzamos a porteira e após um rego d'água. Ainda na capoeira chegamos até uma pinguela. Trata-se do aproveitamento de uma árvore tombada para cruzar uma fenda com água.
Cruzamos a fenda através da pinguela e seguimos pela trilha estabilizada, margeando outro pequeno afluente do ribeirão do Campo. Mais um suave aclive e ao despontarmos já foi possível avistar a cerca de 1 km a casa da D. Maria. Percorremos o trecho em suave declive, cruzamos um rego d’água e pronto; chegamos à D. Maria por volta de 15h30.
Parecia que havia festa na casa da D. Maria. Havia umas 60 pessoas no terreiro da casa. Naturalmente havia barracas aos montes e por todos os lados. Na área de acampamento abaixo da casa e à esquerda da trilha da Cachoeira do Tabuleiro eu contei umas 40 barracas. As melhores posições de acampamento já estavam ocupadas.
Tomamos então duas decisões: a primeira que acamparíamos por lá, porque parte do grupo estava bastante cansado. Na verdade, todos nós estávamos um bagaço, fruto do calorão que fizera naquele dia! A outra decisão foi a de se dirigir à parte alta da Cachoeira do Tabuleiro antes que o sangue esfriasse.
Também tivemos a informação de que, dada à quantidade de gente no lugar não poderíamos deliciar com a janta da D. Maria. Mas isso não seria problema, nossas dispensas estavam abastecidas! Mais tarde porém soube que alguns sortudos do nosso grupo conseguiu saborear a janta da D. Maria...
Também tivemos a informação de que, dada à quantidade de gente no lugar não poderíamos deliciar com a janta da D. Maria. Mas isso não seria problema, nossas dispensas estavam abastecidas! Mais tarde porém soube que alguns sortudos do nosso grupo conseguiu saborear a janta da D. Maria...
Escolhemos a nossa área para acampamento um pouco acima da casa, à esquerda, próximo a um poste (Sim, na casa da D. Maria há energia elétrica). Nós que iríamos à parte alta nem montamos nossas barracas, apenas deixamos as tralhas no local para demarcação de espaço. Outros três amigos que estavam conosco permaneceram no acampamento.
Tomamos a trilha para a parte alta do Tabuleiro saindo à esquerda da casa da D. Maria. Na bifurcação logo abaixo, seguimos à direita, numa subida leve. A trilha é marcada e não tem erro. Segue tranquila, com algumas subidas e leves descidas.
Após pouco mais de 1 hora de caminhada é possível ver o cânion por onde desce o Ribeirão do Campo lá embaixo. E para atingi-lo há uma descida de tirar o fôlego, um teste para os joelhos. É um trecho da trilha repleta de cascalho e degraus.
Tomamos a trilha para a parte alta do Tabuleiro saindo à esquerda da casa da D. Maria. Na bifurcação logo abaixo, seguimos à direita, numa subida leve. A trilha é marcada e não tem erro. Segue tranquila, com algumas subidas e leves descidas.
Após pouco mais de 1 hora de caminhada é possível ver o cânion por onde desce o Ribeirão do Campo lá embaixo. E para atingi-lo há uma descida de tirar o fôlego, um teste para os joelhos. É um trecho da trilha repleta de cascalho e degraus.
Uma das várias quedas no interior do Cânion da parte superior |
No trajeto para a parte alta, o grupo acabou se dividindo em três. Os primeiros apressaram o passo para chegar à parte alta, já que a área é evacuada por volta de 17 horas.
Um grupo mais lento ficou para trás. Permaneci no grupo intermediário, seguindo o meu ritmo, nem acelerado, nem devagar.
Assim, por volta de 17h15 chegamos à margem do Ribeirão do Campo, no local de acesso ao cânion e à parte alta da Cachoeira do Tabuleiro.
Para nossa surpresa, lá estava um guarda parque, que logo nos avisou que a área não mais poderia ser acessada aquela tarde.
Explicamos que estávamos em grupo, vindo desde o Pico do Breu naquele dia; e que parte já havia adentrado ao cânion. Simpaticamente ele permitiu nossa entrada e até nos acompanhou à garganta da Cachoeira do Tabuleiro, aonde chegamos 10 minutos depois.
Um grupo mais lento ficou para trás. Permaneci no grupo intermediário, seguindo o meu ritmo, nem acelerado, nem devagar.
Assim, por volta de 17h15 chegamos à margem do Ribeirão do Campo, no local de acesso ao cânion e à parte alta da Cachoeira do Tabuleiro.
Para nossa surpresa, lá estava um guarda parque, que logo nos avisou que a área não mais poderia ser acessada aquela tarde.
Explicamos que estávamos em grupo, vindo desde o Pico do Breu naquele dia; e que parte já havia adentrado ao cânion. Simpaticamente ele permitiu nossa entrada e até nos acompanhou à garganta da Cachoeira do Tabuleiro, aonde chegamos 10 minutos depois.
Garganta da Cachoeira do Tabuleiro |
A garganta é precedida de um poço propício a um mergulho. Lucas e Mateus aproveitaram bem! Aliás, por todo o cânion há poços semelhantes, porém não entrei em nenhum deles! Ao chegar à garganta, sem palavras. É impressionante!
Queda - Foto: Valéria Alberto |
Desde a garganta da Tabuleiro foi possível observar toda a trilha de acesso à parte baixa da Cachoeira do Tabuleiro, que nos esperava no dia seguinte; bem como os paredões de tons avermelhados à direita e à esquerda da queda d’água.
O conjunto impõe respeito! Apesar do frio na barriga, impossível não dar aquela olhadinha básica na queda d'água grudada à rocha!
Como já estava escurecendo, voltei logo cânion acima, enquanto o restante do grupo ficou navegando por lá, inclusive aqueles que chegaram mais tarde! Infelizmente o tempo foi curto para tanta beleza...
O conjunto impõe respeito! Apesar do frio na barriga, impossível não dar aquela olhadinha básica na queda d'água grudada à rocha!
Como já estava escurecendo, voltei logo cânion acima, enquanto o restante do grupo ficou navegando por lá, inclusive aqueles que chegaram mais tarde! Infelizmente o tempo foi curto para tanta beleza...
Por volta de 18h30 retomamos a trilha de volta à casa da D. Maria, que é o mesmo caminho da ida. Já na subida inicial a noie foi caindo. Completamos já no escuro, utilizando as lanternas.
Chegamos ao acampamento por volta de 20h30; quando constatei que o Lee gentilmente havia montado a minha barraca. Assim foi só preparar a nossa janta; estava morto de fome.
Alguns foram encarar o chuveiro gelado ao lado da casa da D. Maria e tomaram banho. Algumas “trekeiras” foram mais sortudas e ficaram na fila do banho quente dentro de casa.
Somente após jantar fui ao chuveiro gelado ao lado do terreiro da Dona Maria. A intenção era um banho completo, mas o vai-vem de lanternas ao lado me desencorajou... Então rolou um banho de gato. Rapidamente voltei para o acampamento e mergulhei na barraca...
Chegamos ao acampamento por volta de 20h30; quando constatei que o Lee gentilmente havia montado a minha barraca. Assim foi só preparar a nossa janta; estava morto de fome.
Alguns foram encarar o chuveiro gelado ao lado da casa da D. Maria e tomaram banho. Algumas “trekeiras” foram mais sortudas e ficaram na fila do banho quente dentro de casa.
Somente após jantar fui ao chuveiro gelado ao lado do terreiro da Dona Maria. A intenção era um banho completo, mas o vai-vem de lanternas ao lado me desencorajou... Então rolou um banho de gato. Rapidamente voltei para o acampamento e mergulhei na barraca...
Relato Dia 3
Nascer do sol na Dona Maria |
Curiosamente naquela noite não dormi bem. Talvez porque havia jantado pouco, estava bastante cansado e além de tudo, tinha tomado banho de gato. Além disso, a barraca estava em um ponto inclinado!
Acordei à noite várias vezes e nem acreditei quando chegou quatro horas da manhã. Caí fora da barraca, fiquei fazendo hora e fui premiado com o lindo nascer do sol por volta das 05h00.
Estava tão lindo que acabei acordando praticamente todo mundo para contemplar essa hora tão abençoada.
Acordei à noite várias vezes e nem acreditei quando chegou quatro horas da manhã. Caí fora da barraca, fiquei fazendo hora e fui premiado com o lindo nascer do sol por volta das 05h00.
Estava tão lindo que acabei acordando praticamente todo mundo para contemplar essa hora tão abençoada.
Como havia jantado pouco, não fiz de rogado e preparei um tremendo almoço no café da manhã. Café da manhã no papo, por volta de 8h30 deixamos a casa da D. Maria sentido portaria do PMT e parte baixa da Cachoeira do Tabuleiro.
A trilha é uma longa descida, porém sem dificuldades, pois é marcada, mais parecendo uma avenida. De um jeito ou de outro acabará saindo na portaria do Parque Municipal do Ribeirão do Campo, onde fica a Cachoeira do Tabuleiro.
A trilha é uma longa descida, porém sem dificuldades, pois é marcada, mais parecendo uma avenida. De um jeito ou de outro acabará saindo na portaria do Parque Municipal do Ribeirão do Campo, onde fica a Cachoeira do Tabuleiro.
Depois de pouco mais de 1 hora de caminhada serra abaixo, começamos a nos aproximar do Mirante da Tabuleiro. Ao atingir o Mirante, a belíssima Cachoeira do Tabuleiro mostrando todos os seus 273 metros de queda d’água impressionava. Imagem definitivamente marcante!
Parada para fotos e contemplação! Após, dirigimos sem pressa para a portaria do Parque Muncipal do Ribeirão do Campo (Atual Parque Municipal do Tabuleiro). Trecho em suave declive, em pouco mais de 15 minutos botamos os pés na Portaria.
Chegando na parte inferior da Cachoeira do Tabuleiro |
Trâmites burocráticos, pagamos o acesso e seguimos até o Centro de Visitantes. Fomos recebidos gentilmente por uma simpática funcionária. Ela permitiu que deixássemos nossas cargueiras em um cômodo da sede.
Assim, de modo leve nos dirigimos à parte baixa da Cachoeira do Tabuleiro. A trilha segue sinalizada, marcada e bem batida. Alguns lances requer atenção, pois a descida é íngreme e há degraus encravados na rocha.
Em pouco tempo chegamos à margem esquerda do Ribeirão do Campo. A partir dali seguimos através de um intenso trepa e pula pedras para alcançarmos o poço da Cachoeira do Tabuleiro.
Assim, de modo leve nos dirigimos à parte baixa da Cachoeira do Tabuleiro. A trilha segue sinalizada, marcada e bem batida. Alguns lances requer atenção, pois a descida é íngreme e há degraus encravados na rocha.
Em pouco tempo chegamos à margem esquerda do Ribeirão do Campo. A partir dali seguimos através de um intenso trepa e pula pedras para alcançarmos o poço da Cachoeira do Tabuleiro.
Parcial do Poção da Tabuleiro |
O poço da Tabuleiro é imenso; algo proporcional à sua queda livre. Dali do poção, a queda d’água impressiona; mesmo estando com pouca água. Aliás, a queda se perdia ao vento, algo parecido a um balé...
Já os paredões são majestosos e confesso que me impressionam mais que a queda d’água em si!
Já os paredões são majestosos e confesso que me impressionam mais que a queda d’água em si!
Permanecemos no poção até próximo às 15h00, quando através da mesma trilha da ida iniciamos o retorno para a portaria.
Foi um retorno cansativo. Cada um imprimindo o seu ritmo; afinal o sol castigava naquele fim de tarde! Por volta de 16h00 chegávamos de volta à Portaria.
Foi um retorno cansativo. Cada um imprimindo o seu ritmo; afinal o sol castigava naquele fim de tarde! Por volta de 16h00 chegávamos de volta à Portaria.
Conferidas as cargueiras e estando tudo ok iniciamos a saga atrás de transporte para o Tabuleiro, Conceição do Mato Dentro ou BH. Não cogitamos ir finalizar a Travessia no arraial do Tabuleiro por vários motivos. Alguns tinham horários marcados para viagens em BH; outros compromissos profissionais; além disso, o cansaço era geral.
Após várias tentativas, conseguimos uma Kombi e mais dois táxi em Conceição do Mato Dentro, que foram nos resgatar lá na portaria do Parque.
Após várias tentativas, conseguimos uma Kombi e mais dois táxi em Conceição do Mato Dentro, que foram nos resgatar lá na portaria do Parque.
Guarita no Parque Municipal do Ribeirão do Campo |
Esperamos os resgates por cerca de 1 hora. Tempo suficiente para descanso, muita prosa e para presenciar o belo pôr do sol desde a Portaria.
Quando a Kombi chegou embarquei nessa leva. Logo descobrimos que o dono do veículo era de BH. Então viríamos direto da Portaria do Parque para BH. Quanta sorte!
No trajeto ente a portaria e o Distrito encontramos com os táxi que iriam à portaria resgatar o restante do grupo.
Os mesmos foram até a Portaria, resgataram os amigos e nos ultrapassaram na estrada, já de volta, ainda no arraial do Tabuleiro. Estavam a mil por hora!
Quando a Kombi chegou embarquei nessa leva. Logo descobrimos que o dono do veículo era de BH. Então viríamos direto da Portaria do Parque para BH. Quanta sorte!
No trajeto ente a portaria e o Distrito encontramos com os táxi que iriam à portaria resgatar o restante do grupo.
Os mesmos foram até a Portaria, resgataram os amigos e nos ultrapassaram na estrada, já de volta, ainda no arraial do Tabuleiro. Estavam a mil por hora!
"Nóis" |
Aquela kombi lenta custou a chegar em Conceição. Ao passar pela rodoviária da cidade encontramos com aqueles que haviam vindo de táxi.
Infelizmente não haviam conseguido passagem de imediato para BH. Soube depois que uns conseguiram carona e outros embarcaram em um ônibus extra que a Viação Serro disponibilizou.
Já o nosso retorno foi tranquilo, porém lento. Pra variar enfrentamos novo congestionamento na região de Lagoa Santa. Somente por volta de 22h00 desembarquei na região da Pampulha. Estava morto de cansado, mas feliz! A todos da pernada só posso dizer: Obrigado pela companhia e paciência!
Infelizmente não haviam conseguido passagem de imediato para BH. Soube depois que uns conseguiram carona e outros embarcaram em um ônibus extra que a Viação Serro disponibilizou.
Já o nosso retorno foi tranquilo, porém lento. Pra variar enfrentamos novo congestionamento na região de Lagoa Santa. Somente por volta de 22h00 desembarquei na região da Pampulha. Estava morto de cansado, mas feliz! A todos da pernada só posso dizer: Obrigado pela companhia e paciência!
a Travessia Lapinha a Tabuleiro tem início no arraial de Lapinha da Serra, no município de Santana do Riacho e estende-se até o arraial do Tabuleiro, município de Conceição do Mato Dentro. Cruza o Espinhaço no sentido Oeste-Leste na região Central de Minas Gerais.
O relevo da região é movimentado, típico do Espinhaço e com muitos afloramentos rochosos. A vegetação predominante são os campos rupestres. Apresenta duas estações climáticas bem distintas; sendo comum um frio de montanha no período do inverno; bem como a presença de neblina.
O relevo da região é movimentado, típico do Espinhaço e com muitos afloramentos rochosos. A vegetação predominante são os campos rupestres. Apresenta duas estações climáticas bem distintas; sendo comum um frio de montanha no período do inverno; bem como a presença de neblina.
Embora apresente outras variáveis, há basicamente dois trajetos principais para a realização dessa Travessia: via Picos da Lapinha e do Breu, que é um pouco mais exigente; ou contornando os Picos da Lapinha e do Breu, que é mais simples e acessível. Em ambos os trajetos é tradição pernoitar a primeira noite na casa da D. Ana Benta e a segunda noite na casa da D. Maria, que inclusive, servem jantares aos caminhantes.
Dependendo do trajeto escolhido, as atrações podem variar, mas a parte final é sempre passando pela Cachoeira do Tabuleiro. Igualmente pode variar a quilometragem, mas normalmente fica entre 35 e 45 km, dependendo do trajeto escolhido.
Muito embora haja trechos da Travessia com trilhas paralelas e algumas bifurcações, tendo o aventureiro bom conhecimento quanto à orientação/navegação, caminhar pela região torna-se bastante fácil e simples. É sem dúvida uma das mais tradicionais Travessias do Brasil.
Distâncias aproximadas
BH a Santana do Riacho: 120 km
Santana do Riacho a Lapinha: 12 km estrada de chão
Tabuleiro a Conceição do Mato Dentro: 20 km estrada de chão
Conceição do Mato Dentro a BH: 168 km
Cidade referência: Belo Horizonte
Como chegar e voltar - De carro
Cidade referência: Belo Horizonte
► Atentar que a Travessia tem início e final em locais distintos e distantes. Portanto, programe sua logística in/out boca da trilha.
Considerações finais
► O tempo ideal de realização da Travessia Lapinha a Tabuleiro Via Pico do Breu visando curtir intensamente trajeto e atrativos são 3 dias. Em realizações em 2 dias exigirá caminhada mais intensa.
Ida: Viação Saritur até Santana do Riacho → Táxi ou à pé até Lapinha
Volta: Táxi ou à pé da Portaria do Parque Municipal do Tabuleiro até Conceição do Mato Dentro → Viação Serro até BH
► Para horários e frequências, consulte as empresas de ônibus.
► Não há linha de ônibus entre Santana do Riacho e Lapinha.
► Há linha rural de ônibus entre Tabuleiro e Conceição do Mato Dentro, porém com circulação restrita.
► Não há linha de ônibus entre Santana do Riacho e Lapinha.
► Há linha rural de ônibus entre Tabuleiro e Conceição do Mato Dentro, porém com circulação restrita.
Cidade referência: Belo Horizonte
Ida: Rodovia MG 10 até Distrito da Serra do Cipó → Acesso asfaltado até Santana do Riacho → Estrada de Terra até Lapinha
Volta: Estrada de Terra até Conceição do Mato Dentro → Rodovia MG 10 até Belo Horizonte
► Atentar que a Travessia tem início e final em locais distintos e distantes. Portanto, programe sua logística in/out boca da trilha.
► O tempo ideal de realização da Travessia Lapinha a Tabuleiro Via Pico do Breu visando curtir intensamente trajeto e atrativos são 3 dias. Em realizações em 2 dias exigirá caminhada mais intensa.
► Ao realizar a Travessia Lapinha a Tabuleiro Via Pico do Breu, procure iniciar a caminhada no máximo por volta de 8 da manhã. Assim conseguirá com folga chegar até o Ponto de Apoio da Ana Benta (Atual Lucas, sobrinho da Ana Benta), que é o local indicado para pernoite.
► Se não tem experiência em navegação não faça sozinho a Travessia Lapinha a Tabuleiro Via Pico do Breu. É comum a presença de densa neblina no alto da serra; prejudicando a visibilidade e ocultando referências.
► Em períodos de chuva, normalmente os acessos à parte alta/baixa da Cachoeira do Tabuleiro são fechados. Também sob chuva intensa cruzar o Rio Parauninha e outros córregos pela rota pode ser complicado. Já nos períodos de seca algumas fontes pelo trajeto costumam secar.
► É cobrado o acesso à parte inferior da Cachoeira do Tabuleiro.
► Há dois pontos de pernoite pela rota: Dona Ana Benta (Atual Lucas, sobrinho da Ana Benta) e Dona Maria. São pontos básicos e há cobrança por cada pernoite. Os serviços oferecidos nesses pontos são jantar, café da manhã e banho quente, que são cobrados à parte. Banho frio é incluso no valor do pernoite.
► Não faça a Travessia afiançado exclusivamente nos jantares de D. Ana Benta (Atual Lucas, sobrinho da Ana Benta) ou de D. Maria. Procure realizar reserva antecipada; pois em trilhas imprevistos podem acontecer!
► Há ampla exposição ao sol por toda a rota. Leve protetor solar.
► Há ampla exposição ao sol por toda a rota. Leve protetor solar.
► Reserve um tempinho para visitar o arraial da Lapinha e o Distrito do Tabuleiro.
► Leve dinheiro em espécie, pois cartões de crédito/débito são raramente aceitos por lá.
► Atualização Janeiro 2014: Desde o ano de 2013 o nome do Parque aonde está inserida a Cachoeira do Tabuleiro mudou de nome, passando a se chamar Parque Natural Municipal do Tabuleiro.
► Atualização Janeiro 2015: A Dona Ana Benta faleceu em fins de 2014. Lucas, seu sobrinho continua residindo no local e oferecendo os mesmos serviços.
► Atualização Abril 2016: está sendo cobrado o acesso ao Pico da Lapinha, que é parte da rota inicial da Travessia Via Pico do Breu.
► Atualização Set 2017: Em parte esta Travessia cruza terras do Parque Estadual da Serra do Intendente. Há estudos e é possível que num futuro próximo ocorra algum tipo de regulamentação do uso dessa Travessia.
►► Leia também nosso relato da Travessia Lapinha a Tabuleiro pela Rota Tradicional, que contorna o Pico do Breu
►► Leia também nosso relato da Travessia Lapinha a Tabuleiro pela Rota Norte
►► Confira algumas Dicas Básicas de Segurança para a prática de Atividades Outdoor
►► Pratique a atividade aplicando os Princípios de Mínimo Impacto
Bons ventos!
Última Atualização: Nov 2017
cheguei a me emocionar na parte da primeira noite e o final...serio mesmo! parecia que estava vivendo tudo denovo. quero parabenizar tbem a FARC, pq esse grupo de pessoas tão especiais já nasceu com uma energia positiva, nasceu com um brilho que poucos grupos experiêntes e antigos tem!!! depois que vc postar no mochileiros, copia o link e cola como ultima mgem do topico onde começamos a cobinar oque mais tarde seria o sucesso!!!! Lapinha x Tabuleiro
ResponderExcluirObrigado James, parceiro e amigo. O objetivo de narrar os fatos é justamente esse: o de manter vivo em nossas memórias os momentos singulares que vivemos naqueles dias! Adaptarei e farei o que me pediu!
ExcluirObrigado mais uma vez e apareça sempre por aqui!
Grande abraço
Parabéns Chico, relato fiel e como o James disse emocionante. Foi um prazer acompanha-los nessa jornada e que as próximas venham logo.
ResponderExcluirP.S: faltou meu nome na lista de participantes, já estão me excluindo. rsrsrs
Rodolfo, grande Rodolfo, obrigado pelo afago! Foi muito bom estar contigo nesta trip! E outras virão, torcendo pra que você esteja liberado das suas atividades profissionais e nos dê o prazer da sua companhia!
ExcluirE peço mil desculpas, realmente acho que estou ficando velho, como pode, eu esquecer de colocar seu nome... Até porque usei algumas fotos suas!!! Correndo eu fiz logo a merecida correção (risos!). Veja quão importante é a leitura e a participação, não é mesmo? Espero sempre ter a honra da sua visita. Grande abraço Rodolfo!
Irmão, não entendi uma coisa, vc disse que acamparam na primeira noite fora dos limites das casas d D Benta e Maria, parece que dormiram nas imediações do Pico do Breu, isso é permitido?
ResponderExcluirabs,
Nilson soares
www.baiaodeideias.blogspot.com
Olá Nilson,
ExcluirAntes de tudo obrigado pela visita.
Legalmente, a única área não permitida para acampamento em toda a travessia Lapinha Tabuleiro seria no trecho final próximo à Cachoeira do Tabuleiro, partes alta e baixa, porque lá é o Parque Municipal de Ribeirão do Campo, havendo inclusive vigilância.
Quanto aos outros trechos, muito embora já tenha ouvido relato de que há vigia particular que vistoria eventual acampamento fora das casas da D. Ana Benta ou da D. Maria, desconheço qualquer proibição oficial nesse sentido. A não ser que algum proprietário, que eventualmente possa estar pelo local e venha fazer alguma proibição pontual. Mas sinceramente duvido que alguém faria vistoria na trilha pelo Pico do Breu. Pra você ter uma ideia, creio que menos de 10% dos aventureiros que visitam a região passam pelo Pico do Breu, pois essa trilha é bem mais trabalhosa que a tradicional, que apenas o contorna.
Assim, se visitar a região e quiser acampar nas imediações do Breu, lhe afirmo que é uma experiência incrível!!!
Na oportunidade parabenizo-o pelo seu trabalho e Blog, que visitei: maravilhosos!
Grande abraço Nilson
Relato ímpar! :) Valeu por postar um post tão detalhado. Farei essa travessia em maio e suas dicas vão me ajudar bastante. Parabéns pelo blog e pelo grupo formado.
ResponderExcluirAbs
Também gosto de escrever, de desabafar, sobre essas experiências na natureza, mas falo um pouco mais sobre equipamentos, sobrevivência e bushcraft. Um abraço
hptt:\\mulheresnamata.blogspot.com
Olá Priscila,
ExcluirQue bom que gostou do singelo Blog, pode ter certeza,tudo aqui é feito com carinho. E o intuito é esse mesmo: servir pelo menos para despertar o desejo das pessoas em conhecer dado lugar. E no caso dessa Travessia, te digo, vale, vele muito a pena conhecer aqueles lugares. E indo, não deixe de ir à parte alta do tabuleiro, reserve tempo para isso, não irá se arrepender! Precisando de algo, estamos aí, sim?
E veja, eu quem a parabenizo pelo seu Blog, escrever sobre equipamentos não é fácil. Gostei muito mesmo! E pra aguçar, eu conheço aquela cachoeira secreta lá heim? ehehe
Grande abraço Priscila, obrigado pela visita, volte sempre ok?
rsrs, obrigada! Valeu pelas dicas, mas sobre a cachoeira eu jurei para quem me levou q não iria dizer, só falo o nome para quem tem consciência de turismo ecológico :)
ExcluirPois é Priscila,
ExcluirInfelizmente nem todos aqueles que procuram lugares junto a natureza possuem o respeito devido com a mesma, o que é lamentável, não é mesmo? Oxalá nossas crianças cresçam mais conscientizadas!
Obrigado pela visita, grande abraço, precisando estamos aí!
Ola Chico, muito obrigada pelo relato. Vc poderia, por favor, me passar os seguintes tels:
ResponderExcluir1) van de Santana do Riacho para Lapinha;
2) Camping D Benta;
3) Camping D Maria;
4) van de Tabuleiro (Parque Municipal Ribeirão do Riacho) para Conceição do Mato Dentro.
Muito obrigada!
Elisa
Olá Elisa,
ExcluirAntes de tudo, obrigado pela visita, é um prazer recebê-la, bem como o seu comentário.
Elisa, os campings de D. Ana Benta e D. Maria/Seu Zé não são como aqueles que nós estamos acostumados a encontrar por aí. Na verdade, são moradores da região, que disponibilizam espaço ao redor das suas casas para que aventureiros possam pernoitar. Assim, não possuem telefone (pelo menos que funcionam com regularidade)e a estrutura é mínima, inclusive os banheiros são os mesmos dos moradores e visitantes. Pelas últimas informações que tive, a D. Ana Benta tem ficado pouco por lá devido a problemas particulares(Ela mora bem próximo ao Pico do Breu). Já a Dona Maria, que mora já bem próximo à Cachoeira do Tabuleiro está sempre por lá. Não há necessidade de você reservar espaço, nem na D. Ana Benta; nem na D. Maria. Só tome o cuidado de levar alimentação para alguma emergência. E chegando aos locais, mesmo que ninguém esteja por lá, especialmente na D. Ana Benta, pode acampar e no final, deixe espetado em algum lugar uma lembrancinha para eles! E quanto aos preços, normalmente você paga o que achar justo; mais para uma ajuda aos simpáticos nativos!
Quanto a van é o seguinte: Em Santana do Riacho, dirija-se próximo à Matriz e procure alguém no ponto de táxi. Foi assim que chegamos até a Van que nos levou. Normalmente sempre tem alguém no desembarque do ônibus à procura de aventureiros. Já na Portaria do Parque Ribeirão do Campo, no final da Travessia, dirija-se à funcionária do Parque e peça a ela o telefone do serviço de táxi de Conceição do Mato Dentro. Foi assim que fizemos e chegamos a um motorista de uma Kombi, que não era de lá, mas sim de BH e que estava passeando na região.
Infelizmente no interior ainda não há uma rotina formalizada para contatos, especialmente em cidades pequenas, como as dessa região. Muitos motoristas nem possuem telefone!
Mas fique tranquila, pode ir para essa Travessia que não terá problemas. Vou continuar minha pesquisa, na tentativa de estabelecer um vínculo formal com alguém da região. E tendo lhe enviarei, combinado?
Grande abraço, volte sempre!
Elisa,
ExcluirEstava me esquecendo: envie-me um e-mail (franciscocardoso1974@gmail.com) para que eu possa lhe fornecer o telefone da Van em Santana do Riacho. Como trata-se de um telefone fixo, fica melhor, não é mesmo?
Abração Elisa, até logo mais!
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